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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Portugal 7 Coreia do Norte 0 - Das Tormentas à Boa Esperança e o Adamastor ficou cheio de Ketchup

Vinte e quatro horas atrás, se alguém me dissesse que, no encontro entre Portugal e a Coreia do Norte, a Selecção Nacional ia enfiar sete bolas na baliza adversária, sem resposta, eu diria:

- Meu, isso é delírio!

Mesmo agora, mais ou menos vinte e duas horas depois, ainda não consigo acreditar que ganhámos por uma margem tão grande. Nem nos meus sonhos mais irrealistas imaginava que íamos vencer por 7-0. Sete-zero!

Vou, então, recuar vinte e quatro horas. Como ia ter exame às duas da tarde, impossibilitando-me de ver o jogo todo, tinha vindo de manhã para a Faculdade. Como queria ver pelo menos a primeira parte, fui almoçar cedo. Tinha ouvido dizer que na Sala de Alunos da Faculdade de Medicina costumavam projectar os jogos, mas não queria almoçar lá. Naquela a que nós, os alunos, chamamos Cantina Velha, as refeições são mais baratas. Além disso, tinha esperança de que passassem lá o jogo também. Cheguei lá cedo, ainda antes de começarem a servir as refeições. Optei por comer lasanha de soja da Macrobiótica, mas vim comer cá para fora, que o dia estava bonito. Ao mesmo tempo, ia ouvindo a Antena1 através do meu leitor de MP3. Fiquei a conhecer a constituição do onze incial e que aquele estádio, na Cidade do Cabo, tinha até agora merecido a metáfora de "Cabo das Tormentas", visto que até agora ninguém tinha ganho lá, incluindo anteriores campeãs mundiais, como a Itála, a Inglaterra e o Paraguai. Seriam os portugueses, novamente, os primeiros a dobrar o Cabo das Tormentas, a transformá-lo em Cabo da Boa Esperança? Eu esperava que sim.

Outra coisa que ouvi era que o Verão começaria rigorosamente ao meio-dia e vinte e oito minutos, pouco antes de a Selecção entrar em campo. Desejei que fosse também a essa hora que acabasse de vez esta fase um pouco nublada da Equipa de Todos Nós.

Entretanto, o Nani tinha já enviado uma mensagem de apoio aos companheiros de Selecção:

Meus queridos guerreiros nacionais

Há 522 anos, o português Bartolomeu Dias conseguiu, pela primeira vez, ultrapassar o Cabo das Tormentas, demonstrando que era possível ultrapassar o extremo sul de África por mar, apesar das muitas tempestades e perigos. O nome foi mudado para Cabo da Boa Esperança e é esta esperança que hoje, quase sete séculos depois, vocês vão continuar a alimentar. Na mesma cidade, apesar de todas as dificuldades e perigos, contra ventos e marés, vocês conseguirão manter bem vivo o sonho português, conseguirão dobrar todas as tormentas.
E eu estarei aqui, tão longe e tão perto, a torcer, a vibrar e a festejar com vocês. Hoje, todo o Mundo perceberá quem são os guerreiros nacionais.
Com votos das maiores felicidades
Um forte abraço deste vosso companheiro e amigo
Nani

Foi querido. No Destak, na parte das cartas dos leitores, havia este poema:

Força Portugal
Continuamos confiantes
Na nossa Selecção
Porque não são apenas
Uma equipa com emoção
São também uma Nação

Que a próxima disputa
Tenha emoção e luta
Tenhamos confiança
E até ao último minuto
Na Selecção Nacional
Com fervor e sem igual
Força Portugal

Alexandrina Silva

Nem Nani nem a autora deste poema calculava quão verdadeiras se tornariam as suas palavras em poucas horas. Ninguém calculava.

Um pouco antes do início do jogo, uns alunos pediram que se ligasse a televisão junto ao balcão dos bitoques, para ver o jogo. Eu ainda não tinha acabado de comer, mas fui logo marcar lugar junto à televisão. Era uma das antigas, sem grande qualidade, com muitos reflexos no ecrã que dificultavam a visualização, pré-histórica quando comparada com o tão publicitado HD, mas tinha uma grande vantagem: a sincronização com o relato da rádio era quase perfeita. No dia do jogo com a Costa do Marfim tentei ouvir o rádio enquanto via a emissão na RTP HD mas a descrepância era de quase dez segundos - e acontece muita coisa em dez segundos. Se até os comentários da televisão estavam desfasados com as imagens... O entusiasmo dos locutores da rádio (pelo que apanhei, eram Alexandre Afonso e Nuno Matos) era contagiante e aumentou os meus níveis de excitação.

