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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Portugal 5 Camarões 1 - Momentos Brilhantes

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Na passada quarta-feira, dia 5 de março, a Seleção Portuguesa de Futebol recebeu a sua congénere camaronesa no Estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, num encontro de carácter particular. Encontro, esse, que terminou com uma vitória da seleção da casa por 5-1.

 
Muito pela experiência da última fase de Qualificação, bem como de outros particulares no passado mais ou menos recente, as minhas expectativas eram baixas. Daí que o resultado final e o jogo - sobretudo a segunda parte - me tenham apanhado de surpresa, pela positiva. 
 
Portugal até entrou bem no jogo, com o seu equipamento novo. Este, já agora, não é feio. Gosto da ideia da gradação de cor, embora o tom mais claro se aproxime demasiado do cor-de-rosa para o meu gosto, pelo menos na transmissão televisiva (nas fotografias do jogo não parece tanto). Além disso, não sou grande fã dos equipamentos monocromáticos: afinal, cerca de quarenta por cento da bandeira portuguesa é verde. Tirando isto, eu aprovo.
 
Dizia eu que Portugal entrara bem no jogo. Muito graças ao estreante Rafa, que parecia empenhado em mostrar o seu valor. Cedo, contudo, os camaroneses deram um ar de sua graça, chegando a pregar-nos alguns sustos. O golo de Ronaldo acabou por surgir precisamente numa altura de ameaça por parte dos Camarões. Belo trabalho de João Moutinho, trazendo a bola para perto da grande área camaronesa, passando a João Pereira e este, por sua vez, colocando a bola em Ronaldo num passe diagonal, permitindo ao Capitão marcar o primeiro golo da Equipa de Todos Nós em 2014 (o primeiro de muitos, esperemos), e ultrapassar Pedro Pauleta na tabela de melhores marcadores da Seleção.
 
 
Agora que penso nisso, em menos de dez anos tivémos dois novos recordes em golos. O que é incrível. Quem sabe quem irá quebrar o recorde que Ronaldo, eventualmente, estabelecerá...
 
Adiante, o golo de Ronaldo não abalou demasiado os camaroneses. Pelo contrário, pareceu motivá-los ainda mais. Por fim, em cima do intervalo, Aboukabar aproveitou uma desatenção da defesa portuguesa para igualar o marcador.
 
Nos resumos não mostram - só a meio da segunda parte é que as imagens passaram - mas o marcador camaronês, após o golo imitou a meia pirueta, ilustrada em cima, com que Ronaldo tem celebrado os golos. Gostei. Pontos para a lata.
 
Bipartida como foi a primeira parte em termos exibicionais, o empate ao intervalo era justo. A Seleção entrou bem melhor na segunda parte, já que regressava a um esquema táctico mais próximo do costumeiro. Tivemos uma série de oportunidades até, finalmente, o nosso barbudo preferido, Raul Meireles - que até já tinha marcado aos Camarões em 2010, duas vezes - aproveitou um passe infeliz entre o guarda-redes camaronês e um defesa para roubar a bola e marcar o segundo golo português.
 
 
Este, sim, quebrou o gelo. A partir daí o jogo foi todo nosso. Nem dois minutos tinham passado e já Fábio Coentrão marcava o terceiro para Portugal e dedicava - digo eu - ao pai falecido e ao filho(a) que tem por nascer. Ele que estava a fazer um belo jogo, ele que na Seleção joga quase sempre bem, mesmo que não esteja a passar por um bom momento no seu clube.
 
Dez minutos mais tarde, Meireles isola Ronaldo, que faz das suas arrancadas em direção à baliza adversária, estilo as da segunda mão dos playoffs, que desaguavam todas em golo. Desta feita, como ele estava muito perto da linha lateral, não me pareceu que conseguisse marcar, apenas assistir. E foi o que aconteceu, mais ou menos. O guarda-redes fez uma defesa incompleta e Edinho aproveitou para fazer o quarto.
 
