Na passada terça-feira, dia 18 de junho, a Seleção Portuguesa de Futebol estreou-se no Euro 2024 com uma vitória por duas bolas contra uma perante a sua congénere checa.
Se algum de vocês desse lado tinham saudades do sofrimento típico de um jogo da Equipa de Todos Nós numa fase final, este jogo foi para vocês.
Portugal assumiu cedo o controlo do jogo, embora sem conseguir criar muitas ocasiões. Tivemos alguns desperdícios, como o cabeceamento mal feito de Cristiano Ronaldo ou quando Rafael Leão não se esticou o suficiente para conseguir rematar. A Chéquia remeteu-se a um bloco baixo, aparentemente pouco interessada em tentar ganhar.
Isto durou toda a primeira parte e prolongou-se até pouco antes dos sessenta minutos de jogo. Acabou por acontecer aquele tropo clássico do futebol: quem não marca, sofre. Os checos marcaram no primeiro remate enquadrado que tiveram.
– Pois! Eu sabia! Eu sabia! – barafustei eu para a minha cadela, a única que estava a ver o jogo comigo.
Os comentadores da SIC já me vinham a irritar há algum tempo. Nem sequer é era pelas inúmeras referências à novela nova, como toda a gente se queixou. Era mesmo pelo tom otimista irritante que as televisões costumam adotar nestes campeonatos. Depois do golo sofrido, tive ainda menos paciência
– Portugal está a perder mas já provou ser superior – disseram. De que servia isso se perdêssemos?
Felizmente não nos mantivemos em desvantagem durante muito tempo – embora o mérito não tenha sido cem por cento nosso. Após defesa incompleta do guarda-redes checo Stanek, o infeliz Hranác fez auto-golo (estes têm sido frequentes neste Europeu). O pior tipo de golo, uma pessoa nem sabe bem se deve festejar, mas não nos podíamos dar ao luxo de sermos esquisitos.
Portugal continuou a insistir, mas observou-se outro tropo habitual: o guarda-redes adversário que decide, inusitadamente, fazer o jogo da sua vida. Por esta altura, já tinha visto pelo menos duas pessoas no Twitter dizendo que o jogo pedia Francisco Conceição.
Ainda assim, Diogo Jota saltou do banco primeiro e, em sua defesa, até conseguiu enfiar a bola na baliza. Momento caricato quando andou à bulha com Stanek para agarrar a bola para o festejo, apenas para o golo ser anulado por fora-de-jogo de Ronaldo.
Já ia fazendo contas à vida tendo em conta o empate. Não seria dramático, pois não? Não seria a primeira vez que não vencíamos o jogo de estreia, para depois até termos desempenhos decentes.
Felizmente, Portugal recusava-se a deitar a toalha ao chão. Martínez lançou Pedro Neto e Francisco Conceição aos noventa minutos. Muitas piadas comparando Martínez a Roger Schmidt – precisei de algum tempo para me recordar da suposta tendência do último de fazer substituições tardias.
E de facto… qual é a lógica de esperar até aos noventa minutos para meter dois jogadores quando não se está a ganhar? Martínez queria ganhar, certo? Estava a contar que os substitutos resolvessem a coisa durante o tempo extra?
Se era a segunda hipótese… bem, o jogo deu-lhe razão. Pedro Neto pegou na bola (provavelmente a primeira vez que tocou nela), entrou na grande área pela esquerda, centrou. Um central croata ainda tentou defender mas a bola passou-lhe entre as pernas. Francisco Conceição tomou-a e enfiou-a na baliza.
Nem festejei como deve ser, com medo que o golo fosse anulado outra vez. Os Marmanjos fizeram o oposto: o golo foi uma explosão catártica. O Chico tirando a camisola, a Seleção em peso atirando-se ao pescoço dele, aquela energia de família abraçando o irmão mais novo, Ronaldo e Jota provocando adversários, quais criancinhas. Tudo uma delícia.
Fiquei contente por o golo ter partido de jogadores que levantaram controvérsia ao serem Convocados. Eu mesma tinha as minhas reservas em relação a Pedro Neto e, ainda no dia do jogo com a Chéquia, quis aliviar a pressão sobre o Chico, aqui no blogue.
Fico feliz por me ter enganado em relação a ambos.
Mas não devia ter sido necessário todo este drama. Devíamos ter marcado antes, logo na primeira parte. A Seleção podia ter poupado o povo a este sofrimento. Se tivemos estas dificuldades no primeiro jogo, perante a Chéquia, como será mais para a frente, perante adversários mais difíceis? Acham que o meu coração vai aguentar? Nesta fase da minha vida?
Depois do jogo, Martínez elogiou a atitude da Seleção, a “resiliência”, a “personalidade incrível”. Destacou o facto de ter sido a primeira reviravolta da Equipa de Todos Nós durante o seu mandato.