Os portugueses entraram bem no jogo, de resto, se bem que os norte-coreanos fossem dando luta e pregando uns sustos ocasionais. Ontem, houve muito mais garra, muito mais determinação, muito menos medo, isso ficou evidente quase logo desde início.

Até que, perto da meia-hora de jogo:

- GOLO! - gritei eu em coro com todos os que assistiam, libertando a ansiedade e o nervosismo que, apesar de tudo, me acompanhavam desde o início. Levantámo-nos todos, com os punhos cerrados em sinal de triunfo, e uns miúdos de um campo de férias que estavam lá a almoçar correram para junto de nós mal ouviram os gritos. Um deles até me perguntou:

- Quem marcou?

- Foi o Raúl Meireles.

Na altura, agradeci mentalmente aos jogadores (e tenho quase a certeza de que eles ouviram) e esperei que aquele que era o nosso primeiro golo no Mundial fosse o primeiro de muitos neste campeonato. Não calculava é que muitos desses golos seriam marcados já neste jogo.

Finda a primeira parte, resolvi ir-me embora. Entraria em exame daí a pouco mais de meia hora, se começasse a ver a segunda parte certamente não conseguiria sair a meio. Regressei então à minha Faculdade, sem, contudo, deixar de ouvir a rádio. Mesmo quando me juntei a colegas para revisões de última hora - revisões que, por sinal, ajudaram-me - continuei a ouvir a emissão em volume baixo, embora tivesse a atenção voltada para outra coisa.

Quando o Simão marcou o segundo golo, eu não percebi logo. O locutor só gritava:

- Já lá mora! Já lá mora!

E eu só pensava: "Eh pá, não podias gritar GOLO! primeiro? Assim uma pessoa baralha-se". Depois, foi eu quem comunicou às minhas colegas:

- Olhem, o Simão marcou.

Fiquei satisfeita. 2-0 certamente já consolidaria a vitória, podia fazer o exame descansada, aquilo estava no papo. Contudo, ainda digeria o golo do Simão, já o Hugo Almeida marcava o terceiro. Quando o anunciei, a Sara, que estava um bocado nervosa com o exame, comentou:

- Ao menos que corra bem a alguém.

E logo a seguir, mais um golo. Desta feita, como já aumentara o número de alunos naquela zona, à espera de entrar para exame, já houve quem gritasse golo. Foi aí que percebi: o ketchup estava a jorrar. A minha irmã, que não sabia se eu estava a ver o jogo, ia-me enviando mensagens anunciando os golos. Neste quarto golo, escreveu o seguinte: Nós hoje não paramos, o tiago traz outro! Eu entretanto já tinha enviado uma dizendo: E vão 4! Não sei se foi nesse golo se noutro, acho que foi em vários, mas achei imensa graça a algo que o locutor da rádio disse, enquanto festejava o golo:

- É meu, é teu, é nosso, é de Portugal!

Pouco depois, entrámos para o auditório, onde íamos fazer o exame. Eu ia já com um sorriso no rosto. Distribuídos os exames por todos, numa altura em que os primeiros a receber o exame já escrevinhavam, um dos professores de vigia, de telemóvel e respectivo auricular na mão, disse:

- OK, Portugal está a 4-0, a gente avisa se marcarem.

Ouviram-se risos. Pouco depois, contudo, já ele anunciava o quinto golo, mas não disse quem tinha marcado. Concentrámo-nos no exame. A onda positiva estendeu-se ao teste, que era mais fácil do que eu estava à espera e me correu bastante bem. Uns minutos depois, penso que nessa altura já o jogo tinha acabado, uma professora de outra cadeira entrou e, com os dedos, fez sete-zero.

- E o Ronaldo marcou - acrescentou ela.