Ainda houve tempo para Ronaldo fazer, de novo, o gosto ao pé. É, de novo, ele a trazer a bola para junto da grande área camaronesa, passa a Antunes, que a devolve, quando o Capitão já está dentro da grande área, com Miguel Veloso ao lado. Durante momentos hesita, como se ele e Miguel estivessem a decidir quem remataria mas, no fim, ele finta os camaroneses, remata e marca, encerrando o marcador.
 
 
Foi sem dúvida um belo jogo, uma bela maneira de arrancar o ano com a Seleção Nacional. Arriscando cair em exageros, foi um dos melhores particulares dos últimos anos. E, embora os Camarões não sejam propriamente uma grande potência do futebol, também não são um Luxemburgo ou umas Ilhas Faroé, eles Qualificaram-se para o Mundial. Não convém, igualmente, esquecer a tristeza que foram os particulares pré-Euro 2012, o jogo com o Equador no ano passado. Não que a Seleção esteja hoje muito melhor do que estava na altura. Pura e simplesmente, levou o jogo mais a sério, cometeu menos erros (aliás, foi mais o outro lado a cometê-los.
 
Apesar de a grande estrela do encontro ter sido, para a Comunicação Social, Cristiano Ronaldo e a sua conquista do primeiro lugar na classificação dos marcadores portugueses, para mim é um particular alívio saber que há gente na Seleção capaz de marcar golos para além de Ronaldo. Depois de ele ter sido o único a marcar nos playoffs, tendo um dos golos corrigido duas argoladas cometidas pelos companheiros de equipa, eu estava a ficar preocupada. É verdade que a defesa camaronesa tinha as duas fragilidades, mas mesmo assim... 
 
Uma das coisas de que mais gostei neste jogo foi o facto de quase todos os que entraram em campo terem tido o seu momento brilhante, mesmo sem terem um desempenho uniforme. Começando pelos novatos, uns mais do que outros, certamente os mais motivados: William Carvalho, uma das sensações do campeonato português atual, que parece já estar integradíssimo na família, a todos os niveis; Rafa que, tal como disse antes, entrou muito bem no jogo; Ivan Cavaleiro, que teve um desempenho mais discreto mas a sua assistência para o golo de Fábio Coentrão valeu bem toda a polémica em torno da sua Chamada; Edinho, que marcou o quarto golo, e antes já tinha feito uma acrobaciazinha, seguida de um remate falhado. Pelo meio, João Moutinho foi, como sempre, o motor da Seleção; João Pereira mostrou o motivo pelo qual é considerado um dos melhores laterais-direitos da Europa; Fábio Coentrão, tal como disse acima, esteve num bom nível; Raul Meireles marcou o segundo golo e esteve na origem do quarto.
 
 
Como tal, tem-me irritado o destaque que a Comunicação Social têm dado a Cristiano Ronaldo a propósito deste jogo, quase ignorando os companheiros da Seleção. Quando o fizeram aquando dos playoffs frente à Suécia, eu aceitei porque, na verdade, foi ele o único a marcar mas, na quarta-feira, marcaram outros também. É certo que ele é, de facto, melhor do que os colegas em vários aspetos, merece ser reconhecido por isso, mas agir como se a Turma das Quinas fosse apenas "Ronaldo e mais dez" não e bom nem para os companheiros de Seleção, nem para o próprio Ronaldo. Os primeiros, por não verem os seus esforços devidamente valorizados. O último, porque leva com a pressão toda e se, por acaso, tiver um jogo menos conseguido, cai tudo em cima dele, injustamente - tal como aconteceu no jogo contra a Dinamarca, nos grupos do Euro 2012.
 
Cheguei mesmo a ler no outro dia um artigo de opinião na linha do "mais vulgaridade que qualidade" na Equipa de Todos Nós. Uma opinião que corria antes do Euro 2012, campeonato em que... chegámos às meias-finais, só falhando a final nos penálties com... a Espanha. Como podem ver, tais opiniões valem o que valem. E este artigo ainda tem a desculpa de ter sido escrito antes deste jogo. Com todas as condicionantes, este particular provou, uma vez mais, que a Seleção funciona bem como equipa, que existe um não-sei-quê na Equipa de Todos Nós que, quando está para aí virada, faz com que os jogadores escolhidos se superem a si mesmos, contrariando momentos de forma, tempo de utilização pelos respetivos clube, juízos da opinião pública. Continuo a achar que há por aí muito jogador a merecer lugar na Lista Final para o Brasil, para além daqueles que têm sido Convocados, mas a verdade é que, de uma maneira geral, as escolhas de Paulo Bento têm dado bons resultados. Mais do que isso, o Selecionador - bem como certamente, a restante equipa técnica, os outros jogadores, talvez mesmo a estrutura federativa - tem-se revelado capaz de, nos momentos decisivos, extrair o melhor dos Marmanjos. 
 
