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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

República Checa 0 Portugal 1 - Sem impossíveis

Seis anos depois do Mundial na Alemanha - altura em que a Seleção Portuguesa de Futebol contava com jogadores como Luís Figo, Pedro Pauleta, Maniche, Deco, Ricardo Carvalho - a Turma das Quinas, desta feita, catalisada por jogadores como Cristiano Ronaldo, Nani, Hélder Postiga, Pepe, Fábio Coentrão, Raul Meireles, atingiu as meias-finais do Euro 2012.

Estas coisas começam a ser previsíveis, quase rotineiras. A Seleção entrou muito lenta na partida - parece que é mesmo impossível entrarem com toda a força desde o primeiro minuto. O que nos valeu foi o facto de, ao contrário da Holanda, a República Checa não foi capaz de tirar partido disso. Não me recordo, aliás, de uma única defesa por parte de Rui Patrício. Nunca tiveram hipótese. Assim, a Seleção acabou por ir crescendo e, após o intervalo, entrou em campo a matar. Nos primeiros dez, quinze minutos, a bola mal saiu da grande área checa. O que valeu aos checos foi o Petr Cech e... o poste. 


- O que é que o poste tem contra nós? - chegou mesmo a lamentar a minha irmã.

Até nisto, o Cristiano Ronaldo anda a quebrar recordes: até ao momento, é o jogador que mais bolas tem enviado ao ferro da baliza neste Europeu.

No entanto, de acordo com o que, na altura, me disseram no Twitter, se o cântaro vai demasiadas vezes à fonte, acaba por se partir. A quebra deu-se aos 79 minutos. Nani passa a bola a João Moutinho - que estava a fazer alto jogo, atacando, defendendo... é como se fosse o faz-tudo da Equipa das Quinas! - leva-a quase até à linha de fundo, cruza para a área e Ronaldo, com grande classe, remata de cabeça, obrigando Petr Cech a ir buscar a bola ao fundo da baliza.


Este golo também teve direito a dedicatória. Ronaldo voltou a dizer "É p'ra ti!" e, desta feita, até soprou um beijo em direção às câmaras. Só que não há certezas sobre a quem se dirigiu. Talvez fosse para o filho, para a mãe ou para a namorada. Há quem diga que foi a Messi - sem comentários... Provavelmente, nunca o saberemos. Prefiro assumir que se dirigiu a cada um de nós.


Depois do jogo, houve festa na rua. Desta feita, eu e a minha irmã juntámo-nos a eles. Pela primeira vez em seis anos, fui para a rua festejar uma vitória da Seleção - também foi a primeira vez em seis anos que a Seleção se qualificou para as meias-finais de uma grande competição, não íamos deixar passar isso em branco. Lá nos juntámos ao resto do pessoal, na mesma rotunda onde, há oito anos, estive a comemorar a presença na final do Euro 2004. Muitas bandeiras e cachecóis, pessoas penduradas nas janelas e tejadilhos dos carros, maluquices com motas, cânticos de "Portugal Allez" e mesmo do Hino Nacional, carros abanados, o autocarro urbano exibindo "Força Portugal" no letreiro eletrónico, buzinas, vuvuzelas... Quando regressámos a casa, vinha com uma dor de cabeça de todo o tamanho - mas não me importei nada com isso. Era dor de vitória. Só me doía a cabeça porque fizeram barulho. Só fizeram barulho porque Portugal está nas meias do Euro 2012.


Independentemente do que acontecer nas meias, esta campanha já pode ser considerada um sucesso. Afinal de contas, estamos entre as quatro melhores da Europa! Foi para momentos como os de quinta-feira à noite, para jogos como o de quinta-feira à noite, para conquistas como a de quinta-feira à noite que eu criei este blogue há quatro anos. Para, mais tarde, poder recordar estes momentos, para, mais tarde, falar deles aos meus netos. Contar-lhes como a Seleção conseguiu calar os pessimistas, como Cristiano Ronaldo esteve endiabrado como nunca nestes dois últimos jogos; de como Fábio Coentrão, às vezes, parece levar a Turma das Quinas às costas; de como o Moutinho parece, de facto, uma formiguinha: baixinho, mas correndo de um lado para o outro em prol da equipa; de como os veteranos Figo e Eusébio festejaram o golo do seu herdeiro, Cristiano Ronaldo; de como o Pepe é um defesa fantástico, uma grande figura na nossa Seleção, que, apesar de ser brasileiro por nascimento, faz questão de expressar, ostensivamente, o seu amor ao nosso País, sobretudo depois de marcar de como Nani, apesar de não ter marcado, ainda, neste Europeu, já contribuiu para, pelo menos, três golos da Equipa de Todos Nós; de como Varela saltou do banco e salvou o dia, frente à Dinamarca. De como tudo isto foi possível graças a um treinador jovem e relativamente inexperiente. 