Não está errado. É importante saber reagir à desvantagem, sobretudo em campeonatos como este. Houveram ocasiões nos últimos anos em que não soubemos fazê-lo.
Dito isto, continuo a achar que Martínez doura demasiado a pílula – já tínhamos falado disso no texto anterior. “Não é um jogo para avaliar do ponto de vista tático, técnico e físico”, disse ele depois do jogo. Não, mister? Não vamos aprender com os erros, mesmo que não tenham tido consequências em termos pontuais?
Claro que nada me garante que isto não é só conversa. É possível que Martínez não queira fazer críticas ou admitir culpas em público, mas que já tenha falado com os jogadores e equipa técnica em privado, de modo a corrigir o que for necessário. Não quero criticar demasiado Martínez nesta fase, quando a Seleção ainda não cometeu um deslize que seja. Recordo que só contamos vitórias em jogos oficiais com Martínez ao comando.
E não deixo de estar satisfeita com o nosso resultado frente à Chéquia – mesmo que os dois golos que marcámos tenham envolvido erros por parte dos checos. São três pontos importantes, um passo em direção aos oitavos-de-final. O meu lado mais otimista diz que só faltam mais seis jogos de sofrimento assim, ou pior, e o título é nosso outra vez. A parte menos otimista deseja mais consistência, espera que a Seleção melhore nos próximos dois jogos, de modo a conseguirmos ir longe neste Europeu.
Dizem que a Turquia tem um jogo mais aberto que o da Chéquia e talvez Portugal não sinta as dificuldades que sentiu na terça-feira. Por outro lado, a Turquia está cheia de talento, virá motivada após a vitória sobre a Geórgia (num jogo que muitos garantem ter sido um dos melhores deste Europeu) e terá muitos adeptos nas bancadas. Não vai ser fácil.
Mas não há desculpas. Portugal tem de ganhar.
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No passado sábado, dia 24 de setembro, a Seleção Portuguesa de Futebol venceu a congénere checa por quatro bolas a zero. Três dias depois, foi derrotada pela margem mínima pela sua congénere espanhola. Com estes resultados, Portugal falhou a passagem à final four da Liga das Nações.
Cá estamos neste buraco outra vez.
Aviso desde já que não me vou alongar muito sobre estes dois jogos, ainda que por motivos diferentes. Não vi o primeiro. Quanto ao segundo, só não vi a primeira parte e aquilo que vi na segunda parte tira-me a vontade de escrever (e um bocadinho de viver). Quero despachar isto para poder focar-me em coisas menos deprimentes.
Como já tinha referido no texto anterior, no sábado tive um jantar. Na verdade, o termo técnico é “sunset”, uma festa na praia, com petiscos e música para dançar. Nunca fui grande fã de discotecas ou de sair à noite até muito tarde (tirando concertos e jogos de futebol). Naquela noite, no entanto, soube-me bem. Estava em boa companhia, a música era melhor que o costume e terminou relativamente cedo, à uma da manhã.
Não vou mentir, tive alguma pena de não ter visto este jogo. Dizem que foi uma exibição agradável – e compensaria antecipadamente o que aconteceu na terça-feira. Ao mesmo tempo, de uma maneira estranha, sinto que não deixei de viver as emoções do jogo. Ia vendo atualizações em sites próprios no meu telemóvel. A cada golo, ao penálti falhado, aos golos sofridos pela Espanha, eu dançava com mais gosto, dava gritinhos, brindava (pouquinho de cada vez, pois ia a conduzir).
Às vezes é giro viver jogos assim, longe do sofá e da televisão. Sempre é uma experiência diferente.
Fiquei surpreendida pela positiva com o Diogo Dalot. Das poucas vezes que jogara pela Seleção não me tinha impressionado. Agora é capaz de questionar a titularidade de João Cancelo, algo que eu não estava à espera.
De facto, naquela noite correu praticamente tudo bem para o nosso lado. Aconteceu tudo o que eu queria. Tinha esperanças de que a Espanha fosse perder pontos perante a Suíça, mas não imaginava que fosse mesmo perder o jogo. Depois, do nosso lado, os checos foram simpáticos ao ponto de falharem um penálti – às tantas, aquilo que o Diogo Costa referiu depois do jogo com a Turquia, de ser capaz de influenciar os adversários para falharem penáltis, é verdade, ah ah. Uma noite praticamente perfeita.
Não valeu de nada.
Como disse antes, estive a trabalhar durante a primeira parte do jogo com a Espanha, espreitando sites de atualizações quando conseguia. Aparentemente – e de acordo com o que me contaram mais tarde – estava zero a zero, mas os portugueses estavam a esforçar-se. Não estava a correr mal.
