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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Portugal 3 Moçambique 0 - Uma vitória num dia triste

Ontem à tarde, a Selecção Portuguesa venceu a Moçambicana por três golos sem resposta, no último jogo de carácter preparatório para o Mundial 2010. Danny marcou o primeiro golo, aos 51 minutos, e Hugo Almeida marcou os outros dois, aos 74 e aos 83 minutos, salvo erro.

Eu não pude ver o jogo na televisão e nem sequer pude ouvir a emissão inteira pela rádio. Apenas tive oportunidade para ver os hinos e admirar a incrível quantidade de bandeiras portuguesas presentes nas bancadas. A minha irmã, que estava em casa, aceitou mandar-me SMS's quando houvesse golos... e eu, em troca, teria de lhe comprar a revista Bravo.

Quase não consegui acompanhar a primeira parte do jogo e parece que não perdi muito. A Selecção entrou a meio-gás, provavelmente abalada pelo que aconteceu a Nani (falarei disso mais à frente), receando que mais alguém se magoasse. É curioso, pois neste jogo aconteceu o oposto do que geralmente acontece neste tipo de particulares: a primeira parte foi um bocado desinspirada, a segunda parte foi melhor, as susbstituições deram energia à equipa.

Como a professora se atrasou consideravelmente para a aula, pude ouvir os primeiros dez ou quinze minutos da segunda parte, incluindo o primeiro golo que, como o locutor da Antena1 sublinhou, a Selecção Portuguesa marcou em solo sul-africano. Eu não gritei "GOLO", mas sorri abertamente e fiz gestos de triunfo. Estava com medo que se repetisse o jogo de Cabo Verde...

Pelo que ouvi na rádio, o Danny estava a jogar de forma espectacular, mereceu mesmo ter marcado aquele golo. O Navegador contribuiu também para o segundo golo - Hugo Almeida só precisou de dar um toquezinho na bola, orientando-a para a baliza. Mais tarde, Danny afirmaria que "O meu grande objectivo é dificultar a vida do treinador" e eu interrogo-me se seria esse tipo de dificuldades que Queiroz inveja em Maradona. Na altura desse golo, já a aula tinha começado. Só que eu, a certa altura, liguei o leitor só para ver o resultado, e apanhei o golo.

Só soube do terceiro golo quando a minha irmã me enviou uma mensagem: Tamos a ganhar 3-0. Mais tarde, soube que tinha sido Hugo Almeida a marcar.

A aula terminou pouco depois do final do jogo. Eu segui o rescaldo da partida mais uma vez através da rádio, enquanto ia apanhar o comboio de regresso a casa. Uma das coisas que foi realçada foi o facto de Deco estar a melhorar de forma. Ainda bem, não precisamos de mais Navegadores em terra.

Horas antes do jogo começar, estava a ver a SIC Notícias e avisaram, como notícia de última hora, que Ruben Amorim tinha sido Chamado à para se juntar aos Navegadores, na África do Sul. Eu fiquei admiradíssima e pensei logo: Ó diacho, quem é que se terá lesionado? Deixei a televisão ligada no mesmo canal, à espera de mais pormenores. E não demorou muito a ser revelado que era Nani quem regressaria a casa.

Quando soube disso, fiquei consternadaíssima. O Nani não vai ao Mundial?!?!?! Podia lá ser! Como nada tinha ainda sido confirmado oficialmente, conservei a secreta esperança de que tudo não passasse de um boato, de que a lesão não fosse assim tão grave, de que ele não precisasse de voltar. Ledo engano. Ele tinha mesmo de deixar a Selecção.

O destino foi altamente injusto, altamente cruel para o jovem Navegador. O Nani não merecia isto! Ele que fez das tripas coração, sobretudo nos dois primeiros jogos de preparação (foi dos poucos que fez alguma coisa de jeito frente a Cabo Verde), para merecer a titularidade! Até dá vontade de chorar... Ele, à semelhanca do Cristiano, do Deco e do Eduardo, era o último jogador que eu queria ver fora do Mundial. Esta história estragou logo o dia e nem a vitória ajudou muito a atenuar a tristeza por termos perdido o Nani.

