Na passada terça-feira, dia 10 de outubro, a Seleção Portuguesa de Futebol venceu a sua congénere suíça por duas bolas a zero, no Estádio da Luz... e eu estive lá! Este era o último jogo da Qualificação para o Mundial 2018. Com esta vitória, Portugal iguala a Suíça em pontos. No entanto, como tem mais golos marcados, fica em primeiro lugar no grupo e Apura-se diretamente para o Mundial.
Às vezes pergunto a mim mesma porque raio ainda tenho dúvidas no que toca a esta Seleção.
Conforme tinha escrito antes, fui ao jogo com a minha irmã. Uma vez que a lotação estava esgotada (até a Madonna veio, para delícia de muitos), os profissionais da Federação tinham recomendado que viéssemos o mais cedo possível. Eu e a minha irmã seguimos as recomendações e chegámos mais ou menos uma hora antes do início do jogo.
Por sinal, chegámos ao mesmo tempo que a maioria dos adeptos suíços, entoando cânticos em coro. Não houve confusão. Pelo contrário, uns deles meteram-se comigo. Falavam alemão, do qual não compreendo uma palavra (deviam ser da chamada “Suíça alemã”), mas lá percebi que queriam tirar uma selfie comigo. Eu aceitei, sobretudo por uma questão de fair-play – é sempre bonito confraternizar com adversários.
Eu, no entanto, suspeito que eles estavam menos interessados em fair-play e mais no meu decote. Enfim.
Eu e a minha irmã ficámos sentadas na bancada BTV (julgo que é essa), não muito longe dos adeptos suíços. Estes começaram a fazer barulho desde muito cedo, puxando pela sua equipa.
Mais um motivo para respeitar a Suíça, de resto: os seus adeptos não se deixaram intimidar por uma Luz esgotada, decidida a fazer a sua parte na luta pela Qualificação.
E, de facto, o momento da coreografia, com as cartolinas verdes e vermelhas provocou-me arrepios – sobretudo enquanto cantávamos “A Portuguesa”. Foi uma jogada de mestre por parte da Federação.
O jogo não foi muito fácil, pelo menos não de início. Portugal jogava bem, sem grande brilho mas com consistência – João Mário foi o primeiro a chamar-me a atenção, mas também William, Eliseu (com a sua pouca utilização no Benfica, não estava à espera que jogasse tão bem) e Bernardo Silva se destacavam.
Os suíços, no entanto, iam sendo capazes de travar as iniciativas portuguesas. De tal forma que a primeira oportunidade de perigo para Portugal ocorreu apenas aos trinta e dois minutos – uma boa iniciativa de Bernardo Silva. A Suíça também atacava de vez em quando mas com ainda menos eficácia – Rui Patrício teve uma noite inesperadamente tranquila.
Os dedos das mãos já não chegam para contar os jogos de futebol a que já assisti ao vivo. No entanto, ainda não me fartei – ver através de um ecrã pura e simplesmente não se compara a isto. Ainda por cima, desta vez estávamos apenas algumas filas acima do campo, relativamente perto dos jogadores. Dava para irmos gritando coisas como “Corre, Eliseu!”, “Vai, miúdo!”, “Força William!” e eles podiam ouvir.
Em teoria. Na prática não davam sinais disso, claro. Como seriam capazes de se concentrar no jogo se estivessem atentos a todas as baboseiras que vêm das bancadas? Quando se trata de dar força, no entanto, gosto de pensar que eles percebem a mensagem.
O jogo foi na semana passada mas, só recordando-me disto, já estou com saudades e ansiosa por regressar a um jogo da Seleção. O pior é que duvido que a Turma das Quinas volte a jogar tão cedo em Lisboa.
Mas também estou a queixar-me de barriga cheia: eu que fui a dois jogos este ano.
Tivemos um bocadinho de sorte com o nosso primeiro golo, há que admiti-lo. Mas também não se pode dizer que Portugal não o tenha merecido. Poucos minutos antes do intervalo, Eliseu centrou para João Mário. Este enrolou-se com o defesa e o guarda-redes da Suíça, mas a bola acabou por entrar.
A partir da nossa bancada não dava para ver bem o que se passava – durante algum tempo pensámos que tinha sido João Mário a marcar. Na altura, achei justo – ele estava a ser um dos melhores em campo. Só ao intervalo é que descobrimos que tinha sido auto-golo de Djourou.
Enfim. Golo é golo.
Dá sempre jeito partir para o intervalo com um golo acabado de marcar. A segunda parte foi quase completamente dominada por Portugal, sobretudo nos primeiros dez minutos. O facto de os suíços se terem aberto mais ajudou. Esta fase culminou com uma jogada brilhante, em que a bola passou por mais de metade da Seleção antes de Bernardo Silva assistir para André Silva, que concluiu com um remate atrapalhado mas certeiro.
É bom ver a Equipa de Todos Nós marcar um golo assim, com a contribuição direta de quase toda a equipa. Podemos continuar muito dependentes de Ronaldo (e acho que é mais uma dependência psicológica do que outra coisa qualquer), mas ninguém pode negar que existe Seleção para além dele.