A segunda parte não foi assim. O próprio Fernando Santos admitiu que, a partir dos sessenta minutos, “a equipa foi-se abaixo”. Uma pessoa pergunta-se porque é que não fez nada para remediar a situação, ou não fez melhor. Os espanhóis encostaram-nos às cordas, quase literalmente. Quando marcaram foi um choque mas não foi uma surpresa. Como em várias outras ocasiões, fomos a correr atrás do empate mas já não deu.
Já não sei o que dizer que não tenha dito antes. Esta estava ao nosso alcance! Os desígnios já tinham sido simpáticos ao criarem circunstâncias que não nos obrigassem a ganhar à Espanha – algo que seria sempre difícil. Bastava termos jogado um bocadinho mais que fosse para garantirmos o empate e ficarmos todos contentes. Mas nãããããoooo!
Tenham paciência mas já são muitas desilusões. Deixo os links para quando falhámos o Euro 2020 e quando falhámos o Apuramento para o Mundial no ano passado – o que escrevi ainda é válido. Sei que as coisas melhoraram depois do jogo com a Sérvia e tivemos alguns jogos bons este ano. Mas de que serviu se, no fim, o resultado foi o mesmo? De que serviram os bons desempenhos perante a Suíça (o primeiro jogo) e a Chéquia se falhámos o acesso à final four? De que servirão os bons resultados nos play-offs se, mais uma vez, não dermos uma para a caixa no Mundial?
Aparentemente, Fernando Santos considera que esta derrota “não belisca o projeto de trabalho para o Mundial” e nem sequer ameaça o seu emprego. Ele literalmente disse “Tenho contrato até 2024” – só faltava ter acrescentado “É lidar”, como disse o Insónias. Não só piora a sua imagem, numa altura em que tem o país inteiro a vociferar pela sua demissão… mas também me deixa preocupada.
É possível que ele não esteja a ser sincero, pode ter sido só uma boca de gato assanhado. Mas se estiver, se for resistir a uma eventual chicotada psicológica… isto pode ficar feio. E, por muito farta que esteja de Fernando Santos por estes dias… ele não deixa de ser o técnico que nos ganhou os nossos primeiros títulos. Merece uma saída digna.
Se eu acho que Fernando Santos deve deixar a Seleção? Não é uma resposta simples. Por um lado sim, talvez já devesse ter saído há mais tempo, depois do Euro 2020. Por outro lado, temos o Mundial já aí à porta e só teremos para aí uma semana para prepará-lo. Será a melhor altura para trocar a equipa técnica? Por aindamais um lado, não quero o registo destes últimos anos neste Mundial, o último de João Moutinho, Pepe e Cristiano Ronaldo.
No fundo é irrelevante se apoio ou não o Selecionador. A Federação não levará a minha opinião em conta. Não me serve de nada dizer que não apoio Fernando Santos, ou que não apoio a Seleção enquanto lá estiver Fernando Santos. Talvez me proteja de eventuais desilusões, mas não me traz felicidade nenhuma. Eu quero apoiar a Seleção, eu quero ter esperança, quero desfrutar deste Mundial. Até estou a pensar ir ao particular com a Nigéria em Novembro. Mas… desta forma?
Não sei, sinceramente. Não sei o que esperar deste Mundial, não sei com que atitude partirei para ele. Falaremos sobre isso na altura, suponho eu.
E já que falamos de sujeitos agarrados aos respetivos lugares… uma palavra para Cristiano Ronaldo – provavelmente um dos piores em campo nesta dupla jornada.
Uma das discussões nos últimos dias tem-se centrado no papel dele na Seleção. O vídeo abaixo (em inglês) fez-me reconsiderar a minha opinião sobre o desejo de Ronaldo vestir a Camisola das Quinas até 2024. Até que ponto será nobre prolongar a sua estadia, tirando o lugar a jogadores mais capazes, se não conseguir ajudar a equipa.
Faz-me lembrar a história de Roy Kent, no final da primeira temporada de Ted Lasso. Seguem-se spoilers nos próximos parágrafos. É também um conflito entre uma estrela em decadência e as necessidades de uma equipa. Ted (que, na minha opinião, é mais um mental coach do que um treinador propriamente dito) não quer colocar Roy no banco pois não quer magoá-lo. Os seus colegas, no entanto, fazem-lhe ver que Ted não pode colocar o ego de Roy acima de uma equipa inteira.
Ao mesmo tempo, Roy construiu toda a sua identidade em torno da sua carreira futebolística. Destaco a frase “Roy Kent tem sido o melhor jogador em todas as equipas em que esteve desde miúdo”. Não quer aceitar o facto de já não conseguir jogar ao nível de outrora. Tanto a sua namorada como a sua sobrinha fazem-lhe ver que existe Roy Kent para além do futebol. No fim, ele e Ted tomam a decisão certa.
