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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Momentos épicos e red flags

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Na passada segunda-feira, dia 1 de julho, a Seleção Portuguesa de Futebol empatou a zeros com a sua congénere eslovena, em jogo a contar para os oitavos-de-final do Euro 2024. A eliminatória ficou decidida após desempate por grandes penalidades, onde Portugal levou a melhor sobre o seu adversário. Hoje a Seleção defronta a sua congénere francesa nos quartos-de-final.

 

Para começar com um pensamento positivo: este Europeu já está a correr melhor que o último. Já é qualquer coisa. 

 

O jogo com a Eslovénia decorreu mais ou menos como eu previa – tirem as vossas próprias conclusões em relação a isso. Como já tinha dito no texto anterior, estive a trabalhar durante a primeira parte e, ao que parece, não perdi nada. Portugal atacando em passo de caracol, trocando bolas entre si à frente do autocarro esloveno, abusando dos remates à distância e dos cruzamentos para o vazio. 

 

A nossa sorte é que a Eslovénia também não era muito eficaz a atacar. E mesmo assim as duas oportunidades mais flagrantes em todo o jogo pertenceram a eles. 

 

Eu mesmo assim tinha esperança de que conseguíssemos resolver a coisa nos noventa minutos. Não queria de todo ir a prolongamento: não queria o desgaste físico e psicológico de trinta minutos extra, talvez com penáltis. Mas seria a mesma coisa sem sofrimento desnecessário? 

 

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Ao longo do jogo, muitos se queixaram da mania de Cristiano Ronaldo cobrar todos os livres – incluindo um mais para a esquerda, que nem sequer é a especialidade dele. Eu percebo que Ronaldo quer marcar golos, eu também quero que ele marque, mas… ele raramente marca de livre em fases finais, como referem aqui. Não tem funcionado! 

 

Não podiam, no mínimo alternar? 

 

O que leva à velha questão do papel de Cristiano Ronaldo na Equipa de Todos Nós, se prejudica mais do que ajuda. Na imprensa estrangeira diz que “it’s all about Ronaldo”. No The Guardian saiu um artigo que tem provocado alguma polémica. Acho que há algum exagero, mesmo alguma crueldade, nessas opiniões, mas não acho que estejam erradas. Aliás, tudo isto tem-me feito recordar daquilo que escrevi em finais de 2022, antes, durante e depois do Mundial: Ronaldo continua em negação em reação às suas capacidades. Precisa de alguém que o faça ver a realidade, que lhe diga “não”. Não digo que ele não deve ser titular – aliás, no caso deste jogo, acho que foi importante ele ter ficado lá para os penáltis, como veremos mais tarde. Mas, se Ronaldo não rende em campo, tem de ser substituído. Martínez não pode ter medo disso! 

 

Falemos, então, sobre o penálti falhado e as lágrimas que se seguiram. Não esperava que Ronaldo falhasse, mas Oblak é um grande guarda-redes, mérito para ele. Vou ser sincera e arriscar ser “cancelada”: na altura, as lágrimas de Ronaldo não me comoveram muito. O Marmanjo insistia em cobrar todos os livres, todos os penáltis, não conseguia converter e ainda se punha a chorar e a “obrigar” os colegas a consolá-lo? 

 

Se bem que eu também tenho telhados de vidro. Eu que também tenho fases em que sinto tudo. Nem vou dizer aqui o motivo pelo qual chorei pela última vez, à hora desta publicação. 

 

 

E de qualquer forma, mais tarde lembrei-me do final do jogo com o Gana no Mundial 2022, quando Ronaldo foi consolar Diogo Costa depois de este também ter cometido um erro. Além disso, se formos a ver, tirando o Pepe e talvez o Rui Patrício e o José Sá, todos aqueles Marmanjos cresceram idolatrando Ronaldo, sendo inspirados por ele. Agora tiveram oportunidade de retribuir. 

 

A Seleção pode deixar muito a desejar neste Europeu, mas ninguém pode dizer nada do ambiente no seio da equipa. 