Queiroz descreveu mesmo a situação como "o caso mais difícil que tiver de gerir do ponto de vista humano". Afirmou ainda que "A entrega e a obstinação que ele mostrou para disputar o Mundial foram uma das maiores provas de profissionalmismo a que já assisti" e que "o Nani é um exemplo para todos" e eu acrescento: sobretudo para uns quantos jogadores que parecem tomar os seus lugares na Selecção como garantidos.

Em todo o caso, tal como disseram na Antena 1, o Nani ainda é jovem, ainda terá vários Mundiais e Europeus para mostrar o que vale. Mais - e isto sou eu que o digo - o Simão já cá anda há muitos anos, qualquer dia vai-se embora e o Nani ocupará certamente o seu lugar. Embora agora já não tenha tanta certeza, depois do jogaço que Danny fez.

Envio através do blogue um forte e sentido abraço de solidariedade ao Nani, com votos de que recupere depressa e de que regresse à Selecção em breve.

Esta madrugada, dois jornalistas portugueses foram assaltados no hotel onde pernoitavam, ficando só com a roupa que tinham no corpo. Ao ouvir esta notícia, lembrei-me da Guerra do Iraque de 2003, em que Carlos Fino e mais uns quantos jornalistas portugueses passaram por uma situação semelhante... Acho que já prenderam um dos assaltantes, mas não sei se os jornalistas conseguirão recuperar as coisas roubadas. A eles, também envio a minha solidariedade. Só espero é que esta história não se repita.

Nos próximos dias não devo ser capaz de voltar a actualizar o blogue, mas vou tentar escrever pelo menos uma entrada antes da nossa estreia no Mundial. Já falta menos de uma semana...

Portugal 3 Camarões 1 - "Uma despedida em festa"

Ontem, a Selecção Nacional venceu a sua congénere camaronesa (é assim que se diz?) por três bolas a uma, num jogo de carácter preparatório do Campeonato do Mundo de 2010, que tem início daqui a nove dias. Foi um jogo, em muitos aspectos, bem diferente do que tinha sido o da semana passada, frente a Cabo Verde.

A começar pelo público. Desta feita, os adeptos vieram em força e foram fantásticos do princípio ao fim. Eram vuvuzelas, buzinas, até a banda Filarmónica da Covilha (ouviram-nos a tocar I Gotta Feeling, a certa altura?) a fazer chinfrim p'ra apoiar a Selecção. E os marmanjos retribuiram o apoio.

Logo de início se percebeu que ia ser um jogo diferente do da semana passada, visto que os marmanjos entraram com muito mais energia, com muito mais garra. Até os locutores da rádio (durante a primeira parte do jogo eu desliguei o som da televisão e ouvi a emissão da Antena1), mais ou menos aos quinze minutos, falavam em "bom entrosamento" e em maior frescura física. O Ronaldo e o Raul Meireles eram dos que mais atacavam. O Ronaldo chegou mesmo a ter duas óptimas oportunidades, quase seguidas, que não sei como não aproveitou. Na primeira, na altura, suspeitei de nervosismo uma vez que ele tinha hesitado a certa altura, o que levou a que perdesse a oportunidade de inaugurar o marcador. Contudo, pelo que foi dito mais tarde, a culpa terá sido da bola. Mas já falarei disso mais à frente.

Finalmente, o Raul Meireles dá um tiro sem hipóteses de defesa para o guarda-redes camaronês e abre o marcador. 1-0! Estava dado o primeiro passo para a tão desejada vitória.

Quase logo a seguir, Eto'o é expulso por acumulação de amarelos. Eu fiquei surpreendida. Já tinha ouvido vagas referências a desentendimentos do género por parte do jogador do Inter de Milão, mas, por amor de Deus, ele é o capitão da Selecção Camaronesa, é a estrela deles, seria de esperar que fosse mais sensato... Se o tipo consegue ser expulso na primeira parte de um jogo amigável, que vai ele fazer ao Mundial?!?!