Da mesma maneira, receio que Ronaldo esteja em profunda negação sobre si mesmo. E o pior é que acho que ele não tem nenhuma Keeley ou nenhuma Phoebe na sua vida. Tirando, talvez, Erik ten Hag e alguns colegas dele no Manchester United, todos à volta dele continuam a alimentar-lhe as ilusões. Veja-se a publicação da irmã dele nas redes sociais. Sim, as pessoas são cruéis na Internet, mas não é ódio, não é ingratidão, não é um ataque pessoal reconhecer o que está à vista de todos – e isto também é válido para Fernando Santos. Pelo contrário, reforçar a negação de Ronaldo será pior para ele a longo prazo, receio eu. A maior prova de amor que alguém lhe pode dar neste momento é obrigá-lo a enfrentar a realidade e adaptar-se a ela.
Até porque, no fim do dia, Ronaldo é apenas humano. Não é uma falha pessoal ele estar a perder os seus super-poderes ao fim de vinte anos como sénior. Alguém que lhe diga isso!
Ao mesmo tempo, Fernando Santos e talvez a Federação em geral precisam de um Coach Beard. Não vou ao ponto de pôr todas as culpas no Selecionador. Acredito que haja pressão da parte das equipas de marketing e dos patrocinadores para dar protagonismo ao jogador mais mediático da Seleção. Mas não podem pôr o ego de um único Marmanjo, ou eventuais likes ou camisolas vendidas, acima da equipa toda.
Não me interpretem mal, não digo que esta seja a altura de Ronaldo pendurar a Camisola das Quinas. Mas precisamos de mudar de atitude. Se Ronaldo não rende em campo, substituam-no! No vídeo que referi acima, sugerem usá-lo como suplente de ouro, estilo Ricardo Quaresma no primeiro ano de Fernando Santos – que se estude essa hipótese!
E, falando a médio/longo prazo, começar a pensar na retirada de Ronaldo.
Esta é apenas a minha opinião, claro. Estão à vontade para discordar – até porque Ronaldo ontem ficou no banco e o Manchester United foi goleado à mesma. Posso estar redondamente enganada em relação a isto tudo. Mas temos de ter esta conversa.
Veremos, então, o que acontecerá a seguir. Falamos de novo em vésperas do Mundial, provavelmente depois da Convocatória. A ver como me sentirei na altura.
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Hoje à noite, a Seleção Portuguesa de Futebol defrontará a sua congénere checa. Depois, na próxima terça-feira dia 27 de setembro, receberá a sua congénere espanhola. Estes serão os últimos jogos a contar para a fase de grupos da terceira edição da Liga das Nações.
Vou ser sincera: antes de segunda-feira estive perto de não escrever uma crónica pré-jogos para dupla jornada – sobretudo tendo em conta que me atrasei com o meu outro blogue. Acho que me esforçaria sempre por publicar qualquer coisa, por pequena que fosse, pois arrependi-me de não ter escrito antes dos jogos de junho.
Mas não tinha mesmo muito a dizer. Esta foi uma Convocatória bastante conservadora. Fiquei surpreendida mas não devia ter ficado. Para além de ser Fernando Santos, há muito pouco espaço para treinar, para fazer experiências. O calendário futebolístico atual é uma coisa parva – mais sobre isso já a seguir – quase não há jogos particulares, não vai dar para fazer um estágio como deve ser antes do Mundial. Nós teremos dez dias e estamos entre os mais afortunados nesse aspeto. É provável que a Convocatória para o Mundial também não inove muito.
Até aqui tudo bem, um dia normal no escritório. Tudo mudou quando, na segunda-feira, Rafa – um dos Chamados para esta dupla jornada – anunciou que se ia retirar da Seleção.
Não estava à espera desta. Já lá vão anos desde a última vez que tivemos de lidar com uma situação parecida.
De início fiquei preocupada, devo confessar. Como amante da Seleção, nunca gostei de renúncias por princípio. Além disso, da minha experiência, estas costumam ser sintomas de desentendimentos entre jogadores e Selecionador. Aconteceu com Carlos Queiroz, aconteceu com Paulo Bento. Quem acompanhe este blogue nos últimos tempos saberá que tenho andado com um pé dentro e um pé fora no que toca a Fernando Santos – desde o Euro 2020. Se isto significasse o que eu achava que significava, teria mais munições contra o Selecionador.
Não me parece que seja esse o caso, no entanto. Até pelo timing da renúncia: antes desta, Rafa só tinha vindo à Seleção nas últimas duas jornadas do ano passado e em ambas fora dispensado por lesão. Se tivessem existido desentendimentos, Rafa teria renunciado mais cedo, não acham?
É certo que, da última vez que Rafa esteve na Seleção, em novembro último, circularam rumores de "falta de empenho", de que ele "gerava desconforto na Equipa das Quinas. Hoje há quem diga que Rafa se ressente de ninguém o ter defendido na altura… o que não é verdade. Fernando Santos negou todos os rumores na altura, em entrevista.