 

Na mesma linha, também não quero censurar demasiado Pepe pelo deslize que podia ter resultado no golo da Eslovénia. Na minha opinião, ele tinha feito um bom jogo até àquele momento. Cometeu um erro ao fim de ter jogado durante quase cento e vinte minutos, isto com quarenta e um anos. E estava lá Diogo Costa para ajudar, é assim que uma equipa funciona. 

 

Foi uma bela defesa, aliás. Muitos têm-na descrito como o primeiro penálti que ele defendeu.

 

O que nos leva, então, ao desempate por grandes penalidades. Eu não estava com grande fé, para ser franca. Os penáltis têm sempre uma componente emocional e receava que, depois do que acontecera no prolongamento, os Marmanjos não estivessem grande coisa nesse capítulo. 

 

Claro que não dava tudo como perdido. Cheguei a usar a frase “Até ao lavar dos cestos é vindima” num dos meus grupos de WhatsApp. Sabia que o nosso Diogo Costa era bom em penáltis e, que diabo! Era a Eslovénia! Não era uma Alemanha ou mesmo uma Inglaterra. Tínhamos a obrigação de passar. 

 

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Não foi preciso preocupar-me, claramente. Infelizmente, os vizinhos estragaram-nos os penáltis, com as suas reações adiantadas e barulhentas. Não é a primeira vez que isto acontece, não sei porque é que ainda vemos estes jogos na casa dos meus pais. Já decidimos que vamos ver os quartos-de-final num restaurante, a ver se evitamos esta situação. 

 

Como disse acima, sabia que o Diogo era bom nos penáltis, mas não esperava que o miúdo me defendesse três de seguida! Logo nos primeiros minutos a seguir lembrei-me que era o décimo-oitavo aniversário dos quartos-de-final do Mundial 2006, também na Alemanha, em que Ricardo também defendeu três penáltis frente à Inglaterra. O feito do Diogo foi melhor, na minha opinião: foram três de seguida e, em 2006, terá havido algum demérito da parte dos ingleses. 

 

Na verdade, algo que me tem chocado nos últimos dias é que, ao que parece, há demasiada gente que não se recorda desse jogo do Mundial 2006. As pessoas recordam-se dos quartos-de-final do Euro 2004, de Ricardo defendendo sem luvas, mas acabam-se por se esquecer desse segundo feito, dois anos depois. Um amigo meu, mais velho, não se recordava. A minha própria irmã não se recordava! Anda uma pessoa a criar uma irmã para isto… Temos de corrigir essa injustiça!

 

Em todo o caso, foi bonito ver Diogo apoiado pelo próprio Ricardo, hoje treinador de guarda-redes da Seleção, bem como pelo Rui Patrício e pelo José Sá. A minha irmã disse que foi o Ricardo quem lhe deu a fórmula – na realidade, Diogo diz que se guiou pelo próprio instinto. Não precisou de conselhos.

 

O Diogo tem sido elogiado e homenageado por todos os lados, o País inteiro pedindo-o em casamento, merecidamente. A melhor homenagem é, sem dúvida, esta. Como o próprio disse, entre lágrimas, o Mundial 2022 não lhe correu bem – ainda há pouco recordámos um dos exemplos. O miúdo soube dar a volta por cima, aprendeu com os erros e corre o risco de se tornar um dos melhores guarda-redes do Mundo – e só tem vinte e quatro anos!

 

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Uma palavra final para Cristiano Ronaldo, que bateu o primeiro penálti, dando o mote para os colegas. Cheguei a pensar que ele não bateria primeiro, depois da sua falha anterior, mas foi a decisão correta. Afinal de contas, nas últimas duas vezes em que perdemos num desempate por grandes penalidades, o Ronaldo não bateu primeiro: não acho que seja coincidência. E é por isso que até aceito que ele tenha ficado em campo até ao fim. Depois de converter, Ronaldo fez um gesto a pedir desculpa para o público, mas na minha opinião não precisava de tê-lo feito. Ou melhor, o problema não foi ter falhado o penálti, o problema foi, como vimos acima, insistir em bater tudo o que é livre e grande penalidade, roubando a oportunidade a outros que talvez pudessem fazer melhor.