Quando o exame acabou não fui para casa uma vez que ainda tinha uma consulta no dentista daí a duas horas. Voltei a sintonizar a Antena1 no meu leitor de MP3, de modo a ir acompanhando o rescaldo do jogo e as avaliações do desempenho. Segundo um dos comentadores (o Joaquim Rita?), a Selecção libertou-se finalmente do "atadismo", jogou com garra, com coragem, com alegria. Como dizia hoje no Record, a Selecção assumiu "atitude ambiciosa para parecer digna do lugar que ocupa no ranking da FIFA". Agora estamos "com um pé e meio" (não me lembro de quem disse isto) nos oitavos-de-final, até podemos qualificarmo-nos se perdermos com o Brasil. No Trio D'Ataque de ontem, o apresentador Carlos Daniel disse mesmo que tínhamos saído dali com "mais equipa", já que se todos os jogadores demonstraram ter valor em campo.

O Tiago é capaz de ter sido o jogador que mais surpreendeu pela positiva. A noção que eu tinha dele nunca foi de um jogador brilhante. Acima da média, mas não era nada do outro mundo. Lembro-me até de ouvir, há uns anos, já nem me lembro por quem, que se o Tiago, se fosse mais rápido, podia ser o melhor do Mundo. Eterno suplente de Deco na Selecção, nunca se conseguiu impôr. Ontem, nem o reconhecia. No Record resumiram bem o jogo dele: "exibição esmagadora (...) como que querendo recuperar num só jogo todo o tempo perdido nestes anos para se afirmar como uma mais-valia indiscutível da Selecção Nacional". Ficou provado que, sem tirar qualquer mérito a Deco que, apesar de já ter visto melhores dias, já fez muito pela Selecção, os habituais comentários de que "o Deco é insubstituível", que "a Selecção não é a mesma sem Deco" não eram totalmente verdade. É sempre bom saber que temos alternativas. Por outro lado, o seu caso é semelhante aos casos de Nani e Hugo Almeida, que não sendo titulares permanentes, aproveitam todas as oportunidades para mostrar o seu valor, para dizerem ao Mister que eles também são opção.

Por falar no Nani, tenho pena de ele não ter participado nesta festa. Tenho a certeza de que ele também teria marcado um golo ou dois e celebrado com o seu mortal.

O Cristiano Ronaldo lá quebrou o seu jejum, com um golo bizarro, mas para mim, mais marcante do que isso, foi ele ter oferecido o prémio de Homem do Jogo a Tiago. Foi um gesto bonito. Vê-se que ele está mais maduro, que começa a desempenhar o papel que Figo desempenhou, como líder da Selecção. Isso, para mim, tem mais valor do que os golos que ele marca.

Talvez seja ainda euforia pós-goleada, mas tenho esperanças de que seja um ponto de viragem, que seja como o Portugal-Rússia do Euro 2004, em que começámos mal e chegámos à final. Eu sei que a Coreia do Norte é uma equipa fraca, que pode haver quem ache que Portugal "não fez mais do que a sua obrigação", mas ninguém pode negar que soube tão bem... Nem me lembro de um resultado tão dilatado em Europeus ou Mundiais. Só me lembro do 7-1 à Rússia, na qualificação para o Mundial. Pode não valer mais do que três pontos, mas servirá para aumentar a confiança e talvez para estimular ainda mais o apoio por parte dos adeptos. Eu, pelo menos, já vi mais bandeiras nas janelas da minha avenida...

O nosso próximo jogo é na Sexta-feira, frente ao Brasil. Deve ser provavelmente um dos jogos mais aguardados da fase de grupos. Eu tenho pena de o Kaká não jogar - apesar de nos facilitar a vida, é mau para o espectáculo. Se é para termos um Portugal-Brasil no Mundial, o ideal seria se fosse um jogo daqueles de igual para igual, renhido, cheio de bom futebol, cada equipa com o seu "melhor do Mundo". Não dá, paciência. Em todo o caso, todos os que ouvi estão de acordo e eu também: convém entrarmos a matar, com o espírito, a garra e a paixão com que entrámos hoje, esforçarmo-nos por fazer um bom resultado. Mesmo que já não seja certo que o primeiro lugar ajuda a fugir da Espanha. Para reforçar aquilo que começámos a demonstrar ontem: que estamos aqui para fazer estragos, para ir o mais longe possível. Como diz o Nani, para mostrar ao mundo quem são os guerreiros portugueses!

Depois de uma semana de Mundial

Já passou uma semana desde o início do Campeonato do Mundo do ano de 2010. A primeira jornada, segundo consta, foi a primeira jornada com menos golos da história dos Mundiais. É claro que trouxe algumas surpresas, sendo a maior de todas a derrota da Espanha aos pés da Suíça, de que já falei na entrada anterior.