Da mesma maneira, também não acho que Rafa tenha saído por estar contra o uso de jogadores naturalizados ou porque o Otávio e o Diogo Costa foram maus para o Benfica, como alguns disseram – isso são as pessoas projectando as suas próprias birras na situação.
A "teoria" que me parece mais plausível relaciona-se com gestão de tempo. Rafa nunca foi uma opção super consistente na Turma das Quinas. Foi Campeão Europeu mas mal jogou. Os seus poucos destaques de Quinas ao peito foram o primeiro jogo contra a Polónia em 2018 e o jogo contra a Hungriano Euro 2020. Nunca fez parte do núcleo duro de confiança de Fernando Santos. Foi Convocado para esta dupla jornada, mas é possível que não fosse titular em nenhum dos jogos.
Segundo Rui Casaca, um antigo dirigente do Sporting de Braga e conhecido de Rafa, este "valoriza muito a vida para além do futebol". Como muitos têm assinalado, entre a pandemia e um Mundial fora de horas, os calendários futebolísticos tornaram-se demasiado pesados nos últimos anos. Por estes dias, todos os clubes “grandes” têm dois jogos por semana.
E eu pergunto-me: como é que os jogadores aguentam? Quando é que têm dias de folga? Desde que comecei a trabalhar e sobretudo no pós-pandemia, sou muito ciosa do meu tempo fora do trabalho. Não sei se conseguiria aguentar o estilo de vida de um futebolista como Rafa: sem fins-de-semana, desfasados de toda a gente, inúmeras viagens.
Tendo tudo isto em conta, não me choca que Rafa prefira ficar de fora da Seleção. Sobretudo se estiver convencido que só iria para lá aquecer bancos (não acho que fosse verdade, mas pronto). É possível que tenhamos outros exemplos, não só em Portugal, de jogadores renunciando às respetivas seleções por não aguentarem este ritmo.
Dito isto tudo, a maneira como Rafa fez isto deixou muito a desejar. Para começar, devia ter avisado Fernando Santos antes da Convocatória, não depois. O Selecionador teria tempo para pensar numa alternativa – e calculo que seja uma logística complicada para a Federação Chamar um jogador fora de horas.
Por outro lado, segundo declarações de Fernando Santos ontem, Rafa disse uma coisa ao Selecionador – que não podia comparecer nesta dupla jornada – e outra coisa à Federação – que não voltaria a envergar as Quinas. Mas que raio…? Só faz com que Rafa fique pior na fotografia.
Tirando estes últimos aspetos, aceito a decisão de Rafa. Mas fico triste: este está a atravessar uma boa fase e agora não podemos aproveitá-la. Por outro lado, estou feliz por Gonçalo Ramos ter sido Chamado – é outro que anda a entusiasmar.
Do outro lado do espectro temos Cristiano Ronaldo. Não sei se sou a única mas, depois das figuras tristes que fez no último Mercado de Transferências e da sua estranha situação no Manchester United, tenho-me interrogado se o seu papel na Seleção iria mudar.
Suponho que ainda seja cedo para isso acontecer. Afinal de contas, ele saiu-se bem na última jornada – e como escrevi na altura, nós recebêmo-lo sempre de braços abertos.
Talvez seja por isso que Ronaldo nos seja tão leal. Talvez ele sinta que neste momento que a Seleção é o único sítio onde é verdadeiramente amado (embora ele só se possa culpar a si mesmo por isso). Ao ponto de ter adiantado esta semana que quer jogar no Euro 2024. Que teremos de levar com o “Cris” durante mais um par de anos, pelo menos.
Por um lado fico comovida. Tenho passado os últimos quatro ou cinco anos à espera que Ronaldo acorde um dia e decida que já não aguenta vir à Seleção. Antigos heróis meus, como Luís Figo, Rui Costa, Pedro Pauleta, Deco, fizeram isso e eu encaixei. Eu também encaixaria que Ronaldo fizesse o mesmo.
Mas ele não faz! Ele não nos vira costas! De uma maneira que vai além do racional, na minha opinião.
Porque esse é o reverso da medalha. Onde acaba o amor à camisola e ambição e começa a negação? Ele já não é um jovem. Na idade dele muitos jogadores já penduraram as botas há muito. Como pode ele ter a certeza de que irá aguentar? Tenho medo que este espírito deixe de ser saudável. Espero que Ronaldo saiba o que está a fazer.
Adiante.
No mesmo dia da Convocatória, foram apresentados os novos equipamentos. Desde que dediquei um texto inteiro a equipamentos da Seleção, fiquei contratualmente obrigada a pronunciar-me sobre cada coleção nova. E é o que vou fazer.