No entanto, já que chegámos até aqui, quero mais. Quero que cheguemos à final de Kiev. No momento em que escrevo, ainda não se sabe quem será o nosso adversário nas meias. Prefiro a França, não tanto pela acessibilidade (que, de resto, é relativa. Uma equipa que conseguir eliminar a Espanha não pode ser subestimada), mais por vingança, para desforrar as meias-finais de 84, 2000 e 2006... ou repetir a história. Mas o mais provável é levarmos com nuestros hermanos de novo. Em todo o caso, Portugal já provou tem  capacidade de se bater como igual, ou mesmo superior, com qualquer equipa deste Europeu. Seja a Espanha, seja a França, a final de Kiev não é um objetivo inalcançável. 


A Seleção está a ter um bom trajeto, esta fase final já deu uma mão-cheia de coisas boas para recordar, sobre que escrever, mas quero ainda mais. Quero pelo menos mais uma vitória, pelo menos mais uns bons momentos sobre que escrever, para recordar. Acredito que este Europeu pode dar-nos ainda mais. Basta que a Turma das Quinas faça o que tem feito até agora (pensando melhor, convinha entrar a matar desde o primeiro minuto, não ter aquela primeira meia hora toda encolhida). Nesta fase do campeonato, não há impossíveis. Agora é a Seleção Nacional agarrar esta oportunidade e dar-nos, finalmente, um final feliz.

Dinamarca 2 Portugal 3 - Com o espírito do Dragão

Ontem, a Seleção Portuguesa de Futebol defrontou a sua congénere dinamarquesa num jogo da segunda jornada da fase de grupos do Euro 2012, saindo de lá com uma vitória por três bolas contra duas. Foi um jogo daqueles, típicos da Turma das Quinas em fases finais de campeonatos de seleções, inadequado para corações fracos. Eu, pelo menos, há anos que não gritava tanto durante um jogo, que não estava tão histérica. Ainda bem que os meus pais não estavam em casa... 

Vi o jogo com a minha irmã, a melhor amiga dela, que estava em videoconferência a partir de sua casa, e com muitas mais pessoas através do Twitter. No início do encontro, estava mais nervosa do que o habitual. Talvez por causa do café que tinha tomado pouco antes, talvez porque, inconscientemente, antecipava o sofrimento que seria a partida. A maneira como a Seleção entrou em campo em nada me ajudou a manter a calma. 

Houve um lance em que Bendtner - que acabou por ser um dos grandes protagonistas do jogo, por vários motivos - pisou Pepe. No Twitter, começaram muitos a goza, invocando os inúmeros, digamos, acessos de mau génio do luso-brasileiro para com outros jogadores, ao serviço do Real Madrid. "Foge Bendtner!", dizia um. "Bendtner não vai acabar o jogo sem sair lesionado", dizia outro.

Contudo, Pepe arranjou melhor forma de se vingar. Marcou um golo.


Este foi a segunda vez que o luso-brasileiro marcou o primeiro golo da Seleção num Europeu - recorde-se o golo frente à Turquia, na nossa estreia no Euro 2008. Depois dessa, Pepe ainda marcou uma vez em setembro de 2009, frente à Hungria. De todas as vezes que o luso-brasileiro fatura envergando as cores de Portugal, ele bate com força do peito, do símbolo das Quinas estampado na camisola, mesmo sobre o coração, agarra-o com força - já havia reparado nisso ao fazer as minhas montagens de vídeos da Equipa de Todos Nós. Ontem, chegou mesmo a beijá-lo. Como que a mostrar ao Mundo que tem o nosso País no coração, apesar de as suas raízes serem outras. São gestos bonitos.

E, como já tinha dito acima, foi uma forma bem melhor de se vingar da pisadela de Bendtner do que responder à letra, arriscando-se a cartão ou pior...

Embora, por outro lado, talvez tivesse sido melhor para a nossa pressão arterial se ele tivesse feito com que o dinamarquês saísse mais cedo, numa maca.

Estou a brincar!

A televisão da amiga da minha irmã estava ligeiramente mais adiantada do que a nossa. Portanto, aquando deste primeiro golo, ela festejou-o uns segundos antes de nós. Não que isso tenha estragado muito o sabor mas, de qualquer forma, depois desta, decidimos que, sempre que a Seleção atacasse, colocaríamos o computador em silêncio. Se soubéssemos sempre de antemão como é que cada jogada ia acabar, estando esta ainda a decorrer no nosso televisor, o jogo perdia a piada quase toda.

Acho que seria cómico visto de fora. A Seleção partindo para o ataque, eu cruzando os dedos, agarrando o meu velho cachecol, inclinando-me para a frente, em direção ao televisor, enquanto dizia:

- Tira o som.


Pouco depois, foi marcado o segundo golo, desta feita sem o aviso prévio de uma televisão mais adiantada do que a nossa. Quando vi que tinha sido o Hélder Postiga a marcar, berrei:

- ESTE É P'RA MIM! ESTE É P'RA MIM! ESTE É P'RA MIM! EU DEFENDI-O NA TELEVISÃO! EU SABIA! ESTE É P'RA MIM! - a minha irmã até se assustou...