 

Não me interpretem mal, eu adorei este final de jogo. Dezoito, vinte anos depois, continuo a colecionar momentos lindos com a Seleção. Mas com todas estas emoções, com todo este drama, uma pessoa quase se esquece… isto era “só” a Eslovénia! Não devia ter sido tão difícil! Devíamos ter conseguido resolver isto nos noventa minutos regulamentares. Sim, Portugal mereceu ganhar e fiquei contente com a vitória, mas continuam os sinais de alerta – as red flags, como diriam os anglo-saxónicos – continuamos a jogar pouco e não sei durante quanto tempo isso será suficiente.

 

Tendo isso em conta, se calhar ficarão surpreendidos quando vos disser que até estou moderadamente otimista para o jogo de hoje, com a França. Mais otimista do que estava das últimas vezes que jogámos contra eles. A verdade é que os nossos amigos franceses estão numa situação semelhante à nossa: não têm jogado grande coisa. Como tem sido amplamente comentado, os únicos golos deles neste Europeu foram auto-golos e um único penálti convertido. 

 

Por outro lado, ainda só sofreram um golo.

 

Deverá um duelo relativamente equilibrado. Estes em princípio não jogarão em bloco baixo, ao contrário dos nossos adversários anteriores – havemos de jogar melhor. E, vou ser sincera, estou a contar que Diogo Costa continue a salvar-nos. 

 

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Claro que não será fácil. O nosso histórico com os franceses está muito desequilibrado a favor deles. A final de Paris foi a primeira e única vitória em décadas. Aliás, uma faceta menos agradável da nostalgia pelo Mundial 2006: faz hoje dezoito anos desde que eles nos eliminaram das meias-finais desse campeonato, também na Alemanha. O nosso último jogo com eles, no último Europeu, então, ia dando cabo de mim. Estou mais ou menos à espera que este seja igualmente dramático. 

 

Preparemo-nos. Uma vez mais, só vou sair do trabalho às 20h30, ou seja, vou perder a primeira parte. Uma pena mas, se calhar, o meu coração agradece. 

 

Ou não? Não sei se sofrerei mais podendo ver ou não podendo ver.


Obrigada a todos pela vossa visita. Tenho andado algo stressada para conseguir acabar estes textos antes dos jogos seguintes. Mas obviamente quero continuar a fazê-lo durante a próxima semana, semana e meia. Quero continuar neste Europeu. Continuem a acompanhá-lo comigo quer neste blogue, quer na sua página do Facebook.

Entre o Céu e a Terra

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No passado dia 21 de março, a Seleção Portuguesa de Futebol venceu a sua congénere sueca por cinco bolas contra uma. Cinco dias mais tarde, no entanto, perdeu perante a sua congénere eslovena por duas bolas sem resposta. Ambos os jogos foram de carácter amigável.

 

Enfim.

 

Conforme já tinha referido no texto anterior, estava ainda a trabalhar durante a primeira parte do jogo com a Suécia. Foi um final de dia mais movimentado que o costume. Aviso de amiga: pessoas que chegam a um estabelecimento nos últimos cinco, dez minutos antes do fecho, sem terem um bom motivo para isso, têm um lugar reservado no inferno. Foi o caso de pelo menos dois dos utentes que ainda lá estavam quando fechámos. É indecente! 

 

Ainda assim, consegui ir espreitando sites de atualizações e soube quando marcaram os dois primeiros golos. O terceiro coincidiu com a altura em que nos preparávamos para fechar, logo, só soube dele durante o intervalo, já a caminho de casa. 

 

Pelo que vi e li mais tarde, a Suécia até entrou no jogo a dominar, mas só se aguentou durante uns vinte minutos. Portugal rapidamente tomou as rédeas da partida. O primeiro golo do jogo – e do ano – surgiu aos vinte e quatro minutos. O primeiro remate foi de Bernardo Silva, mas a bola foi ao poste. Na recarga, Rafael Leão não perdoou. 