Uma última palavra para o equipamento principal de 2020. Como escrevi no outro dia na página, tomei o gosto a esta camisola. Quando saiu queixei-me dos colarinhos e, de facto, não adoro o pormenor. Na prática, eles não me incomodaram quase nada. Hoje colocaria este equipamento em terceiro ou quarto lugar na minha classificação.
Agora sobre este conjunto… No que toca ao equipamento principal, a minha primeira impressão não foi muito favorável. Percebo a ideia: durante muito tempo tivemos equipamentos só em vermelho quando a nossa bandeira é quarenta por cento verde, mais coisa menos coisa. A equipa por detrás dos equipamentos terá querido contrariar isso – o lema desta coleção é precisamente “Veste a bandeira”. Em 2020, recuperaram os clássicos calções verdes, para este quiseram pensar fora da caixa.
Eu aplaudo. Na minha classificação, favoreci os equipamentos mais criativos e o principal de 2022 é definitivamente um equipamento criativo. Mas talvez tenha ficado demasiado diferente para o gosto de muitos. Pessoalmente, acho que irei aprender a gostar deste equipamento. Como todos, vou precisar de vê-lo em campo. Daqui a um par de anos darei o meu juízo final.
De resto, gosto muito desta coleção em geral. O equipamento alternativo é menos arrojado mas mais popular: eles raramente erram com equipamentos brancos com pormenores verdes e vermelhos – espero que lancem um boné a condizer. Os equipamentos de treino e as camisolas de passeio são também muito giros. Aliás, gosto muito da estética geral da coleção, que adotaram para as redes sociais das seleções: as diagonais, os padrões geométricos, as letras douradas.
A única exceção é a camisola de aquecimento. Fui das primeiras a reparar e adivinhei logo as reações. A sério que ninguém entre os criadores fez o mesmo?
Não tenho muito a dizer sobre os jogos. Há quem diga que temos de pelo menos pontuar perante a Chéquia, para depois discutirmos o Apuramento com nuestros hermanos. Para ser sincera, acho mais seguro ganharmos aos checos e fazermos figas para que os suíços roubem pontos aos espanhóis – assim, não seríamos obrigados a vencê-los na terça-feira.
Não que nos possamos fiar.
Aliás, nenhum destes jogos será fácil. Como disse ontem Fernando Santos, os espanhóis tiveram sérias dificuldades em casa checa – e o estádio vai estar cheio, logo à noite. E mesmo que ganhemos – e eu acho que ganhamos – se a Espanha ganhar à Suíça, teremos de vencê-los na terça-feira. Recordo que só vencemos nuestros hermanos exatamente uma vez em jogos oficiais – no Euro 2004.
Algo que joga a nosso favor é o facto de o jogo de terça se realizar em nossa casa – numa Pedreira esgotada. Tenho a certeza que o público tudo fará para facilitar a tarefa aos nossos Marmanjos.
Infelizmente, estou com um problema de timing nesta jornada. Hoje vou ter um jantar e não sei se terei acesso a uma televisão. Na terça-feira só saio do trabalho às 20h30 – só conseguirei ver a segunda parte do jogo com a Espanha e talvez não toda.
Não me queixo muito pois, no Mundial, não terei esse problema. Ou melhor tê-lo-ei em menor escala. Vou tirar uma semana de férias na semana dos jogos com o Uruguai e a Coreia do Sul para poder ver pelo menos esses dois jogos sem stress e ter tempo para escrever sobre eles no blogue. Há anos que queria fazê-lo e finalmente consigo – só é pena não ter conseguido tirar mais dias.
De qualquer forma, mesmo não podendo ver, não deixarei de torcer. Será uma tarefa hercúlea, mas eu acredito. E se conseguirmos, se carimbarmos o regresso à final four da Liga das Nações, eu serei uma mulher feliz.
Como sempre, obrigada pela vossa visita. Força Portugal!
No passado dia 9 de junho, a Seleção Portuguesa de Futebol venceu a sua congénere checa por três bolas sem resposta. Três dias mais tarde, no entanto, perdeu perante a sua congénere suíça por uma bola sem resposta. Estes jogos contaram para a fase de grupos da Liga das Nações e, com este resultado, Portugal fica em segundo lugar, com menos um ponto que a líder Espanha.
Estava a correr demasiado bem, não estava?
Um jogo de cada vez. O jogo com a Chéquia decorreu em Alvalade, à semelhança do primeiro jogo com a Suíça. Eu podia ter estado lá. Quando soubemos que íamos ter estes dois jogos perto de nós, a minha irmã sugeriu irmos aos dois. Eu no entanto tinha começado um emprego novo, achava que ainda não estaria à vontade para pedir para sair mais cedo – sobretudo na véspera de um fim-de-semana prolongado. Eu já iria ao jogo com a Suíça. Não precisava de ir ao outro com a Chéquia, certo? Certo?
Errado.