Adiante, a redução da equipa adversária ajudou-nos. A segunda parte teve altos e baixos. Entre os altos, inclui-se o segundo golo de Meireles. Um golo acidental, mas lindo! 2-0.

O 2-1 surgiu numa altura em que a Selecção começava a afrouxar, a adoptar o chamado ritmo de treino. O golo, contudo, serviu para dar um ligeiro abanão aos marmanjos, que ligaram os motores de novo. Por isso, até não foi mau.

Por fim, Nani consolidou a vitória ao dar um chapéu ao guarda-redes camaronês aos 81 minutos. 3-1! O jogador do Manchester já tinha feito uma boa exibição no jogo contra Cabo Verde (dos poucos a fazer uma boa exibição...) e agora também fez. Está mesmo determinado a dar o seu melhor, a conquistar a titularidade. Já se falou que é provável que seja titular, não me lembro é de quem o disse. E o marmanjo merece-o, sem dúvida.

Neste jogo cumpriram-se os três objectivos essenciais. 1) ganhámos - e merecêmo-lo. 2) fizemos uma boa exibição - salvo algumas excepções, mas também é um particular, compreende-se, e já tivemos pior. 3) ninguém se lesionou - apesar daquele susto com o Pedro Mendes, mas pelos vistos não é nada de grave, ele pode ir ao Mundial. Foi de facto a vitória que precisávamos para nos dar um pouco mais de esperança. E para nos despedirmos da Covilhã, agradecendo a hospitalidade. Como disse a comentadora da TVI, foi uma "despedida em festa".

De resto, deve ter sido a única coisa de jeito que os comentadores disseram ao longo de todo o jogo. A partir de certa altura, já só diziam que a seguir ao jogo, na TVI24 ia ser analisado o jogo por não sei quem, etc, etc. Era irritante - sobretudo porque nem sequer tenho TVI24, sem grande pena. O que vale é que a RTP é que tem os direitos de transmissão dos jogos do Mundial e os comentários deles são um bocadinho melhores. Mas estou a pensar desligar o som e seguir o relato na rádio. O pior é a descrepância. Outra coisa que me irritou foi, mais uma vez, eles terem metido imensa publicidade entre o final do jogo e as flash-interviews. Eu estive quase para desistir, mas ainda deu para ouvir Meireles e Queiroz. Enfim, menos uns pontinhos que a TVI perdeu na minha consideração. E já não tem muitos, diga-se de passagem. Feito este aparte, voltemos aonde estávamos.

Sendo os Camarões uma das melhores selecções africanas, esta vitória deixa uma boa indicação para o nosso jogo inaugural. Contudo, há que recordar que as circunstâncias são diferentes: na África do Sul, o adversário vai estar mais em casa do que nós; os camaroneses jogaram uma hora amputados de um dos seus melhores jogadores; este foi um jogo particular, contra a Costa do Marfim vai ser a doer. E se, na semana passada, um empate num jogo particular não era motivo para grandes alarmes, esta semana, uma vitória num jogo particular também não é motivo para grandes euforias. Mesmo assim, fiquei contente por ver que a Selecção evoluiu, está a conseguir encontrar o seu caminho, vai dar luta no Mundial. E ainda temos quase duas semanas para afinar as armas, incluindo mais um jogo de preparação.

A Selecção tem hoje uma folga, amanhã retoma o trabalho em Lisboa e no Sábado, às dez da noite, apanham o avião rumo à África do Sul. Eu por acaso não os invejo grandemente por terem de fazer um voo de cerca de dez horas, ainda por cima durante a noite. Já se sabe que é difícil dormir em aviões, a menos que se vá em classe executiva - e duvido que haja dinheiro para irem. Em todo o caso, esperemos que, quando regressarem a Portugal, tragam a Taça na bagagem (dará para vir como bagagem de mão?).