 

 

O segundo golo também teve assistência de Bernardo Silva, ainda que de maneira diferente. Este passou a Matheus Nunes, que avançou pelo campo sem que os suecos conseguissem fazer nada. Ao entrar na grande área, rematou certeiro. 

 

Por sua vez, o terceiro golo começou com um passe fabuloso de João Palhinha. A bola voou quase a distância equivalente a um meio campo até Nélson Semedo, à direita. Este foi até à linha de fundo, assistindo depois para Bruno Fernandes marcar – fazendo um túnel ao pobre defesa sueco.

 

Na segunda parte, já estava à frente da televisão e, sinceramente, gostei do que vi. Uma exibição bem agradável. Gostei em particular de ver Palhinha: teve vários momentos que me recordaram a célebre jogada do Portugal x França do Euro 2021 2020, que terminou com uma cueca a Pogba.

 

E fui capaz de ver a Seleção marcando um par de golos. O primeiro teve a assistência de Bruno Fernandes. Esteve frente a frente com o guarda-redes, teve a hipótese de rematar ou de passar a um colega: ou Bruma, à sua esquerda, ou Gonçalo Ramos, à sua direita. Acabou por escolher Bruma, que não desperdiçou o jeitinho. 

 

Infelizmente, depois, cometemos um erro de amadores. Baixámos a guarda durante o rescaldo do golo e deixámos Viktor Gyökeres marcar o primeiro da Suécia. Toti Gomes ficou mal na fotografia. 

 

Ainda assim, só precisámos de alguns minutos para ampliar a vantagem de novo. António Silva fez um passe longo para Nélson Semedo, que seguiu pela direita e assistiu para o golo de Gonçalo Ramos. Os suecos, no entanto, conseguiram voltar a reduzir, perto do fim do jogo.

 

 

Toda a gente ficou contente com este resultado e com este jogo, muitos nós começaram a sonhar alto. Não vou mentir, eu também me deixei levar por esse espírito. Mas já tinha escrito que os suecos não estavam a atravessar um bom momento – aquela vitória vale o que vale. E, da minha experiência acompanhando a Seleção de perto, já devia saber que o Universo tem a mania de nos atirar de volta para a Terra quando andamos com a cabeça nas nuvens.

 

O que, pelo menos esta fase, não é uma coisa má, atenção!

 

Eu sabia que a Eslovénia seria um adversário mais difícil que a Suécia. Ainda assim, estava à espera de melhor. Nem quero escrever muito sobre este jogo – o que há para dizer? Foi uma seca. Estava a ver a partida e a pensar: “Fui eu pedir para sair mais cedo para isto?”. Não que preferisse estar a trabalhar, mas porque é que os Marmanjos só jogaram bem nesta jornada quando não pude ver o jogo todo?

 

Muitos têm apontado que esta derrota serviu para demonstrar a falta que nomes como Bernardo Silva e Bruno Fernandes fazem. Talvez tenham razão, mas também concordo com a dispensa deles deste jogo. Já não é a primeira vez que o escrevo: a época futebolística atualmente é uma coisa parva. Se for possível poupar os jogadores literalmente nesta altura do campeonato, que se poupe!

 

E, no fim do dia, isto é apenas um particular. O próprio Roberto Martínez disse depois que o mais importante não era a vitória – eu disse o mesmo antes, como digo antes de todos os jogos amigáveis. Não vamos colocar tudo em causa e deixar de ser candidatos ao título porque perdemos um jogo – tal como não éramos os grandes favoritos depois de termos ganho a uma seleção que falhou o Apuramento.

 

Dito isto, espero mesmo que o jogo com a Eslovénia tenha servido para tirar ilações, que aquilo foi penoso. 