A minha irmã acabou por arranjar bilhetes para ela e para os amigos. Claro que me arrependi de ter decidido não ir. Sobretudo depois de ter tido uma experiência fantástica no domingo anterior, que me deixou a chorar por mais, e de me ter recordado que a Seleção não tornará a jogar perto de mim este ano – o jogo em casa com a Espanha será em Braga e acho que não haverão particulares antes do Mundial. Agora que já estou um pouco mais à vontade no meu emprego, sei que podia perfeitamente ter pedido para sair mais cedo: mesmo que tivesse de ir diretamente do trabalho para o estádio, mesmo que chegasse atrasada.
Não vou mentir, doeu. Sobretudo quando uma das amigas da minha irmã apanhou Covid e se colocou a hipótese de eu ir no lugar dela… mas o bilhete foi para outro amigo.
Fica a lição para mim. Por outro lado, mais tarde a minha irmã contou-me que os amigos dela nunca tinham ido a um jogo da Seleção e adoraram a experiência. O que me fez sentir muito melhor. Afinal, já conto uma mão-cheia de jogos da Turma das Quinas. Posso ter perdido uma oportunidade mas, se isso contribuiu para converter outros à Equipa de Todos Nós, valeu a pena.
Por outro lado, a minha irmã levou a minha camisola da Seleção, que sempre invejou, emprestada. A camisola tem o meu nome impresso nas costas, mas ela não se importou. As pessoas confundem-nos tantas vezes que ela já está habituada a que lhe chamem Sofia.
E vice-versa, na verdade. Quem tem irmãos sabe como é. Sobretudo se forem tão parecidos fisicamente como eu e a minha irmã.
Já lhe prometi que, se ela gostar do próximo equipamento da Seleção, compro-lhe uma camisola pelos anos ou pelo Natal. De qualquer forma, no caso deste jogo, fiquei contente por pelo menos a minha camisola ter estado em Alvalade – foi como se uma parte de mim tivesse estado lá.
Uma parte de mim está sempre lá quando joga a Seleção, no entanto.
A verdade é que foi uma tarde complicada no meu emprego. Voltei a sair às oito da noite, mas desta feita não consegui sequer ver (e muito menos partilhar na página) o onze inicial.
Depois de sair, contudo, liguei-me logo ao relato da rádio. Fiquei a saber que Portugal estava por cima, com várias oportunidades falhadas. Na rádio disseram que isso não era garantia de nada, que o mesmo acontecera com os espanhóis quando estes jogaram com a Chéquia – e acabaram correndo atrás do empate. Iria acontecer-nos o mesmo?
Felizmente não. Curiosamente, aconteceu-me o exato oposto do que acontecera no jogo com a Espanha: cheguei a casa no preciso momento em que marcámos o nosso primeiro golo. Bem, mais ou menos: foi quando estava a entrar no elevador, com o Nuno Matosnos headphones. Não resisti a dar um pequeno grito de golo. Espero não ter incomodado nenhum dos meus vizinhos – suponho que, para eles, seria indiferente se eu gritasse no elevador ou no meu apartamento.
Este primeiro golo resultou de mais uma colaboração entre Bernardo Silva e João Cancelo. O primeiro fez um passe excelente para o segundo, escapando a três checos. Cancelo depois seguiu pela direita e rematou certeiro.
Momento engraçado quando um apanha-bolas se veio abraçar a Cancelo durante os festejos. Admiro o atrevimento (penso que terá sido o mesmo que roubou um high-five a Ronaldo). Espero que não tenham ralhado com ele.
O segundo golo veio cinco minutos depois e teve de novo Bernardo. Uma vez mais, passe magistral, desta feita para a finalização de Gonçalo Guedes. Um belo golo, nova colaboração entre Bernardo e Guedes exatamente três anos após a primeira final da Liga das Nações.
Não há muito mais a dizer sobre este jogo. Uma exibição pouco excitante, mas consistente (ao contrário do que acontecera uma semana antes, em Madrid), suficiente para garantir e merecer a vitória. No fim, estávamos todos contentes. Tínhamos feito um jogo mau perante a Espanha mas com um resultado aceitável, tínhamos duas vitórias seguidas com boas exibições. Estávamos em primeiro no grupo. As coisas estavam a correr bem para o nosso lado.
Não durou.
Ainda não se tinha completado um minuto do jogo com a Suíça, em Genebra, e já tínhamos consentido um golo do nosso conhecido Haris Seferovic. Desta feita contou.
Esperava-se que este golo servisse de “wake up call” – esse e o penálti anulado pelo VAR. Não foi assim, pelo menos não no imediato. Foi uma primeira parte muito pastosa e desinspirada – tanto da nossa parte como dos suíços. É possível que os jogadores estivessem a sentir os quatro jogos em dez dias, que já estivessem a pensar nas férias. Por outro lado, tínhamos jogadores menos experientes em campo – Rafael Leão, que ainda não se adaptou bem à Turma das Quinas; Vitinha, pela primeira vez a titular. Quando nomes mais habituais, como Gonçalo Guedes e Bernardo Silva, entraram, a qualidade do nosso jogo melhorou.