 
O maior mérito deste particular foi, precisamente, aumentar-me a esperança para o Mundial, dentro dos limites do realismo. Fazer-me acreditar que, qualquer que seja a Lista Final para o Brasil, independentemente das inevitáveis polémicas, Paulo Bento saberá fazê-la funcionar, tal como funcionou no Euro 2012. Que tudo pode acontecer. Mas não quero entrar muito por aí, não para já. Por enquanto, é dar graças por termos tido mais uma bela noite de Seleção, com todos os efeitos benéficos a ela associados. 
 
De resto, já que é quase meia-noite à hora em que publico isto, podemos considerar que faltam setenta e um dias para a Convocatória Final para o Campeonato do Mundo - altura em que a verdadeira diversão vai começar!
 
P.S. Esta é a centésima quinquagésima entrada deste blogue. Teria calhado melhor se fosse a próxima, se a número cento e cinquenta fosse a antevisão à Lista Final para o Brasil. Seria por volta do aniversário do blogue, perfeita para uma retrospetiva... Enfim. A mais cento e cinquenta publicações!
 

Brasil 3 Portugal 1 - Equipa procura-se

Na passada terça-feira, dia 10 de setembro de 2013, a Seleção Portuguesa de Futebol encontrou-se com a sua congénere brasileira no Gillette Stadium, em Boston, os Estados Unidos. Tratou-se de um embate de carácter particular, que terminou com uma vitória do Brasil por três bolas contra uma.

O jogo realizou-se às duas da manhã do nosso fuso horário. Eu e a minha irmã fizemos questão de vê-lo, apesar do inconveniente das horas. Vimo-lo no quarto dela, com a televisão em volume baixo, para não incomodar o resto da casa. Estive também atenta ao Twitter, até porque algumas das pessoas que sigo são brasileiras.


A primeira parte foi razoavelmente equilibrada, com ambas as equipas partilhando o domínio, jogando ao ataque. O golo português acabou por resultar de uma asneira da defesa brasileira, bem aproveitada pelo Yosemite Sam, perdão, Raúl Meireles - o nosso barbudo preferido, com diz a minha irmã.

O golo deu-nos a ilusão de que talvez pudéssemos ganhar o jogo ou, pelo menos, contermos os brasileiros o suficiente para o jogo acabar com um empate. Mas foi sol de pouca dura - eles tinham Neymar e nós não tínhamos Ronaldo para equilibrar a balança. Consta que o prodígio brasileiro, irritado pelo jogo faltoso de João Pereira e Bruno Alves - e ainda dizem que "faltou agressividade" - deu uma de Ronaldo e vingou-se contribuindo para dois golos - o primeiro, executando um pontapé de canto; o segundo, marcando ele mesmo. Neste, tal como descreveram no Twitter, o Nani deixou que Neymar lhe tirasse a bola e a defesa portuguesa deu uma de "abram alas p'ró Noddy".

No entanto, na reta final da primeira parte, Portugal até conseguiu manter-se por cima do jogo. Talvez tivéssemos conseguido o empate se o intervalo não se tivesse metido ao barulho. Se a primeira parte talvez tivesse valido a noitada, a segunda definitivamente não a valeu. Cedo sofremos o terceiro golo e depois, com as inevitáveis substituições, deixámos de ter fulgor. De vez em quando, o Nani ainda pegava na bola e tentava atravessar a Amazónia da defesa brasileiro mas era inútil pois os colegas da Seleção não se desmarcavam. E assim se passou o jogo até ao apito final.