A parte chata de golos como este é que os resumos em vídeo cortam uma parte da jogada. Tive de recorrer às gravações automáticas para revê-la na íntegra – e estas desaparecem ao fim de alguns dias.
Depois desta, o jogo decorreu sem incidentes de maior. Portugal procurou segurar o resultado, sem abdicar de tentar o 3-0. Estivemos perto, sobretudo com a oportunidade de Cristiano Ronaldo, aos oitenta minutos. O Capitão conseguiu isolar-se perante o guarda-redes suíço mas depois atrapalhou-se com a finta.
Não estava nos seus dias, pobre Ronaldo. É capaz de ter sido dos menos eficazes em campo, entre os portugueses – a antítese do que aconteceu em Andorra, curiosamente. Não que tenha sido grave – outros brilharam por ele, tal como vimos antes.
Cristiano Ronaldo um dia destes deixará a Seleção (embora Fernando Santos diga que ele ainda poderá jogar durante cinco anos). Não temos nenhum fenómeno como ele para tomar o seu lugar – nem agora, nem nos próximos... duzentos anos, provavelmente. No entanto, com jogadores como Bernardo Silva, João Mário, William, entre muitos outros, não precisamos de nos preocupar com o futuro.
Finalmente, o árbitro apitou três vezes, consumando o nosso Apuramento direto. Pela segunda vez consecutiva, escapamo-nos aos play-offs. Continua a saber bem. Em termos de números, esta foi a nossa melhor Qualificação de todos os tempos, com noventa por cento de vitórias. No Apuramento anterior também só tínhamos perdido uma vez. Mas como foram apenas oito jogos, a percentagem de vitórias foi de apenas 87,5.
Continua a faltar, ainda assim, uma Qualificação imaculada.
Uma palavra sobre a Suíça. Escrevi em textos anteriores que respeitava imenso os suíços por tudo o que fizeram nesta Qualificação. Isso não mudou com a derrota deles. São uma boa equipa, estiveram à nossa frente – nós, Campeões Europeus – na tabela classificativa durante mais de um ano, os seus adeptos foram exemplares na Luz. O mais justo teria sido ambas as equipas Qualificarem-se diretamente.
A Suíça, no entanto, tem ainda a hipótese de ir à Rússia via play-offs. Eu vou torcer por eles.
Fernando Santos disse na Conferência de Imprensa que esta é uma das melhores seleções de sempre. Se é a melhor, é discutível – depende dos critérios. No entanto, em termos de resultados, de consistência, ninguém discorda: é a número um até agora.
A Seleção de Fernando Santos (isto é, de finais de 2014 até agora) pode nem sempre ter praticado o futebol mais excitante ou bonito. Mas os únicos fracassos até agora foram a derrota perante a Suíça (que, de qualquer forma, acabou agora mesmo de ser corrigida) e as meias-finais da Taça das Confederações. Pelo meio, tornámo-nos Campeões Europeus.
Fernando Santos celebrava o seu aniversário naquele dia. E, de facto, todos nós devemos dar graças por ele ter nascido e dado tanto à Seleção.
Foi mesmo a única coisa que faltou naquela noite: cantarmos os Parabéns a Fernando Santos.
Bem, ao menos pudemos comover o Selecionador com o “Hino à capela”, como o próprio descreveu, no fim do jogo. Eu não estava à espera, mas não me surpreendeu – o mesmo já tinha acontecido há quase seis anos (!!), no jogo com a Bósnia-Herzegovina.
Depois de o jogo acabar (ou talvez antes, não me lembro ao certo), reparei neste cartaz, algumas filas acima do meu lugar, com uma nova versão do Pouco Importa. Quando estávamos nos túneis para sair do estádio, consegui apanhar os autores do cartaz e pedir-lhes para tirar esta fotografia (serão membros da claque do Euro 2016, que criou o cântico original?). Ainda me juntei a eles quando começaram a cantar esta nova quadra, no meio da multidão que abandonava a Luz (tentei filmar o momento, mas atrapalhei-me com o telemóvel).
Já cantei, portanto, que “o Mundial da Rússia, vamos ganhá-lo também”. Na realidade, contudo, ainda não quis pensar a sério nisso. É muito cedo. Mais disparatado ainda é pensar já nos Convocados, como já vi – faltam sete meses! Os momentos de forma mudam até lá!
Haverá tempo para falarmos sobre o Mundial e sobre as ambições de ganhá-lo. Entristece-me um bocadinho, aliás, não voltarmos a ter jogos oficiais até junho.
Enfim. Havemos de sobreviver.
Já sabemos que, no próximo mês, receberemos a Arábia Saudita e os Estados Unidos, em jogos particulares. Não me admiraria, no entanto, se Fernando Santos deixasse a maior parte dos habituais de fora. Não esperemos, portanto, jogos muito interessantes. Os de há quase dois anos não foram.