Claro que, depois deste golo, toda a gente comentou que ele até era um dos melhores marcadores do Saragoça, que este era o seu vigésimo golo com a camisola das Quinas. Como seria de esperar. Eu cá nunca deixei de acreditar no Hélder. Tinha-o defendido cá no blogue, tinha-o defendido quando fui ao "A Tarde É Sua". E embora tivesse admitido que não seria má ideia o Nélson Oliveira alinhar de início, fiquei secreta e irracionalmente satisfeita quando Paulo Bento anunciou que o Hélder seria titular frente à Dinamarca. Tinha até um pressentimento de que ele marcaria à Dinamarca. E não me enganei.

Por isso, peço desculpa mas este golo foi para mim. Eu mereci-o. Obrigada Hélder! Obrigada por não me teres deixado ficar mal na televisão.



Uma referência ainda a Nani, que esteve bastante bem no jogo. Esta assistência no golo de Hélder Postiga foi apenas um exemplo. Não é de admirar. Antes do jogo, na página do Facebook, dei vários exemplos de grandes momentos do Marmanjo frente à Dinamarca, começando no pontapé de canto direto para a baliza, no seu jogo de estreia com a camisola das Quinas, acabando nos dois golos seguidos no Estádio do Dragão. E agora a assistência neste golo, ontem. Tinha de ser. O Nani tem, como diz o outro, uma certa queda para dinamarqueses.

O golo de Bendtner estragou-nos um pouco a festa, sobretudo aos mais verdes nestas coisas, como a minha irmã, que julgavam que o jogo já estava arrumado. Mas não estava. A Dinamarca ainda tinha uma palavra a dizer. Assim, chegou-se ao intervalo com a sensação de que o jogo havia acabado de começar.

A segunda parte do jogo trouxe muito sofrimento. Cristiano Ronaldo diria, mais tarde, que os dinamarqueses não fizeram quase nada na segunda parte, mas não foi essa a sensação com que fiquei - vi demasiadas vezes os nossos adversários atacando-nos. O facto de o Ronaldo não estar nos seus dias não ajudou em nada.



Nesta altura, já devem ter ouvido falar da reação nas redes sociais às oportunidades desperdiçadas pelo madeirense. Não estavam a brincar. Pelo menos no Twitter, quase exigiam a cabeça do Marmanjo numa travessa. Nesta altura, já tinha esgotado o meu limite de tweets, portanto, não contribui nem contrariei esta tendência, mas ia acompanhando-a.

A coisa piorou aquando do segundo golo de Bendtner, que repôs o empate. O golo não surpreendeu, depois de tanto ataque dinamarquês - mas não deixou de ser um valente balde de água fria. No Twitter, fartaram-se de culpar Ronaldo por este resultado, nos minutos que se seguiram, chegando mesmo a insinuar que ele devia era sair da Seleção - algo que eu considero inconcebível. Mas já lá vamos.

Eu continuava a acreditar que era possível reverter o resultado, mas não com muita convicção. Ou melhor, com mais desespero do que convicção. Só pensava que não queria ter de fazer contas, que não queria ter de fazer figas por equipa alheia. Vi Paulo Bento meter Varela e o filme começava a parecer-me familiar.


Só que, desta feita, o filme teve um desfecho diferente. Um desfecho feliz. Varela, também conhecido como o Drogba da Costa da Caparica, saltou do banco e salvou o dia. Achei imensa graça quando hoje, no Record, na página de humor, disseram que o Marmanjo ia passar a ser patrocinado pelo Instituto de Socorro a Náufragos, pois a sensação é mesmo essa: o Varela salvou a honra do convento! O seu golo foi, sem sombra de dúvida, o ponto alto de todo o jogo. Eu e a minha irmã gritámos como nunca, ao longo de minutos. Em Lviv, a euforia não foi menor. A Seleção em peso, suplentes e um ou outro técnico incluídos, saltou em peso para cima do herói. Foi lindo! Não me canso de ver estes festejos. Só tenho pena de não terem mostrado Paulo Bento nesta altura...

Mesmo assim, o sofrimento continou. A Dinamarca não deixou de atacar, poderia repôr o empate a qualquer momento. O árbitro deu quatro minutos de compensação - foram os quatro minutos mais longos da História do Futebol! Mas finalmente lá soou o apito final e o resultado ficou selado - algo que eu celebrei com mais um par de berros de triunfo, ao mesmo tempo que começava a ouvir buzinas e vuvuzelas vindas do exterior.

E pronto. Foi assim que a Seleção teve a sua primeira vitória do Europeu, a primeira vitória do ano. Vitória essa que lhe garantiu três pontos, três pontos que nos colocam de novo na corrida por um lugar nos quartos-de-final.