Na semana passada foram divulgados os slogans que serão inscritos nos autocarros das Selecções. À semelhança do que aconteceu no Euro 2008, foram os adeptos que escolheram. Eis a lista completa (fonte: ApoiaPortugal):

  • África do Sul: Uma nação, orgulhosamente unida debaixo de um arco-íris
  • Alemanha: Na estrada para ganhar a Taça!
  • Argélia: Estrela e lua crescente com um objectivo: vitória!
  • Argentina: Última paragem: a glória
  • Austrália: Atreve-te a sonhar, força Austrália
  • Brasil: Lotado! O Brasil inteiro está aqui dentro!
  • Camarões: Os leões indomáveis estão de volta
  • Chile: Vermelho é o sangue do meu coração, Chile campeão
  • Coreia do Norte: 1966 de novo! Vitória para a Coreia do Norte!
  • Coreia do Sul: Os gritos dos vermelhos, República da Coreia unida
  • Costa do Marfim: Elefantes, vamos lutar pela vitória!
  • Dinamarca: Tudo o que precisa é uma selecção dinamarquesa e um sonho
  • Eslováquia: Façam tremer o relvado! Vamos Eslováquia!
  • Eslovénia: Com 11 corações valentes até o fim
  • Espanha: Esperança é o meu caminho, vitória é o meu destino
  • Estados Unidos: Vida, Liberdade e a busca pela vitória!
  • França: Todos juntos por um novo sonho em azul
  • Gana: A esperança de África
  • Grécia: A Grécia está em todo o lado!
  • Holanda: Não receie os cinco grandes, receie os 11 laranjas
  • Honduras: Um país, uma paixão, 5 estrelas no coração!
  • Inglaterra: Jogando com orgulho e glória
  • Itália: O nosso azul no céu africano!
  • Japão: O espírito samurai nunca morre! Vitória para o Japão!
  • México: Hora de um novo campeão!
  • Nigéria: Super Águias e super torcedores, estamos unidos
  • Nova Zelândia: Chutando ao estilo Kiwi
  • Paraguai: O leão Guaraní ruge na África do Sul
  • Portugal: Um sonho, uma ambição… Portugal campeão!
  • Sérvia: Joguem com o coração, comandem com um sorriso!
  • Suíça: Vamos, Suíça!
  • Uruguai: O sol brilha sobre nós! Vamos, Uruguai!

Na sua maioria, as frases não são nada de especial. A frase portuguesa está incluída nessa. Sinceramente, podiam ter arranjado bem melhor. Podiam, por exemplo, ter aproveitado o facto de termos dobrado o Cabo da Boa Esperança e dito algo tipo: Há quinhentos anos triunfámos aqui e agora vamos repetir o feito.

Mas tem algumas frases interessantes. A frase brasileira é, sem dúvida, uma das minhas preferidas. E a holandesa está muito engraçada.

Por outro lado, a frase da Coreia do Norte é interessante mas por outro motivo. 1966 de novo, dizem eles. Talvez seja por ter sido o último ano em que entraram num Mundial, mas espero que se lembrem de quem os expulsou desse mesmo Mundial. E, sobretudo, de como os expulsou desse Mundial. Querem mesmo que a história se repita? Eu não me importo nada, se quiserem...

Ultimamente não tenho escrito muito no meu blogue e peço desculpa por isso. Tem-me faltado tempo e também inspiração. Existem dias em que pura e simplesmente não sei sobre que escrever. Agora compreendo os desabafos dos Gato Fedorento e de Marcelo Rebelo de Sousa no episódio do Esmiuça os Sufrágios em que este último foi o convidado. Agora começo a compreender porque é que a Comunicação Social tanto gosta de polémicas. Realmente, é complicado para os comentadores quando nada de especial acontece. O que vale é que sou uma mera amadora e não tenho a obrigação de escrever com regularidade. Não tenho obrigação, mas fico com sentimentos de culpa... O pior é que receio que nos próximos dias volte a não ter tempo. Mas prometo que me vou esforçar.