Recordo, no entanto, que de uma forma ou de outra esses jogos ajudaram-nos a sagrarmo-nos Campeões Europeus. É para noites como a de 10 de julho de 2016 e a de 10 de outubro deste ano que estamos todos aqui.
Que tenhamos muitas noites como estas no próximo ano, na Rússia.
No próximo sábado, dia 7 de outubro, a Seleção Portuguesa de Futebol defrontará a sua congénere andorrana, no Estádio Nacional de Andorra-a-Velha. Três dias mais tarde, receberá a sua congénere suíça no Estádio da Luz... e eu estarei lá! Estes dois jogos serão os últimos da Seleção Portuguesa na Qualificação para o Mundial 2018.
Fernando Santos apresentou uma Convocatória com várias novidades para esta dupla jornada. A que primeiro me chamou a atenção foi o regresso de Éder, após ter falhado a Taça das Confederações. Eu sabia que ele estava a dar-se bem no Lokomotiv de Moscovo – marcou um golo no fim de semana passado e ainda outro no fim de semana anterior – mas não estava à espera que ele regressasse já à Seleção.
É claro que não vou criticar a Chamada dele – ninguém com um bocadinho de coração vai fazê-lo. Não deverá roubar a titularidade a André Silva, obviamente, mas poderá ajudar a desbloquear uma situação complicada. Já resultou antes…
O facto de Éder estar a jogar na Rússia, no ano em que esta organiza o Mundial, de resto, tem alguma piada – depois de o mesmo ter acontecido há quase dois anos, quando ele se mudou para França antes do Euro 2016.
Terá contribuído para o que aconteceu na final? Não sei.
Superstições à parte, por agora estou feliz por o Éder estar a jogar regularmente e a marcar golos, sem levar com vaias de franceses aziados. Se conseguir manter este ritmo, não deverá falhar o Mundial.
Menos consensual é o regresso de Renato Sanches. Como é do conhecimento geral, o Renato está a jogar no Swansea. A sua estreia não correu bem e os adeptos do clube não foram meigos. Desde essa altura, tanto quanto tem sido noticiado, Renato não tem feito nada de especial. Fernando Santos garante, no entanto, que ele e os restantes membros da equipa técnica viram “sinais positivos”.
Eu vou acreditar – até porque ainda alimento a esperança de voltar a ver o Renato do Euro 2016.
Nada a apontar à Chamada de Gonçalo Guedes, que está a sair-se muito bem no Valência.
Por sua vez, Antunes foi Convocado no lugar de Fábio Coentrão, presumivelmente. A exclusão do lateral-esquerdo do Sporting também não foi consensual. Eu, no entanto, não posso dizer que tenha ficado surpreendida – não depois de Coentrão não ter conseguido aguentar meia hora em campo, frente à Hungria. Sendo esta uma jornada dupla muito desgastante, sobretudo na Andorra (conforme veremos a seguir), também acho que não valia a pena arriscar.
E por sinal, como que a justificar esta exclusão, o Fábio lesionou-se durante o fim de semana, acabando por falhar o Clássico. Ou seja, mesmo que Coentrão tivesse sido Convocado, teria de ser substituído. Tudo isto é, por um lado, caricato. Por outro, é triste ver um jogador como ele, cheio de garra e talento, preso neste ciclo vicioso.
Na verdade, estou à espera que Raphael Guerreiro regresse à competição – ainda não recuperou da lesão contraída durante a Taça das Confederações. Até porque o Eliseu anda a jogar menos no Benfica. Espero que Antunes consiga dar conta do recado.
Por fim, dizer apenas que não compreendo porque é que o Manuel Fernandes não tem sido Convocado.
Estamos, então, na reta final deste Apuramento, ainda no segundo lugar, a três pontos do primeiro. Há cerca de um ano, havia quem dissesse que a Suíça, por esta altura, teria perdido pontos. Era natural pensar assim – com o devido respeito para com os suíços, eles não são nenhuns tubarões, tipo Alemanha ou França (e nós também não).
Bem, enganaram-se. Em parte, porque equipas como as Ilhas Faroé ou a Letónia dificilmente roubam pontos a equipas de maior prestígio. Mas sobretudo por mérito dos próprios suíços. Não consigo deixar de respeitá-los por estarem a fazer uma Qualificação imaculada – feito só igualado pela Alemanha.
Existe a possibilidade de os suíços perderem pontos perante a Hungria – sobretudo se os húngaros levarem para Basileia o… chamemos-lhe “espírito lutador” que demonstraram no nosso último jogo contra eles. Mas mesmo na melhor das hipóteses – isto é, Suíça perder contra a Hungria e Portugal ganhar à Andorra – vencermos a Suíça continua a ser a opção mais segura.
Não adianta, no entanto, pensar demasiado no jogo contra os suíços antes de vencermos Andorra. Não foi por acaso que Fernando Santos comparou este jogo a uma meia-final – ninguém no seu juízo perfeito faz planos para a final antes de passar as meias.