A segunda parte foi, assim, melhor que a primeira. No entanto, foi um caso clássico de bola-não-quer-entrar. Uma conjugação de pouca sorte (“baliza benzida”, como ia dizendo António Tadeia), falta de pontaria, guarda-redes fazendo o jogo da vida dele (porque não jogou o mesmo que jogou em Alvalade? Aquele que defendia para a frente?) e, a partir de certa altura, bloqueio psicológico. A desvantagem no marcador manteve-se.
Esta derrota doeu e ainda terá doído mais aos milhares de portugueses no Estádio de Genebra. Pela maneira como estes se faziam ouvir – mesmo tendo Portugal passado noventa e nove por cento do jogo a perder – arrisco-me a dizer que estes estavam em maioria? Alegadamente o suíço Steffen ter-se-á a certa altura virado para as bancadas e pedido apoio – em vez disso recebeu assobios.
Quase tenho pena dos suíços. Eles supostamente estavam a jogar em casa. Ao mesmo tempo, é triste temos invadido casa alheia para ver Portugal fazer um jogo tão pobre.
Cristiano Ronaldo, João Moutinho e Raphael Guerreiro não jogaram em Genebra, nem sequer estiveram no banco. Fernando Santos já tinha anunciado na véspera que os dispensara. Na altura não me chocou – Cristiano e Moutinho estão entre os mais velhos do grupo e Raphael costuma lesionar-se com alguma frequência. E não há por aí quem ache que Portugal joga melhor sem Ronaldo?
Por outro lado, porque é que Ronaldo, com trinta e sete anos, teve direito a ir de férias mais cedo, quando Pepe, dois anos mais velho, teve de jogar os noventa minutos vezes quatro desta jornada? A resposta é simples, na verdade: Fernando Santos está mais à vontade para rodar o meio-campo e o ataque que a defesa. O Selecionador falou sobre isso há pouco tempo, em entrevista com António Tadeia, salientando a falta de jogos particulares para fazer experiências. E a verdade é que já tivemos experiências desagradáveis quando não pudemos usar os centrais do costume.
Regressando a Cristiano Ronaldo, é muito fácil dizermos agora que, se ele tivesse jogado em Genebra, teríamos ganho. É possível, não o nego – talvez este não falhasse tantos remates. Mas já tivemos outros jogos em que a bola não entrava com Ronaldo em campo, por isso, não há garantia de nada.
E agora? Agora ainda dependemos de nós mesmos para nos Qualificarmos para a final four da Liga das Nações. Temos “apenas” de ganhar os dois próximos jogos. É mais fácil escrevê-lo do que fazê-lo: um dos nossos adversários é a Espanha, a quem ganhámos um total de uma vez em jogos oficiais. Nada de especial.
Porquê, minha gente, porquê? Andava eu toda contente por estarmos a conseguir os resultados e, pelo menos até certo ponto, as exibições. Parecia que tínhamos aprendido com os erros de 2021 e que estávamos finalmente a aproveitar o talento dos nossos jogadores. Porquê?
Não podíamos ter terminado a jornada com o jogo com a Chéquia? Os jogadores até agradeciam o compromisso mais leve.
Uma das poucas coisas boas em relação à nossa derrota com a Sérvia foi o facto de a equipa técnica ter aprendido com os erros. Assim, conseguiram catalisar um melhor desempenho na maioria dos jogos em 2022 até agora. Seremos também capazes de aprender com esta derrota? Eu espero que sim.
Por outro lado, pelo menos na parte que toca à calendarização e gestão física, depois da pandemia e do Mundial no outono, é pouco provável que estas circunstâncias se repitam de novo.
Isto é, espero eu.
Agora temos outra vez um tubarão a bloquear-nos o caminho para uma fase final. É certo que, nos play-offs para o Mundial, os italianos fizeram-nos o favor de perderem com a Macedónia do Norte antes de se poderem cruzar connosco. Aqui, tudo o que podemos fazer é rezar para que os espanhóis percam pontos perante os suíços, para não ficarmos obrigados a vencê-los.
A brincar a brincar, eu não me admirava se isso acontecesse. As pessoas dizem que Fernando Santos tem uma vaca no que toca a estas coisas.
Temos o verão inteiro para pensarmos nisso, para lambermos as feridas (começando por mim mesma). Os Marmanjos que descansem e aproveitem as férias – esta foi uma época longa e dura, a próxima também o será. Em setembro regressaremos mais fortes e arranjaremos uma maneira de retificar esta situação.
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