De resto, uma das coisas que me roubou tempo foi o vídeo de apoio que enviei para o YouTube na semana passada (http://www.youtube.com/watch?v=ZMR5Bj_nv2o). Graças a Deus, desta vez não mo rejeitaram (ainda não ultrapassei o facto de terem retirado o vídeo de Bang The Drum. O vídeo deu-me imenso trabalho e acho que ficou muito giro, não é justo não poder partilhá-lo com o Mundo!) Desta feita, inspirei-me no vídeo de Ricardo Costa, autor do blogue ApoiaPortugal de que já falei aqui, em que ele apresenta do novo equipamento da Selecção Nacional e usa como banda sonora a música Conquest of Paradise (Conquista do Paraíso). Para aqueles que não sabem (eu não sabia, descobri através do Wikipédia), esta música foi composta por Vangelis para o filme com o mesmo nome da faixa, que é sobre Colombo e a descoberta da América. De resto, conheço a música deste pequena e acho que é adequada à Selecção, não só por causa do título, mas também por causa do seu carácter épico. E termino esta entrada com a mensagem do vídeo: Para que conquistemos o Céu, o Paraíso, a final, o que quer que lhe chamem. Força Portugal!

Portugal 0 Cabo Verde 0 - Mas a partir de agora é a sério!

Era para ter escrito mais cedo mas faltou-me tempo. Na Segunda-feira passada, Portugal empatou sem golos no jogo de preparação para o Mundial 2010, frente a Cabo Verde. Eu escrevi na entrada anterior que não estava muito interessada no resultado, mas não consegui evitar ficar desiludida quando o árbitro apitou três vezes e o marcador por abrir. Eu contava com uma vitória, mesmo que não fosse muito expressiva!

Tal como previra, não consegui assistir à primeira parte via televisão. Em vez disso, na última aula teórica que tive, sentei-me a um canto do anfiteatro para não incomodar (e para não repararem em mim...), coloquei os headphones e pus-me a escutar a emissão da Antena 1, um pouco antes do início do jogo. Como de costume, os locutores descreviam o ambiente do estádio, cheios de entusiasmo. As suas palavras iam sendo pontuadas por vuvuzelas e motores de avião que, segundo o que percebi, andavam por lá a demostrar apoio à Selecção.

Na altura, lembrei-me de outra ocasião em que estivera em aulas enquanto a Selecção jogava. Fora em Outubro de 2007, o Cazaquistão-Portugal. Eu tinha vindo substituir uma aula. Não havia outro horário, eu bem procurei. E depois, como era uma aula em grupo e eu não fazia parte de nenhum, fiquei ali a olhar para o ar e a pensar que mais valia não ter vindo. Tinha, entretanto, pedido à minha irmã para me mandar toques caso houvesse golos e como ela nada me disse, comecei a ficar nervosa. Felizmente a aula acabou antes do jogo. Eu peguei no meu leitor de MP3, fui para junto da estação do Metro e lá fiquei a ouvir o relato do jogo. Ainda não tinham marcado Imagino a minha figura, a andar de um lado para o outro, a falar sozinha coisas como "vá lá, marquem...". Ah, mas fiquei tão contente quando marcaram... Fico sempre. Lembro-me do locutor a exclamar "MA-MAKUKULA!!!!!". Foram simpáticos, esperaram pelo fim da minha aula para marcarem os golos...

Infelizmente, desta feita, não marcaram golos. Por outro lado, até pode constituir uma vantagem, pois não sei se conseguiria evitar gritar "GOLO" no meio da aula... Ouvi perfeitamente o público cantando o hino em coro, eu própria cantei em play-back, com o meu boné da Selecção no colo. Entretanto o jogo começou. Como de costume, os comentários dos locutores divertiram-me. A certa altura, um deles disse que alguém tinha passado para o cabeludo Pedro Mendes. Outro comentário engraçado também se relacionou com este último marmanjo. Parece que a certa altura este fez menção de tirar a camisola porque tinha um aparelho qualquer para medir o ritmo cardíaco ou algo do género. Não percebi muito bem. O comentador disse Por um momento pensei que o Pedro Mendes nos ia presentear como uma sessão de strip-tease, mas não e eu tive de invocar todas as minhas forças para não desatar a rir. Mas aposto que, se tivesse sido o Ronaldo, ninguém se importava. O marmanjo pode ser demasiado vaidoso para o meu gosto, preocupar-se mais com a sua aparência do que eu me preocupo com a minha e sou rapariga, mas nenhuma mulher consegue deixar de apreciar aquele físico...