Já se sabe que não vai ser fácil. O relvado será artificial. Os andorranos conseguiram empatar em casa com os húngaros e perder por apenas 2-1 perante os suíços. A viagem para lá é complicada: a Federação consegui arranjar um avião da Força Aérea que voe diretamente para a Andorra mas, se o tempo estiver mau, terão de aterrar em Lérida e fazer o resto da viagem de autocarro.
Três horas de autocarro, uma parte delas através dos Pirinéus? Só de pensar nas curvas fico com náuseas. Façamos figas para que os Marmanjos não tenham de passar por isso.
Por outro lado, existe uma grande comunidade portuguesa em Andorra – conforme testemunhado há algumas semanas pelo Presidente Marcelo. Na altura disseram mesmo que ia haver um problema, pois o Estádio não tem espaço para os portugueses todos em Andorra.
É este género de problemas que a Seleção agradece.
Mesmo tendo em conta tudo o que enumerei antes, a Turma das Quinas não tem desculpas. Para além de ir jogar quase em casa… é a Andorra! Pode criar-nos dificuldades, sim, mas não queiram comparar. Eles nem sequer têm hipóteses de se Qualificar, nesta altura. É certo que devemos sempre ter cuidado com um adversário que não tenha nada a perder, mas a nossa motivação terá de chegar para contornar esse problema. Tropeçar perante a Andorra não é aceitável. Somos Campeões Europeus ou não?
Pode ser, até, que estejamos a preocuparmo-nos demasiado e que, depois, as coisas corram melhor do que estávamos à espera. Tem sido um pouco a regra em vários jogos deste Apuramento. De qualquer forma, é mil vezes melhor que o oposto: subestimarmos o adversário e apanharmos surpresas desagradáveis. Não me importo de sofrer desnecessariamente, desde que ganhemos os três pontos.
Por outro lado, se algum dia vier a sofrer do coração por causa disso, posso arrepender-me...
Existe outro aspeto a levar em conta neste jogo: os “amarelados”. Durante estas últimas semanas, tenho-me preocupado mais com Cristiano Ronaldo, por motivos óbvios – e também porque o seu amarelo foi mais recente. Mas estive a pesquisar e descobri que, para além dele, também Gelson Martins, Ricardo Quaresma, Cédric, André Gomes, Pepe e José Fonte viram o amarelo nesta Qualificação.
Não nos podemos dar ao luxo de perder nenhum destes Marmanjos – não antes de uma final, em que todas as armas fazem falta. Se fossem apenas dois ou três “amarelados”, Fernando Santos ainda poderia poupá-los (duvido que o fizesse, mesmo assim). Com sete, não dá.
É difícil de prever quais destes conseguirão escapar ao amarelo. O Cristiano Ronaldo, por exemplo, já tem idade para ter juízo mas, de vez em quando, tem atitudes de criancinha. A nossa sorte é que ele saiu há pouco tempo de um castigo de cinco jogos – por agora, estará vacinado.
Consta que o Cédric é um bocadinho arruaceiro, também. E o Pepe... bem, é o Pepe.
Só nos resta fazer figas para que os Marmanjos se portem que nem meninos de coro e para que o árbitro não se ponha a implicar com eles.
Se tudo correr bem na Andorra, o jogo com a Suíça será, então, a Batalha Final deste Apuramento – a épica resolução de um conflito, de um braço-de-ferro, que dura há mais de um ano. Conforme disse acima, tenho imenso respeito pelos nossos amigos suíços, pelo que têm feito nesta Qualificação. Mas só há espaço para um de nós no primeiro lugar. Portugal vai dar luta.
O jogo terá lugar no Estádio da Luz, tal como vimos antes. Noutras circunstâncias, acho que teriam escolhido outro estádio – talvez o de Alvalade. No entanto, o saldo desse estádio, em termos de jogos da Seleção, não tem sido favorável – eu que o diga, que fui assistir a três dos quatro últimos jogos em Alvalade e estes incluíram uma derrota (era um particular, mas mesmo assim) e dois empates comprometedores.
O Estádio da Luz, por sua vez, tem um histórico recente bem mais favorável – incluindo jogos decisivos, como os playoffs de 2009, 2011 e 2013, todos eles com resultados positivos. Faz sentido que tenha sido escolhido como palco desta Batalha Final.
À hora desta publicação, já foram vendidos pelo menos 55 mil bilhetes – o meu e o da minha irmã incluídos. Tal como tinha prometido antes, comprámos os bilhetes assim que nos foi possível. E – milagre! – vamos ficar abaixo do terceiro anel! Nós e outros 55 mil, pelo menos (pode ser que cheguemos aos 60 mil até lá), estaremos lá, armados até aos dentes com as cores portuguesas e faremos a nossa parte na Batalha Final.