O Ronaldo é que, coitado, o jogo não lhe correu bem. Mas não me parece que isso justifique a onda de fúria contra ele, quando ele já fez muito pela Seleção - parecendo que não, ele já ajudou muito a Equipa das Quinas, seja assistindo e marcando golos, seja levando a equipa ao colo, seja em conversas de balneário. O povo tem memória curta mas eu, embora também às vezes tenha dúvidas, não me esqueço destas coisas.

Julgo que o problema é o mesmo da finalização: psicológico. As pessoas - incluindo, se calhar, ele próprio - andam a pressioná-lo demasiado, na minha opinião. Não se justifica porque, como ontem ficou provado, a Seleção é mais do que Cristiano Ronaldo, existem outros jogadores de valor para além dele, que podem fazer a diferença. Além disso, como disseram ontem no Twitter, ninguém estará mais desiludido do que ele. Ele bem pode dizer que o importante é a equipa, que não se importa que nos tornemos campeões sem que ele marque um golo que seja. Eu acredito que ele esteja a ser sincero mas também acredito que ele se sinta desiludido com o seu desempenho individual. A solução há de ser a mesma; quando ele marcar, o enguiço desaparecerá.

Independentemente da etiologia do problema, a crucificação por parto dos próprios adeptos nunca foi terapêutica eficaz. Neste momento, ele devia era ouvir mensagens de apoio.

De qualquer forma, tenho a certeza que ele vai ultrapassar esta fase má e que vai calar toda a gente que o critica. Como o fez há uns tempos no Real Madrid, segundo o que li num blogue. Parece que, depois de uma derrota no Barnabéu aos pés do Barcelona, os adeptos culparam-no pelo desaire, criando uma onda de ódio semelhante à que grassa cá em Portugal. Mas depois, o Ronaldo calou-os ao marcar um golo no jogo da segunda volta do campeonato, em Camp Nou, num jogo que lhes garantiu o título. Pode ser que o mesmo aconteça agora, pode ser que ele, frente à Holanda, se vingue de tudo isto.


Paulo Bento havia dito que se teria de recuperar o espírito do jogo no Estádio do Dragão para este encontro. E eu acho que este jogo teve, de facto, muitas semelhanças com o jogo de 8 de outubro de 2010. Nesse dia, tal como ontem, só a vitória interessava. Nesse dia, tal como ontem, sofreu-se - embora ontem tenha sido pior. Nesse dia, tal como ontem, a vitória deu-nos novo fôlego. Nesse dia, tal como ontem, a vitória não nos serviria de muito se não vencêssemos também o jogo seguinte.

Já deu para ver que jogos com a Dinamarca são sinónimo de sofrimento. Quer o desfecho seja feliz ou não para o nosso lado, nós sofremos sempre, por um motivo ou outro. Aquela malfadada reviravolta em Alvalade, no início da Qualificação para o Mundial 2010. O empate no ano seguinte, depois de termos estado a perder, que nos fez pegar na calculadora. A estreia de Paulo Bento depois do caso Queiroz. A agonizante derrota no ano passado que nos atirou para os play-offs. E o jogo de ontem - que me deixou atordoada horas após o seu término.


O pior é que ainda não estamos despachados com a Dinamarca. Ainda temos de disputar com ela um lugar nos quartos-de-final, ainda que não diretamente. Pelos artigos que tenho lido, nem tudo depende de nós. São umas contas bem manhosas estas, que dizem que nós podemos ser apurados com uma derrota e ficar pelo caminho com uma vitória. No entanto, é como eu disse hoje de manhã, no café: nós temos é de ganhar à Holanda, de preferência com vários golos. Se isso nos der o Apuramento, ótimo. Se não (três vezes na madeira!), não será por culpa nossa, pelo menos não completamente. Ao menos voltaremos a casa, com a consciência tranquila, sabendo que demos tudo por tudo.

Mas seria uma injustiça do catano!

E não será fácil ganhar à Holanda. Eu sei que ela perdeu com a Alemanha e com a Dinamarca, mas ainda me parece inverosímil que a atual vice-campeã do Mundo não passe da fase de grupos. Eles ainda podem qualificar-se e lutarão por isso. E, ao contrário do certas pessoas acham, não me parece que o nosso historial nos ajude a derrotá-los. Tanto eles como nós mudámos muito desde o Euro 2004 e o Mundial 2006. Não podemos esperar facilidades.

Eu acredito que é possível chegarmos aos quartos, que estes estão ao nosso alcance. A Seleção provou ontem que, apesar de nem sempre ter jogado muito bem, tem espírito coletivo, tem paixão, tem uma palavra a dizer neste Europeu. Mais uma vez, aqueles homens provaram que merecem o nosso apoio, a nossa fé - demoraram algum tempo, mas finalmente voltaram a prová-lo. Agora espero que o provem, mais uma vez, no próximo domingo, desmontando a Laranja Mecânica e garantindo um lugar no mata-mata.

Os meus quinze minutos de fama

Na passada segunda-feira à tarde, dia 4 de junho, fui entrevistada no programa "A Tarde é Sua" dedicado à Seleção Portuguesa de Futebol.