Apesar de ter dito, anteriormente, que, neste jogo, o resultado seria o menos importante, no final, senti-me desiludida. Tal como tinha afirmado na página do Facebook, queria que os Marmanjos provassem que a Seleção não era apenas Ronaldo mais dez. Parece que reprovaram neste teste. Talvez me ande a iludir, talvez Rui Santos e respetivos clones não estejam errados, talvez o Cristiano seja mesmo crucial na Equipa das Quinas. Se não for pelo talento de Melhor do Mundo, talvez pelo papel de capitão, pelo aspeto psicológico - o que explicaria as vitórias da Seleção mesmo nos jogos em que Ronaldo pouco intervém. Talvez os próprios jogadores se sintam mais confiantes quando o madeirense está em campo, ao lado deles. Nesse aspeto, a Comunicação Social não deve ajudar, pela maneira como insiste em focar-se em Cristiano Ronaldo e em desprezar os outros.

No entanto, recuso a aceitar esse discurso de "Ronaldo mais dez" como verdade absoluta. Afinal de contas, aquela é a mesma equipa que chegou às meias-finais do Euro 2012! O Ronaldo não levou Portugal até aí sozinho, jogador nenhum podia fazer isso! Que diabo, fomos a única equipa que não se deixou atropelar pela Espanha, que os aguentou durante duas horas de jogo, só caindo nos penálties! O que aconteceu a essa equipa? Onde está essa equipa? 


Podem ter existido outras condicionantes, de resto. Afinal, os portugueses vinham de um jogo difícil, fisicamente duro. E para todos efeitos, apesar do carácter especial, este era apenas um jogo particular. Como tal, não vou dramatizar demasiado esta derrota, apesar das minhas dúvidas existenciais. Os brasileiros foram, pura e simplesmente, melhores do que nós, não há volta a dar. Não quero pensar demasiado no valor da Seleção ou na falta dele - é tudo muito relativo, o futebol é demasiado caprichoso. Prefiro pensar um jogo de cada vez. E esta só será uma verdadeira derrota se não aprendermos com ela, tal como disse Paulo Bento. Só espero que os Marmanjos tenham, de facto, aprendido a lição, que este jogo os tenha ajudado a preparar o próximo, com Israel. Até porque, para além de ser um jogo importante e difícil, ando a planear ir vê-lo ao vivo. Espero poder ser brindada com uma vitória e uma boa exibição. Até porque já prometi no Twitter:




...e, por sinal, já recebi como resposta:




Fazendo figas, então, para que o Meireles volte a deixar a barba crescer na altura do Mundial...

Procurando soluções em território desconhecido

Na próxima quarta-feira, dia 14 de novembro, a Seleção Portuguesa enfrentará no Gabão a congénere local , num jogo de carácter particular.

Não sei se é esse o vosso caso mas eu nunca tinha ouvido falar do Gabão antes deste jogo ter sido anunciado, em julho. Segundo o meu pai, situa-se na costa ocidental de África, acima de Angola. Agora que fui pesquisar o mapa do país, descobri que se encontra entalado entre a Guiné Equatorial, os Camarões e a República do Congo. Tendo sido uma colónia francesa, a sua língua oficial é o francês. A sua capital é Libreville, que é também a cidade onde o jogo terá lugar.

É um nome bonito, Libreville. Segundo o Wikipédia, foi fundada por escravos libertados de um navio brasileiro pela marinha francesa. Daí que tenha sido batizada "Cidade Livre", em francês.

A sua seleção é igualmente desconhecida para mim até porque a Turma das Quinas nunca jogou contra ela. A Equipa de Todos Nós estará, portanto, a explorar território desconhecido - mas também a História pode testemunha que os portugueses têm experiência nessas andanças. Em princípio, a seleção gaba... gabanesa? - enfim, do Gabão não nos criará problemas de maior mas também se dizia isso da Irlanda do Norte...