Fernando Santos prometeu há mais de um mês que Portugal ganharia estes últimos jogos e que, no dia 10, lhe daria uma prenda de aniversário. Sendo este o homem que nos prometeu, ainda em 2015, que seríamos Campeões Europeus, eu tendo a acreditar nele – até porque, entretanto, já ganhámos dois desses jogos. Eu ajudarei no que puder, sobretudo no dia 10 (espero que possamos cantar os Parabéns ao Selecionador). Mas, como sempre, a maior parte está nas mãos (e nos pés) dos nossos Marmanjos. Não nos desiludam!
Na passada terça-feira, dia 6 de setembro, a Seleção Portuguesa de Futebol foi derrotada por duas bolas sem resposta, no Estádio St. Jakob-Park em Basileia, em jogo a contar para a Qualificação para o Campeonato do Mundo da modalidade, que terá lugar na Rússia em 2018.
Aquando deste jogo, estava de férias no estrangeiro. Felizmente, conseguimos ver o jogo através da Internet. A nossa ideia era ver através do site da RTP mas o canal não tinha direitos para transmitir o jogo online (como é que os emigrantes veem o jogo?). Tivemos de ser Inácios. A qualidade da imagem era baixa mas, felizmente, não houve interrupções na transmissão.
Não que tenhamos gostado particularmente de ver o jogo. Portugal até entrou bem, com vontade de comandar. Aos cinco minutos já contávamos dois remates à baliza helvética. Um deles foi de Éder e, por sinal, foi uma jogada parecida àquela que nos deu a Henri Delaunay (pena ter sido ao lado...). Um bom motivador terá sido o público português presente, que fizera o Hino Português ecoar por todo o St. Jakob-Park e, agora, faziam a banda sonora com "Campeões, Campeões" e "É Portugal"..
No entanto, as boas intenções não passaram disso pois, em menos de dez minutos, Portugal sofreu dois golos. O primeiro, aos 23 minutos, surgiu na sequência de um livre. Rui Patrício defendeu para a frente, a bola foi parar a Embolo que, na recarga, não falhou. Sete minutos mais tarde, num lance de contra-ataque suíço, os portugueses não acordaram a tempo e Patrício teve de ir buscar a bola ao fundo da baliza outra vez.
Não chegaram a ser dez minutos de "deslumbramento", como apelidou Fernando Santos, menos de um décimo do tempo de jogo, mas foi o suficiente para nos enfiarmos num buraco do qual já não conseguimos sair. A Seleção até ficou melhor organizada na segunda parte, com as entradas de André Silva, João Mário e Ricardo Quaresma. Porém, nesta altura, a Suíça fez o mesmo que Portugal fizera durante o Europeu: pôs-se à defesa. Tivemos uma daquelas típicas e super irritantes ocasiões em que a bola não quer entrar (eu pensava que já tínhamos passado essa fase, com o Europeu). É quase caricata, a maneira como provámos do nosso próprio veneno, como o Pouco Importa se voltou contra nós. O jogo acabou sem que se conseguíssemos sequer reduzir a desvantagem.
Não existem ainda motivos para colocar tudo em causa, como dizia Paulo Bento. Todos nós sabemos perfeitamente que esta não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que tropeçamos nas primeiras jornadas de uma Qualificação e não será, de certeza, a última. Esta nem sequer é a situação mais dramática: foi a primeira derrota em jogos oficiais em dois anos, acabámos de nos sagrar campeões da Europa, logo, em princípio, não será preciso correr com o Selecionador. Além disso, a Suíça é um adversário com quem Portugal tem, historicamente, sentido dificuldades; é o mais difícil do grupo, tirando, talvez, a Hungria. Tirando estes dois, os restantes constituintes do grupo de Qualificação - Letónia, Andorra, Ilhas Faroé - em princípio, não nos colocarão dificuldades. Tudo isto é um progresso relativamente ao nosso último grande tropeção. Podemos perfeitamente resolver este imbróglio.
Dito isto tudo, esta derrota não deixa de ser um enorme balde de água fria, depois de termos passado os últimos quase dois meses nas nuvens, com o nosso primeiro título. Nem sequer é a primeira vez que a Seleção tropeça quando anda de ego inchado. E tendo em conta que metade do mundo futebolístico continua a questionar a justiça da nossa vitória em Paris e um dos nossos adversários disse que tivemos sorte no Europeu, eu não queria, de todo, dar-lhes mais argumentos perdendo o nosso primeiro jogo oficial depois do Euro (o que vale é que a França também não começou bem esta Qualificação, logo, não deverão implicar connosco... por agora).
Não que tenhamos alguma coisa a provar. Tivemos sorte no Europeu, sim, com aquele golo islandês que nos facilitou o caminho para a final de Paris, mas foi uma compensação por inúmeras participações em Europeus e num Mundial nos últimos dezasseis anos (em que até jogávamos mais bonito) em que "faltou sempre a estrelinha para ficarmos em primeiro". Nós éramos a seleção com melhores participações em Europeus sem nunca termos ganho o título, por amor da Santa! Éramos, literalmente, os campeões das vitórias morais (que, como gosto de dizer, "não têm arte nem engenho"). Podemos ter tido sorte no caminho para a final, mas na final em si não a tivemos. Perdemos cedo o nosso melhor jogador, que por sinal é um dos melhores de todos os tempos (já tinha referido que temos o Melhor do Mundo a jogar por nós há mais de doze anos?) e tivemos de fazer das tripas coração para aguentar os franceses, que pressionavam e jogavam sujo. Uma equipa com menos alma teria sucumbido. Nós não. E não foi por sorte.