 

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No meio disto tudo, devo confessar, tenho andado pouco entusiasmada com a Seleção. Em parte por andar ocupada com outras coisas – quem segue o meu outro blogue e sobretudo a sua página no Facebook terá uma ideia sobre o que estou a falar – mas também porque este último ano, sejamos sinceros, foi pouco estimulante. Uma Qualificação tranquila perante adversários de nível médio/acessível (claro que tinha sido pior se tivéssemos sentido dificuldades) e, agora, dois particulares. Já não é a primeira vez que o digo: tenho saudades de partidas mais intensas, com mais em jogo. Tenho saudades do mata-mata, do Nitromint debaixo da língua. 

 

Isto é, no momento não acho assim tanta piada, mas depois gosto de recordar e de escrever sobre isso. 

 

Felizmente já não falta muito tempo. Diz que os Convocados serão anunciados a 20 de maio, marcando o início da era do Europeu. Em princípio, não devo publicar antes da Convocatória, mas vou tentar publicar depois, antes dos particulares marcados para junho. 

 

Obrigada como sempre pela vossa visita. 

Amigáveis de Março

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Hoje, dia 21 de março, a Seleção Portuguesa de Futebol recebe a sua congénere sueca no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Cinco dias mais tarde (cinco?! Já não estou habituada a um intervalo tão grande entre jogos…), desloca-se a Liubliana, na Eslovénia, para defrontar a seleção da casa. Ambos os jogos serão de cariz amigável.

 

Se formos a ver, estes são os primeiros jogos particulares que temos no mês de março desde 2018. Entre as mudanças no calendário provocadas pela Liga das Nações, a pandemia e os play-offs há dois anos, nunca mais foi possível. Jogos amigáveis em geral tornaram-se uma raridade nos últimos anos, aliás – já não é a primeira vez que falamos disso. Não que ache que a maior parte das pessoas, eu incluída, sinta saudades, bem pelo contrário. Mas acredito que os Selecionadores sintam falta.

 

Roberto Martínez, o selecionador português, parece querer tirar o melhor proveito desta dupla jornada, tentar gerir o facto de estes jogos não virem numa boa altura da época (ainda estou à espera de jogos da Seleção que venham numa boa altura, mas isso é outra conversa). A Turma das Quinas foi dividida em três grupos: um com Marmanjos que poderão jogar em ambas as partidas, um com os que jogarão apenas na primeira, um com os que jogam apenas na segunda. Neste último estão incluídos nomes como Cristiano Ronaldo, João Cancelo, João Félix, Danilo, entre outros.

 

Tenho pena de quem, se calhar, comprou bilhete para o jogo com a Suécia para ver o Ronaldo. À parte isso, acho boa ideia. Faz sentido como forma de minimizar o desgaste. E sempre dá oportunidade para Chamar gente que, se calhar, noutras circunstâncias, não conseguiria vir. Como, por exemplo, Francisco Conceição – ou Chico Conceição, como lhe chamou Martínez na Convocatória (isso é uma alcunha dele ou é Martínez que não consegue dizer “Francisco”?) – Jota Silva ou, mais recentemente, Dany Mota.

 

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Não sei se era a única mas, antes de fazer o trabalho de casa para este texto, achava que a Suécia era o adversário mais difícil nesta dupla jornada. Pois bem, não é o caso. Pelo menos não neste momento. Os suecos não se Qualificaram para o Euro 2024: ficaram em terceiro lugar, atrás da Bélgica e da Áustria e, neste momento, estão na Divisão C da Liga das Nações. Ou seja, estarão mais ou menos a meio da tabela europeia. E estão, neste momento, a estrear um novo selecionador.

 

Por outro lado, os suecos dispõem de um triunfo bem conhecido dos portugueses: Viktor Gyökeres, o atual melhor marcador da Liga Portuguesa. Pelo que me dizem, quando joga pelo Sporting, a qualquer momento pode sacar um coelho da cartola e decidir uma partida. Não sei se acontece o mesmo quando veste a camisola sueca, mas é melhor contar com isso.

 

Felizmente, o treinador do Sporting, Rúben Amorim, foi amigo e já deu um conselho: meter o Gonçalo Inácio, seu colega de clube, a marcá-lo. 