Mas passando à frente do físico do Cristiano Ronaldo, parece que o estádio não estava cheio, mas os que lá estavam eram adeptos dos bons. Praticamente nunca se deixaram de ouvir as buzinas, os gritos e as vuvuzelas. Muito chinfrim para apoiar a Selecção!

Mesmo limitada a um relato de rádio, dava para ver que o Fábio Coentrão era um daqueles que mais se esforçava. Penso que chegou a ser considerado o homem do jogo. O jovem benfiquista parecia mesmo querer demostrar que merecia estar na Selecção.

Ao intervalo, já começava a ver que não íamos lá. Tomando como exemplo o particular contra a China, na segunda parte Queiroz ia provavelmente trocar os jogadores e o desempenho ia ressentir-se disso. Se isto acaba mal, o pessoal atira-se todo ao Professor, tipo sanguessugas, pensei. E, de facto, a segunda parte apenas trouxe mais do mesmo. Entretanto, tinha chegado a casa. Estive a ver um bocado o jogo na televisão enquanto jantava. A minha mãe pôs-se logo a resmungar coisas do género:

- Que vergonha, Sofia! É o Cabo Verde! Que é que eles vão fazer ao Mundial?

Eu irritei-me e atirei-lhe:

- Mãe! Eu não sou o Queiroz! Não sou eu que os treino!

Mas na altura não invejei nada o Professor. Coitado, ele deve ouvir daquilo tantas vezes...

Era a primeira vez que usavam o novo equipamento principal. Eu até gosto, mas parece o equipamento do Manchester United...

O jogo finalmente acabou. Seguiram-se as flash-interviews. O Ronaldo foi o primeiro. O marmanjo aparentava estar bem-disposto mas a mim pareceu-me que estava mais chateado do que dava a entender. Ele invocou a "falta de frescura física" como desculpa, perdão, motivo para o resultado abaixo das expectativas. É capaz de ser essa a principal razão, se pensarmos que os jogadores foram chegando a conta-gotas ao estágio.

Outro dos entrevistados foi Fábio Coentrão. O jovem disse verbalmente aquilo que tinha dito ao longo de todo o jogo através do seu desempenho: que o Mister pode contar com ele. Talvez seja isso que por vezes falte aos outros jogadores. Como já foi referido, o Fábio está a estrear-se na Selecção. O Nani, que também esteve muito bem no jogo, perde muitas vezes a titularidade para Simão - que só não jogou devido ao desgaste físico - ou para Ronaldo. Ambos queriam demostrar que mereciam a titularidade. Às vezes, penso que seria bom se outros jogadores sentissem os lugares ameaçados de vez em quando. Era da maneira que não se desleixavam.

Queiroz, entretanto, já veio ontem afirmar que a partir de agora é a sério. Ainda bem. Eu compreendo o mau resultado, percebo que aquilo tenha sido mais um treino do que um jogo. Espero que, ao menos, tenha servido para se tirar ilações sobre o que é preciso fazer. Não me importo que se perca ou empate nestes jogos, mas quando estivermos no Mundial não haverá desculpas para ninguém!

P.S. Surgiu outro tema de apoio à Selecção. Desta vez, chama-se, se não me engano, A Selecção de Todos Nós e é inerpretado pelos Fonzie. Podem ouvi-lo neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4-qzzkMnzrs. Tenho também um link para download http://cid-f2b324c1ea207c60.skydrive.live.com/self.aspx/.Public/A%20Selec%C3%A7%C3%A3o%20de%20Todos%20N%C3%B3s.mp3?wa=wsignin1.0&sa=131084116 . É um tema bem rock e sendo esse o meu estilo musical preferido... Certamente deve ser interpretado esta tarde no Rock in Rio, já que os Fonzie vêm substituir os Sum 41, que cancelaram a sua actuação. Não faltam mesmo hinos de apoio à Selecção neste Mundial...