Mesmo não tendo em consideração o que escrevi acima, a Taça continua em Portugal e por cá ficará até 2020. E isso é que ficará registado na História do futebol. Além do mais, mesmo que Portugal tivesse "jogado bonito" no Europeu, logo, merecido a vitória segundo esses critérios, continuaríamos a ser criticados. Sobretudo pelos franceses, que sempre nos trataram com desdém.
Enfim, perdoem-me este aparte. Vocês sabem como eu às vezes levo criticas à nossa Seleção demasiado a peito. Dizia eu que é uma pena não termos conseguido prolongar o estado de graça. Mas não vou criticar demasiado duramente uma equipa que fez quase tudo bem durante quase dois anos. Fernando Santos garante que a Seleção ganhará os jogos que faltam. Tendo em conta que o Selecionador já garantiu coisas mais absurdas, como que Portugal ganharia o Europeu, mesmo após um par de jogos mal conseguidos na fase de grupos, não tenho motivos para duvidar dele. Continuarei a saborear o estatuto de Campeões Europeus, a cantar o This One's For You, o We Are the Champions e o Pouco Importa, a emocionar-me como vídeos como este.
Na próxima quinta-feira, dia 1 de setembro, a Seleção Portuguesa de Futebol recebe a sua congénere... (*pesquisa no Google*) gibraltina, no Estádio do Bessa, em jogo de carácter amigável. Cinco dias mais tarde, a Seleção Campeã Europeia (sabe tão bem escrever isto) desloca-se a Basileia, na Suíça, onde se estreará na Qualificação para o Campeonato Mundial da modalidade.
Estes serão os primeiros jogo que Portugal disputará na condição de Campeão Europeu. A Federação Portuguesa de Futebol não tenciona deixá-lo passar em claro. Para começar, fartou-se de publicitar o jogo (com a típica falta de subtileza dos últimos tempos), colocando pessoas como Rui Reininho e Delfim a chamar os adeptos ao Bessa. Depois, deu aos detentores de ingressos o privilégio de tirar uma fotografia ao lado da Henri Delaunay (espero que isso se torne norma nos próximos jogos em casa da Seleção, que eu também quero!!). Pelo meio, o Presidente da República vai receber os Campeões Europeus... outra vez... no Salão Nobre da Câmara do Porto, para receberem as insígnias da Ordem de Mérito.
Isto tudo pode parecer excessivo, mas, nas palavras de Cristiano Ronaldo, que se f***! Esperámos anos e anos (décadas e décadas, no caso de adeptos mais velhos) por esta Taça. Agora que, finalmente, a ganhámos, temos o direito de celebrá-lo tanto quanto quisermos. Eu, pelo menos, tenho feito isso à minha maneira (começando pelo meu outro blogue). Tenciono continuar a fazê-lo no mínimo até ao próximo Europeu... mas fá-lo-ei provavelmente para o resto da minha vida.
É bastante óbvio que a seleção gibraltina foi escolhida a dedo precisamente para permitir uma vitória fácil (tipo Estónia), para que o jogo particular possa ser uma celebração da vitória na final do Euro 2016. E ainda que seja esse o plano, na prática, a Seleção tem um historial de se atrapalhar em jogos desse género, sobretudo quando tem o ego inchado. Espero bem que isso não se verifique nesta dupla jornada, que seria um enorme balde de água fria. Em todo o caso, servirá sempre para dar minutos a jogadores menos utilizados, como já é da praxe.
A verdade é que Gibraltar está mais ou menos ao nível de vários dos nossos adversários na fase de Qualificação que começa agora. Isso, na verdade, desilude-me um bocadinho: este grupo é uma seca! Quem é que quer esperar semanas ou meses, como costumo fazer, por jogos contra a Andorra ou as Ilhas Faroé? Além de que, por norma, Portugal não se dá bem perante teóricas facilidades. Basta olharmos para o grupo do Euro 2016 que, teoricamente, era muito fácil, mas em que tivemos o pior desempenho de que me recordo numa fase de grupos (ironicamente, depois tornámo-nos campeões...).
Por outro lado, desta feita, voltamos às regras antigas, ou seja, só o primeiro lugar se Apura diretamente o segundo tem de ir a playoffs (isto se não for o pior de todos os grupos), o que significa que, desta vez, não vai dar para ir lá só com empates ou quase. Fernando Santos já disse que o objetivo é o primeiro lugar e espero bem que isso seja cumprido. Gostei muito de ter tido um Apuramento quase só com vitórias, agora quero repetir a dose. Temos tudo para isso, na minha opinião.