 

Aqui entre nós, talvez seja em parte viés de ser irmã de uma sportinguista, mas eu gosto do Amorim. Espero que chegue a Selecionador Nacional a longo prazo.

 

O nosso histórico com os suecos é equilibrado. Literalmente: sete vitórias, sete derrotas e cinco empates, pendendo mais a nosso favor nos últimos anos. Toda a gente se lembra dos play-offs de 2013. No entanto, os jogos mais recentes ocorreram durante a fase de grupos da Liga das Nações, em 2020. Foram dos primeiros jogos da seleção após a pausa imposta pela pandemia – já uma memória distante, felizmente, mas continuo a rezar para que nunca mais passemos por algo do género. Ambos os jogos correram bem, como poderão recordar aqui e aqui

 

Assim, tirando a imprevisibilidade de Gyökeres, penso que a Suécia estará ao nosso alcance. Infelizmente, hoje estou a sair às 20h30 do trabalho, logo, vou perder a primeira parte. Paciência. É apenas um amigável, não é grave.

 

Mas já pedi para me escalarem para sair mais cedo na terça-feira. 

 

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O que nos leva ao jogo com a Eslovénia. Estes Qualificaram-se para o Europeu em segundo lugar no grupo H, atrás da Dinamarca. É a primeira fase final em que participam desde o Mundial 2010 e o primeiro Europeu em que participam desde 2000. No que toca à Liga das Nações, estão na Divisão B – acima da Suécia.

 

Estive a pesquisar e, tanto quanto consegui apurar, nunca jogámos contra a Eslovénia. Acho estranho ainda existirem seleções europeias com quem nunca nos cruzámos – quer em amigáveis como este, quer em fases de Qualificação.

 

Por outro lado, é uma seleção relativamente jovem – só foi reconhecida oficialmente pela FIFA e pela UEFA em 1992. Talvez seja essa a explicação.

 

Ou seja, é uma seleção mais forte do que seria de esperar, que conhecemos mal, e que certamente andará feliz e motivada. Ainda assim, não serão melhores do que nós. 

 

Depois de termos tido uma Qualificação de nível fácil, com todas as ressalvas, tenho-me perguntado – à semelhança de muita gente, imagino eu – como se sairá a Seleção de Martínez perante adversários de maior calibre. Claro que não se podem tirar muitas conclusões de jogos particulares – nestas ocasiões, os resultados e mesmo as exibições não são o mais importante. Mas sempre dará para termos uma ideia.

 

Antes de terminarmos, temos de falar de equipamentos. Depois deste texto já é habitual.

 

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Uma palavra de despedida para a coleção anterior. Na altura em que saiu estranhei, mas acabei por ficar a gostar do equipamento principal, mesmo que tenha quebrado convenções. Discordem se quiserem, eu acho giro. Foi uma coleção muito bonita – tirando a camisola de aquecimento. Vou ter saudades dos tons dourados em geral, fazendo lembrar o pôr-do-sol, e em particular dos equipamentos de treino.

 

Estou contente por eles não terem cortado completamente com a estética anterior. Os tipos de letra, pelo menos, são parecidos. O equipamento principal é mais clássico que o anterior: regressa a combinação camisola vermelha e calções verdes. Talvez tenham percebido que a camisola anterior fora demasiado divisiva. 

 

Parece-me giro o equipamento. Por outro lado, a camisola alternativa é bem fora do convencional. Em azul e branco, um padrão inspirado pelos azulejos portugueses. Ficou giríssimo, adoro. Faz-me pensar nos pastéis de Belém.

 

No entanto, como habitual, preciso de estes equipamentos em campo e reservo a minha opinião final para o fim do ciclo desta coleção. Aliás, esta é a última coleção produzida pela Nike – a próxima já virá da Puma. A ver o que farão.

 

E com esta nos despedimos, por agora. Como sempre, obrigada pela vossa visita. Que Portugal ganhe logo à noite.

 

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