Um dos objetivos deste jogo é a angariação de fundos para a Cidade do Futebol, cujo projeto foi apresentado em setembro último. Chegou a ser colocada a hipótese de a Cidade ficar sediada em Óbidos, que tem um vasto currículo como Casa da Seleção, mas acabou por ser escolhido o Vale do Jamor, em Oeiras, para a localização. Fiquei satisfeita, pois o Jamor é-me mais acessível que Óbidos para assistir a treinos da Seleção. No entanto, não está garantido que usufrua dessa vantagem pois a Cidade do Futebol só ficará concluída daqui a três anos. Sei lá onde estarei eu, onde estaremos todos nessa altura...

De qualquer forma, qualquer que seja a Casa da Seleção, será também uma casa para mim.

A lista de convocados para este particular foi divulgada na sexta-feira passada. Não houveram novidades na lista, tirando Hélder Barbosa e Rúben Ferreira, Chamados posteriormente para substituírem os lesionados Nani e João Pereira. Ainda não compreendi muito bem porque é que o Raúl Meireles não foi Convocado. O Fábio Coentrão só agora é que voltou a treinar no Real Madrid, segundo consta e procuram-se alternativas, depois do que aconteceu quando ele se lesionou. E descobri agora, enquanto passava este texto a computador, que o Cristiano Ronaldo foi igualmente dispensado, devido à selvagem cotovelada que apanhou ontem, no encontro que opôs o Real Madrid ao Levante, que lhe compromete a visão. O principal objetivo do jogo é precisamente a procura de soluções entre os suplentes, o teste de alternativas, como forma de nos preparamos  para o que nos espera em março do próximo ano.


Não alimento grandes entusiasmos em relação a este jogo. É apenas um particular, com um adversário pouco sonante, pouco motivador. Estamos amputados de vários titulares habituais, incluído o insubstituível Cristiano Ronaldo. É altamente provável que os Marmanjos estejam mais preocupados com o que se passa nos respetivos clubes. Além de que a viagem até ao Gabão será certamente longa e desgastante, o que jogará contra eles. O resultado será o menos importante, quando queremos afinar armas, combater o "mau momento" em que nos encontramos depois da última jornada.

No entanto, há que recordar que este será o último jogo da Seleção do ano. Segundo certas superstições, antes do fim do Mundo. A jornada seguinte da Seleção será apenas em fevereiro, na melhor das hipóteses. Não podemos dar-nos ao luxo de deixá-lo passar em branco. Nem tenciono fazê-lo. Espero que essa, igualmente, a atitude dos jogadores, que estes façam um esforço por oferecerem aos portugueses uma pequena alegria na forma de uma vitória neste particular. Pelos motivos já várias vezes citados neste blogue.


Não vou poder ver o jogo na televisão, pelo menos não a primeira parte, poderei apenas ouvi-lo na rádio. Não o lamento, antes pelo contrário, pois apenas o relato radiofónico poderá colorir um jogo que não se adivinha muito interessante. Tal como aconteceu em maio último, aquando do jogo contra a Macedónia. Não sei, depois, quando terei tempo de publicar a análise ao jogo. Não se admirei se conseguir fazê-lo no próximo fim de semana. E não excluo a hipótese de o jogo, pura e simplesmente, não justificar uma análise. No entanto, é pouco provável pois, desde setembro de 2010, todos os encontros da Seleção têm tido direito a entrada pós-jogo, até mesmo quando não consigo vê-los, porque é que este será uma exceção?

Posso ainda estar desiludida com a última dupla jornada da Turma das Quinas, posso não ter o entusiasmo que tinha aquando de outros jogos da Seleção, mas ainda sou a mesma, ainda tenho o vírus dentro de mim. Podem ter existido alturas em que o meu entusiasmo tenha atingido mínimos históricos, mas nunca perdi por completo a esperança num resultado positivo, nem mesmo em situações piores que a atual. Da única vez que estive a isto de desistir - aquando do caso Queiroz - a Seleção depressa me recordou os motivos pelos quais podemos confiar nela. Não deixarei de desfrutar deste jogo, ainda que esse gozo apenas dure noventa minutos, ou menos. Na esperança de que a Equipa de Todos Nós volte a dar bons sinais, a recordar-me os motivos pelos quais merece a nossa fé. Não se esqueçam, na RTP 1, quarta-feira, às 19h30.