Por sinal, começamos com um dos adversários mais difíceis, a Suíça. O nosso historial com esta seleção não é favorável. A última vez que nos cruzámos foi no grupo do Euro 2008 e perdemos - não que isso tenha tido grande importância, uma vez que já estávamos apurados para os quartos-de-final. Não me lembro de quase nada desse jogo, tirando o que escrevi na altura, no blogue.
Tenho vindo a aperceber-me, de resto, que o Euro 2008 é capaz de ter sido o campeonato mais esquecível do milénio. Ganhámos os dois primeiros jogos, Luiz Felipe Scolari disse que se ia embora, perdemos os outros dois jogos, fim de história. De qualquer forma, para mim terá aquele travo especial por ter sido o campeonato em que me estreei com esse blogue. Ando a descobrir, aliás, que estas coisas vão acontecendo no tempo certo.
Mas estou a desviar-me do assunto. O importante é que, apesar do historial, considero que a Suíça está ao nosso alcance. Nem que seja pela lógica de "somos os Campeões da Europa. A Suíça pertence à Europa. Logo, vamos ganhar à Suíça!" (claro que, na prática, as coisas não são bem assim). Não que ache que vão ser só facilidades. Até porque, apesar da Convocatória não se desviar muito da do Europeu, numa interpretação flexível da máxima "Em equipa que ganha, não se mexe.", temos algumas baixas importantes, como Renato Sanches e Cristiano Ronaldo. No entanto, também temos o regresso de Bernardo Silva e as estreias de João Cancelo e de André Silva, o mais recente menino-bonito do campeonato português, que muitos diziam que merecia ter ido ao Euro (a ver se ele é essa Coca-Cola toda...). Não há desculpa para não trazermos os três pontos de Basileia.
Para ser sincera, ainda não mudei o chip para a Qualificação para o Mundial 2018. Ainda me sinto no rescaldo da nossa épica vitória no Euro 2016. Parte de mim tem pena de publicar uma nova entrada aqui no blogue, que o texto sobre a final não seja o mais recente aqui do estaminé. Que o feito mais recente da Seleção vá deixar de ser a conquista do Europeu. Mas só em parte. Há já quem fale do título Mundial, mas eu acho que ainda é cedo para se pensar nisso - até porque ainda temos a Taça das Confederações antes (porque ninguém fala dela, cá em Portugal?). Uma coisa já sei, no entanto: não quero que a Seleção seja uma One-Hit Wonder. Vou querer mais títulos, mais cedo ou mais tarde.
De qualquer forma, grandes equipas, grandes conquistas, constroem-se passo a passo. E os primeiros incidentes do capítulo novo da história da Equipa de Todos Nós, que abrimos agora, serão os jogos com Gibraltar e a Suíça. Que comecemos com o pé direito.
Na passada segunda-feira, dia 10 de junho, a Seleção Portuguesa de Futebol disputou um jogo de carácter particular com a sua congénere croata. Tal encontro teve lugar em Genebra, na Suíça, e terminou com uma vitória pela margem mínima para as cores portuguesas. O único golo da partida foi marcado por Cristiano Ronaldo.
Conforme já tinha dado a entender na entrada anterior, bem como na página do Facebook, não estava à espera de um jogo memorável ou mesmo interessante. Por vários fatores, entre os quais o cansaço de fim de época, o facto de muitos dos habituais titulares não irem jogar, a experiência de jogos amigáveis recentes, bem como outros igualmente disputados em final de época que, de tão irrelevantes, já praticamente ninguém se recorda deles. Acabei por ter uma agradável surpresa com este jogo com a Croácia.
Tal como já mencionei anteriormente aqui no blogue, este era um jogo para homenagear os emigrantes na Suiça, no Dia de Portugal. No entanto, o elevado preço dos bilhetes impediu a lotação esgotada. Ainda assim, o estádio esteve suficientemente cheio de emigrantes portugueses para se considerar que a Seleção jogou em casa. Ao longo do jogo, a assistência foi ouvida frequentemente puxando por Portugal.
Os portugueses entraram no jogo em domínio, embora a falta de rotina entre os jogadores fosse evidente. Cristiano Ronaldo era dos mais interventivos, tentando puxar a equipa com ele, esta é que sem sempre era capaz de acompanhá-lo. Os croatas iam dando um ar de sua graça quando podiam mas era raro apontarem à baliza. O Eduardo raras vezes era chamado a intervir. E ainda bem, que ele pareceu algumas vezes estar perto de cometer uma asneira, daquelas que cometeu no jogo com o Equador. Não sei o que se passa com ele. Será insegurança? O que quer que seja, espero que o Eduardo o ultrapasse o mais depressa possível. É uma pena ver um guarda-redes que ao longo de dois ou três anos fez um ótimo trabalho protegendo as redes nacionais, que foi tão simpático para mim quando estive no Jamor, desperdiçar-se a si mesmo desta maneira.