Passei o domingo inteiro e a manhã de segunda-feira nervosíssima com a minha entrevista. Falar em público nunca foi o meu forte - julgo que já o tinha dito aqui no blogue. Já me enervo demasiado com apresentações de trabalhos na minha Faculdade, perante apenas uma dúzia de pessoas. A minha oralidade, embora já tenha tido piores dias, sempre deixou muito a desejar. Ainda por cima, nunca tinha ido à televisão - antes daquilo só tinha aparecido uma ou duas vezes no máximo e sempre de passagem. Também não ajudava o facto de não ter grandes certezas acerca do que eu ia exatamente fazer ao programa.

Os nervos ainda não se tinham dissipado quando cheguei aos estúdios da TVI em Queluz de Baixo, por volta do meio-dia e meia, mais coisa menos coisa. No cantinho com sofás onde me disseram para esperar, já lá estavam outras pessoas também convidadas para participarem no programa: três raparigas mais ou menos da minha idade - a Catarina, a Mafalda e a Alexandra - dois senhores mais velhos - o Paulo e o Eduardo - e uma senhora cujo nome não me recordo. Todos os lugares estavam ocupados mas o Paulo ofereceu-me logo o seu lugar. Uns minutos mais tarde, quando o ouvi perguntar pelo almoço, ofereci-lhe a sandes de bife panado que tinha trazido de casa para comer de manhã. Ainda não a tinha comido pois os nervos tinham-me tirado a fome. Mas ele recusou. Na altura, ainda não sabia quem eram eles ao certo, mas a simpatia foi imediata. Pelo menos, da minha parte foi.

Acabaram por nos chamar para a maquilhagem. As meninas entraram primeiro. Eu fiquei com o Paulo e o Eduardo à espera noutra salinha. Continuava com os nervos em franja, sem saber o que responder quando eles me perguntavam:

- Mas porque é que estás nervosa?

Pela salinha chegou mesmo a passar rapidamente o Manuel Luís Goucha, que tinha acabado de sair do "Você na TV", desejando-nos um bom programa. Entretanto, as pessoas da produção deram-nos umas coisas para lermos e assinarmos, relacionadas com os direitos de imagem e afins. Nessa altura, ouvi o Paulo dizer que se chamava Paulo Lima. Eu conhecia aquele nome e já sabia que as raparigas vinham cantar. Assim que arranjei coragem, perguntei:

- O senhor chama-se Paulo Lima? Não foi o senhor que compôs aquele hino para a Seleção? - cheguei mesmo a pôr a música a tocar, em jeito de confirmação.

Tinha mesmo sido ele. O Eduardo, que na verdade se chamava Eduardo Jorge, era o autor da letra. A Catarina era a voz principal da música. Ela, a Alexandra e a Mafalda iam interpretá-la no "A Tarde é Sua". Foi de facto uma enorme e feliz coincidência os autores e intérpretes do meu cântico preferido da Seleção terem sido convidados para o mesmo programa que eu e para atuarem imediatamente antes de mim. Sobretudo se tivermos em conta que o programa duraria mais de quatro horas. Eles ficaram, naturalmente, muito contentes quando, atabalhoadamente, elogiei-lhes o Hino, o facto de terem pegado na História e na Cultura portuguesas, quando lhes disse que era o meu cântico preferido e que tinha falado dele no meu blogue. 

Entretanto, fui chamada à maquilhagem, que ainda demorou um pouco, Cheguei mesmo a ser maquilhada ao mesmo tempo que a Fátima Lopes, que apresentaria o programa. Nunca usei tanta maquilhagem na minha vida, mas, mais tarde, disseram-me que eu até estava gira. De seguida, fui almoçar no refeitório da estação, que ainda ficava um pouco longe, voltei para ser retocada, fiquei com o senhor Paulo e o senhor Eduardo à espera no corredor, enquanto as meninas se vestiam e depois ala para o estúdio. Tudo isto a correr. Pelo meio, lá me lembrei de perguntar se sempre podia apresentar rapidamente o livro que publiquei há cerca de seis meses (AQUI), tal como me tinham prometido, de ligar à minha avó e enviar uma mensagem à minha tia a dizer que eu apareceria logo na primeira parte do "A Tarde É Sua".

Se resumisse, aliás, o ambiente dos bastidores de um estúdio de televisão numa única palavra, esta seria "dinâmico". Lá estão sempre a acontecer coisas e a acontecer muito depressa, mal temos tempo para pensar. Eu, pelo menos, não estava habituada àquele tipo de pressão. Agora, penso nos músicos e outras celebridades que, quando estão a promover os seus trabalhos, têm de fazer aquilo todos os dias, por vezes em cidades diferentes, em países diferentes... e compreendo porque é que muitos deles se sentem tão pressionados, tão sozinhos, tão desorientados que se viram para as drogas. Para aqueles que conseguem lidar com tudo aquilo mantendo um exame toxicológico imaculado... respeito!

Nesse aspeto, tenho de agradecer ao Paulo, ao Eduardo e às outras. Era a minha primeira vez na televisão, tinha vindo sozinha (a minha irmã era para vir comigo mas não deu), estava super nervosa... Se não fosse a companhia deles, teria enlouquecido com o stress.


Além de que o facto de eles terem atuado imediatamente antes da minha entrevista ajudou-me também a descontrair, a entrar no espírito. Nesta altura eu já estava com a Fátima Lopes, junto às cadeiras onde nos íamos sentar - aqui o dinamismo e a rapidez continuam. A emissão ia alternando entre momentos musicais, entrevistas, reportagens já gravadas, filmagens no exterior do estúdio, diretos da Seleção, quando as câmaras não estavam focadas em nós, nós íamos tomando as nossas posições - Toda a gente no público dançava mas eu era a única que conhecia a letra - algo em que a Fátima não deixou de reparar. Foi, de facto, uma atuação muito boa, como poderão ver no vídeo acima.

Finalmente, chegou o momento da minha entrevista. Não vou estar a descrevê-lo, vocês podem ver o vídeo no início da entrada. Mais uma vez, foi tudo muito rápido, não houve tempo para pensar demasiado nas coisas, para me sentir nervosa - mesmo assim, tinha a mão que segurava o microfone a tremer e só esperava que lá em casa não reparassem... 

Agora, depois de ver várias vezes a gravação, vejo que a minha maneira de falar é muito à Paulo Bento: repito palavras, gaguejo um pouco... as maiores diferenças residem no facto de eu ter estado mais sorridente e ter uma voz bem mais irritante. A sério, como é que as pessoas conseguem ouvir-me? Por lapso, não chegou a ser referido o nome do meu blogue mas ao menos pude apresentar o meu livro - algo que receei não ser capaz de fazer. No geral, até correu bem a entrevista. Acho que os pontos fortes foram, precisamente, a referência ao Cristiano Ronaldo no meu livro, a metáfora do vírus da Seleção - que já é velha cá no blogue mas lá acharam piada - e o momento em que defendi o Hélder Postiga dos críticos. A Fátima ficou impressionada, mas, na verdade, já tinha falado disso aqui no blogue, tinha-me informado acerca dos marcadores para esfregá-lo no nariz dos que contestaram a Chamada do avançado. Espero agora é que o Hélder faça por merecer o facto de o ter defendido na televisão. Em todo o caso, se alguém me quiser como comentadora, que o publique num comentário aqui no blogue, na página do Facebook ou no vídeo do YouTube. 



Como podem ver no vídeo, antes de sair, ainda tive direito a um momento com o Quim Barreiros. Nestes dias, houve quem tivesse colocado um cachecol do Futebol Clube do Porto ao pescoço do Chester Bennington dos Linkin Park - uma das minhas bandas preferidas - houve quem subisse ao palco para cantar com o Bryan Adams - o meu cantor preferido. Eu dancei com o Quim Barreiros...

E já está. Já tive direito aos meus quinze minutos de fama, graças ao meu jeito para a escrita e ao meu amor à Seleção - acho que até são motivos razoáveis para aparecer na TV. Há piores, pelo menos. Já recebi uns quantos likes extra na página do Facebook. No café onde costumo escrever e consultar os jornais, já me vieram pedir um autógrafo. Talvez consiga vender mais meia dúzia de livros. Por fim, mesmo que o Europeu não nos corra de feição (três vezes na madeira), já tenho algo bom para recordar deste período. 

Por isso, quero agradecer à Carla Leal Ferreira - que me descobriu e me convidou - à Fátima Lopes, à Mariana, ao Diogo e a toda a equipa do "A Tarde É Sua" por esta incrível experiência. E agradecer uma vez mais a Paulo Lima, Eduardo Jorge, à Catarina Rocha, à Alexandra e à Mafalda pela companhia. Graças a todas estas pessoas, nunca esquecerei a tarde do dia 4 de junho de 2012!

Portugal 1 Turquia 3 - Assim não dá

A Seleção Portuguesa de Futebol recebeu no Estádio da Luz a sua congénere turca num jogo de carácter particular de onde saiu derrotada por três bolas contra uma.

Os portugueses até entraram bem no jogo, enérgicos, entusiasmantes, certamente catalisados pelos sessenta mil adeptos sentados nas bancadas e consequente ambiente eletrizante, recordando o Euro 2004. Contudo, já nessa altura me interrogava quanto tempo demoraria a bateria a descarregar. E, de facto, não demorou muito. Embora Portugal tivesse dominado durante algum tempo, os turcos iam dando um ar de sua graça, como que recordando que eles não eram nenhuma Macedónia, nenhum Luxemburgo, não estavam ali só para elevar a auto-estima do adversário. E como Portugal não foi capaz de concretizar, de refrear a paixão turca com um golo (não percebo como é que o Hugo Almeida me foi falhar aquelas oportunidades...), marcaram eles, após um erro da defesa.