O golo do Cristiano Ronaldo acabou por vir em boa hora, numa altura em que a Croácia estava mais atrevida. Resultante de um bom entendimento entre Sílvio, Varela e o madeirense, não me pareceu um remate particularmente forte, por isso, não sei que parte dele terá sido frango do guarda-redes croata. Nos festejos do golo, o Ronaldo dirigiu um sorriso rasgado e um gesto de "Não-estou-a-ouvir" aos croatas que, alegadamente - pois não os ouvi - estariam a gritar por Messi.
Ele não consegue evitá-lo, pois não? Acho que nunca vai mudar...
Ainda assim, ainda houve tempo para um gesto de agradecimento ao público português.
Ao intervalo saiu ele e saiu Bruno Alves, dando lugar a Vieirinha e Sereno. Um aparte só para confessar que, durante o intervalo, mudámos para outro canal, onde estava a dar o Toy Story 3. Quando o jogo recomeçou, custou-me imenso mudar de canal de novo. É a primeira vez que me lembro de isto acontecer pois, até agora, um jogo da Seleção vencia com facilidade qualquer outro programa - até porque agora que podemos gravá-los e vê-los mais tarde. Mas o filme estava numa parte tão gira...
Enfim, regressemos ao jogo.
Se na primeira parte, Cristiano Ronaldo destacou-se, o protagonista da segunda parte foi Vieirinha. Endiabrado como esteve neste jogo, o Marmanjo está a tornar-se um sério concorrente a Nani e mesmo - vá lá, com uma saudável dose de exagero - ao próprio Ronaldo. O Vierinha merecê-lo-á se conseguir substituir Nani como titular - algo que pode ser possível caso esta má fase do jogador do Manchester United se prolongue - mas vou ter pena...
A desarticulação entre os jogadores impediu, na minha opinião, um resultado mais dilatado. Destaque para uma excelente oportunidade, desperdiçada porque Vieirinha calculou mal a posição do Hugo Almeida. Mas, apesar da falta de rotina, apesar de terem existido um par de ocasiões que podiam ter dado para o torto na reta final do encontro, o domínio português nunca foi verdadeiramente questionado. E assim chegámos aos noventa minutos.
O momentâneo sorriso e polegar levantado de Paulo Bento aquando do apito final espelham bem a minha reação a este jogo e a este resultado. Fiquei satisfeita, esperançosa, com um sorriso no rosto para o resto do dia. Não foi um jogo brilhante, tal como o da Rússia não o foi e, mais uma vez, ninguém esperava que o fosse. Herdou, aliás, o espírito do jogo da Luz, a vontade de fazer bem, ainda que as pernas nem sempre conseguissem corresponder às intenções. Houve oportunidade para vários jogadores se destacarem: o inevitável Cristiano Ronaldo, o promissor Vieirinha, Ricardo Costa e João Moutinho que, coitado, pura e simplesmente, não sabe jogar mal, faz tudo dentro de campo.
Gosto é da expressão que li ou ouvi há uma ou duas semanas: quando Moutinho espirra, o F.C.Porto e a Seleção constipam-se.
Foi um dos melhores particulares dos últimos tempos, em que se cumpriram os objetivos, em que os habituais suplentes mostraram vontade de provar o seu valor, ajudando a Equipa de Todos Nós. Comentadores desportivos bem mais sábios do que eu, como por exemplo Rui Santos, continuarão certamente a duvidar do valor desta Seleção, a compará-la com gerações anteriores - apesar de ele também ter criticado essas gerações na altura - mas eu, na minha humilde opinião, pelo que vi nestes dois jogos, considero que a Seleção possui o que é preciso para, pelo menos, se Qualificar para o Mundial do Brasil. Se chega também para um bom desempenho nessa fase final ainda é demasiado prematuro para ser discutido. A Seleção nem sempre tem conseguido dar bom uso a tais qualidades mas quero crer que, nestes últimos três jogos, reaprendemos a jogar com a atitude certa, que essa atitude alinhará de início nos próxímos compromissos da Equipa de Todos Nós.
Encerra-se, assim, mais uma temporada futebolística, se não com chave de ouro, pelo menos numa nota positiva. Foi uma temporada desnecessariamente turbulenta para a Seleção, que nem sempre foi fácil para muitos dos nossos jogadores, mas que penso que teve um final feliz. Antes desta dupla jornada de Turma das Quinas, tinha uma dose significativa de dúvidas. Estas não desapareceram completamente com estes dois jogos, ainda receio eventuais disparates, mas fica uma forte sensação de que estamos de novo no caminho certo. Já não me sentia assim, esperançosa, há bastante tempo.
Segue-se agora a transição entre épocas, um período menos interessante para mim. Podem existir alturas erm que não terei nada para publicar na página do Facebook. No entanto, esforçar-me-ei por manter a página ativa, ainda que publique com menos frequência.
Com um pouco de sorte, estas semanas passarão depressa. Sinto-me ansiosa pelos próximos compromissos, pelo resto da Qualificação. Esta temporada teve um final feliz. Agora, para já independentemente da forma , quero que a próxima temporada termine no Brasil!