No início na segunda parte, até parecia que os portugueses estavam determinados a virar o resultado, ou, pelo menos, a empatar. Tive esperança de que marcassem em breve, relançando o jogo.

Contudo, foram os turcos a marcar, de novo. Por uma falha defensiva, de novo.

- Só podem 'tar a gozar! - exclamava eu.

Eu sabia que a Turquia era uma adversária de respeito, que criaria dificuldades, mas nunca me havia passado pela cabeça que obteria uma vantagem de dois golos sobre nós. Não num Estádio da Luz quase cheio. Como é que aquilo acontecera?

Felizmente, o Nani conseguiu reduzir marcando o primeiro golo da Seleção deste ano. Espero que seja o primeiro de muitos mas com tanto problema na finalização... Festejei este golo apesar de continuarmos em desvantagem, à semelhança do que fizeram os adeptos presentes no Estádio da Luz. Foi a eles que o golo foi dedicado - mas também era o mínimo que podiam fazer!

Devo dizer que, mais uma vez, o público foi bastante paciente para com a Seleção. Assobiou algumas vezes, é certo - e, verdade seja dita, os Marmanjos mereceram-no - mas não deixou de puxar pela equipa mesmo estando a perder. Eles mereciam mais por parte da Turma das Quinas.

Desejei que o golo do Nani relançasse a equipa. Pode-se dizer que o fez. Miguel Lopes conseguiu um penálti - embora, na verdade, me tenha parecido que forçou um penálti - algo que foi celebrado pelos jogadores como um golo. Não gostei. De certa forma, mereceram que o Cristiano Ronaldo tivesse falhado.

A minha mãe, a certa altura, perguntou-nos se não queríamos ir jantando - tinhamo-lo adiado por causa do jogo. O meu irmão respondeu:

- Não! Isto 'tá a ser giro...

E de facto estava. De uma forma retorcida, estava a ser giro. E ia ficar ainda mais. Mesmo assim, eu continuava com esperança de que chegássemos, pelo menos, ao empate. Sobretudo depois da entrada de Hélder Postiga, que marca muitas vezes no Estádio da Luz. 

O golo chegou a ser marcado. Só que na baliza errada, depois daquele lance caricato, digno dos apanhados. O meu irmão fartou-se de rir com este lance. Eu não sabia se havia de rir ou de chorar.


Ninguém se pode admirar que este jogo tenha acabado com uma monumental assobiadela. Eu, naquele momento, zangada como estava, seria capaz de fazer o mesmo. Se repararem nas publicações na página do Facebook aquando do rescaldo do encontrou, hão de ver que estava mesmo furiosa. As declarações dos protagonistas não ajudaram. "Ai e tal, nós jogámos bem, tivemos azar, cometemos erros, eles só fizeram três remates..." Será que não percebem que não podem cometer erros como esses? Nós vamos jogar contra três seleções poderosíssimas, das melhores do Mundo, com elas não será suficiente jogar melhor sem conseguir marcar golos! No nosso último jogo com a Alemanha eles fizeram meia dúzia de remates à baliza, mais coisa menos coisa, e marcaram três golos. Se queremos vencê-los, temos de saber neutralizar este tipo de adversário, que pode não jogar de forma muito vistosa, não rematar muitas vezes, mas sair de campo com uma vitória! Não podemos falhar remates, livres diretos, penálties, não podemos hesitar em frente da baliza, não podemos cometer erros defensivos! Um único deslize pode significar a morte do artista! Se queremos chegar aos quartos-de-final, não podemos jogar como jogámos ontem!

Num aspeto, contudo, têm razão. É preferível cometer tais erros em jogos particulares, numa altura em que ainda há tempo para corrigi-los. Pode ser como disse o Cristiano Ronaldo, pode ser que isto represente uma mudança de maré. O Europeu ainda nem começou, a bola não é assim tão redonda, tão linear, a bola é caprichosa. Prognósticos, só no fim do jogo. Só se saberá quem é melhor do que quem quando as equipas entrarem em campo. Até lá, tudo é possível.

E, no entanto, não é por isso que me senti tão zangada, que ainda me sinto. O que me verdadeiramente enfurece é o seguinte: eles têm prometido dar o seu melhor no Europeu, pedido o nosso apoio, nas Conferências de Imprensa, através de campanhas publicitárias. E o povo até tem correspondido, indo aos treinos abertos, participando em inúmeras manifestações de apoio, enchendo o Magalhães Pessoa e a Luz. E o que é que os Marmanjos dão em troca? Empates, derrotas, desculpas esfarrapadas, arrogância perante os assobios - que são símbolo do descontentamento daqueles que pagam quinze euros ou mais por um bilhete porque querem acarinhar a Seleção, mas depois levam com exibições miseráveis e com a condescendência dos jogadores, com o ai-e-tal-os-portugueses-são-assim. A ideia que dão é a de que eles não fazem por merecer o afeto dos portugueses, tomam-no como garantido.

Não vou deixar de apoiá-los mas estou farta de pedir que me deem, que nos deem uma boa razão para continuarmos a acreditar neles. Estou farta de dizê-lo: palavras não chegam, intenções não chegam, precisamos de mais, merecemos mais! Parece que não há maneira de eles o compreenderem...

Não me resta mais nada senão continuar a fazer o que sempre fiz: acreditar, apoiar, acarinhar, estimular os outros a fazer o mesmo, mesmo quando eles, se calhar, não o merecem. Ninguém disse que ser adepto incondicional era fácil - levar com misérias como esta e não atirar o cachecol para o chão não é para todos. Quase roça o masoquismo. No entanto, já suportei muitas situações deste género com a Seleção. Continuo aqui porque a Turma das Quinas o recompensa, mais cedo ou mais tarde. Ultimamente, a recompensa tem demorado a chegar, mas podemos vir a recebê-la muito em breve. Como sempre, enquanto for possível, acreditarei. Só espero que a Turma das Quinas comece depressa a dar-me novos argumentos para tal.

Um agradecimento e um pedido de desculpas

Já o publiquei na página do Facebook há alguns dias, mas só agora estou a anunciá-lo aqui no blogue. Na quinta-feira da semana passada, foi publicado um comentário da autoria de uma jornalista da TVI - sim, da TVI - na entrada mais recente, na altura, pedindo o meu contacto para falar acerca do blogue. Tal como solicitado, enviei um e-mail  para o endereço indicado, apresentando-me. No dia seguinte, responderam-me com um convite para participar no programa especial de apoio à Seleção que será transmitido na tarde de 4 de Junho, segunda-feira. Mais tarde, receberia uma chamada telefónica através da qual fiquei a saber que tencionavam entrevistar-me, fazer perguntas sobre o meu blogue, sobre a minha maluqueira pela Seleção.

Confesso que não estava minimamente à espera que isto acontecesse. A minha maior ambição sempre se relacionou apenas com o blogue: que ele fosse lido por muitos, talvez mesmo por um ou outro jogador da Seleção. Nunca pensei que se interessassem por mim. Que quisessem receber-me, ouvir-me pessoalmente, em vez que apenas lerem o que escrevo. Mas quiseram, por algum motivo, não só deram-me uma oportunidade única na vida de dar a cara por algo que adoro mas também vou poder conhecer pessoalmente (espero!) um dos meus heróis preferidos de sempre da Seleção: o Ricardo dos penálties de Inglaterra! Sinto-me extremamente honrada e grata por este convite.

Contudo, tenho também de fazer um pedido de desculpas à TVI por uma entrada que escrevi há quatro anos, tecendo duras críticas ao canal televisivo, críticas essas que agora vejo serem injustas, mesmo cruéis. Na altura, achava que a TVI não era verdadeiramente a televisão da Equipa de Todos Nós, chegando mesmo a acusá-la de hipocrisia. Continuo a não achar graça às novelas, reality shows e programas afins mas como posso continuar a achar que a TVI não apoia verdadeiramente a Turma das Quinas depois de não sei quantos programas especiais sobre o tema, não só agora, a propósito do Europeu, mas também aquando do Mundial, há dois anos? Nem vou falar do facto de me terem convidado mas, mesmo que não tivessem, isso não muda este facto: eu estava enganada, estava redondamente enganada, e não tenho problemas em admiti-lo e em pedir as mais sinceras desculpas.

Devo dizer, aliás, que nestas semanas me tem aprazido ver que as três televisões de sinal aberto tem estado a fazer a cobertura deste pré-Europeu de forma razoavelmente equitativa, cada uma contribuindo, à sua maneira, com os seus próprios programas, para uma maior proximidade entre a Seleção e os seus adeptos. Afinal, é da Equipa de Todos Nós que estamos a falar.

O programa em que participarei será transmitido na próxima segunda-feira, entre as 14h30 e as 19h, penso eu. Tenho aguardado essa tarde com um misto de medo e entusiasmo. Nessa altura, poderão ver-me pela primeira vez, toda a gente (família, colegas, etc) poderá ver o quão totó eu sou pela Seleção. Ainda não sei em que altura participarei. De qualquer forma, depois colocarei online um vídeo com a minha participação. É já daqui a três dias...



Antes disso, contudo, teremos amanhã um particular com a Turquia, no Estádio da Luz. A última vez que jogámos contra eles foi há quatro anos, na nossa estreia na fase final do Euro 2008. Nos vencemo-los mas, mesmo assim, a Turquia passou à fase seguinte, chegando mesmo às meias-finais (ou seja, mais longe do que nós) onde caiu aos pés da Alemanha (tal como nós). Podem, portanto, dar bons adversários. 

Esperemos que isso seja suficiente para motivar os portugas, para que eles façam uma exibição como deve ser. Até porque vão ter casa cheia amanhã. Se querem que Portugal apoie a sua Seleção, têm de dar motivos para isso. Já deviam tê-los dado no fim de semana passado, frente à Macedónia. Amanhã, a tolerância será menor. Vamos ver o que acontece.