A segunda jornada só começou ontem (ou anteontem, não tenho bem a certeza) mas já mostrou trazer mais uns quantos golos (os 4-1 da Argentina frente à Coreia do Sul) e mais umas quantas surpresas. Uma delas, a derrota da França pelo México, por duas bolas sem resposta e, apenas há poucas horas atrás, a vitória da Sérvia frente à Alemanha.

Começo por falar da Espanha, visto que o seu percurso do Mundial é o que mais interessa à Turma das Quinas, dada a possibilidade dos nossos vizinhos se cruzarem connosco. Eu ainda estou em choque. A Espanha era a minha aposta para Campeã do Mundo. Mas, por outro lado, isto também me alivia, pois esta derrota diminui as probabilidades de os espanhóis passarem à fase seguinte em primeiro lugar. E como é quase impossível nós irmos para o mata-mata em primeiro lugar, assim, pode ser que não apanhemos a Espanha nos oitavos-de-final, se lá chegarmos.

Passemos agora à França. Confesso que a derrota deles quase que me satisfez mais do que a derrota da Espanha. Não deixa de ter o doce sabor da vingança por nos ter expulso do último Mundial com uma grande penalidade duvidosa, bem como por só terem conseguido passaporte para esta fase final através de uma "mão de Deus". Quem ainda deve estar mais feliz são os irlandeses. Ou antes, devem estar divididos entre a euforia ("Ah, ah! O castigo tarda mas não falha!") e a raiva ("Isto só prova que nós é que merecíamos estar lá!"). Hoje li no Record que a Pizza Hut de Dublin tinha prometido oferecer trezentas e cinquenta pizzas a uma equipa por casa golo que esta marcasse à França. Depois deste jogo, parece que os mexicanos vão ter direito a setecentas pizzas. Bom proveito!

Finalmente, soube há pouco que a Alemanha caiu aos pés da Sérvia, por uma bola sem resposta. É certo que os alemães estavam a jogar amputados de um jogador, mas mesmo assim... Lá se vai mais um grande candidato ao título... Eles que tinham reafirmado o seu carácter de favoritos depois do 4-0 frente à Austrália...

Realmente, os grandes já não são o que eram... O meu irmão até comentou:

- Comparados com estes, até nós parecemos bons... Agora já se percebe porque é que estamos em terceiro lugar no ranking: os habituais grandes não estão a dar uma para a caixa!

Com os habituais candidatos ao título a obterem resultados longe de brilhantes, vou-me convencendo cada vez mais que o resultado do nosso jogo de estreia não foi tão mau como certas pessoas pintaram. Quer dizer, nós ainda temos a "desculpa" de termos jogado com uma das melhores selecções africanas. A Inglaterra empatou com os Estados Unidos! E a Espanha perdeu com a Suíça! Hei, se os habituais favoritos continuarem a desiludir desta maneira, talvez até tenhamos hipóteses de sermos campeões! Eh, eh, eh!

No que toca à Selecção Portuguesa, ainda se sentem as réplicas das polémicas palavras de Deco no final do nosso jogo de estreia. Sobre este assunto, Laurentino Dias afirmou que os Navegadores deviam falar menos e jogar mais. "Mais futebol e menos conversa", pediu ele. O meu pai, por acaso, concorda com Laurentino Dias. Segundo o meu pai, não deviam deixar os jogadores de futebol falarem, pois, segundo ele, muitas vezes falam mal o português e raramente dão uma para a caixa. Admito que tanto ele como o Secretário de Estado do Desporto (é esse o cargo que Laurentino Dias ocupa, não é?) têm uma certa razão, mas pode haver quem conclua, a partir dessas palavras, que Laurentino Dias vê os Navegadores exclusivamente como jogadores, não como pessoas. Pois eu gosto de conhecer o lado humano dos jogadores, gosto de saber como é que sentem os jogos, como é que convivem uns com os outros, como é que se tratam uns aos outros. É por isso que gosto de programas como Ligados a Portugal e Os Incríveis, embora nem sempre tenha paciência para vê-los até ao fim.

Por outro lado, pude assistir às duas últimas Conferências de Imprensa de jogadores da Selecção (do Eduardo e do Liedson) e nenhum deles disse nada de especial. Foi quase tudo:

- Está tudo bem, o ambiente dentro da Selecção é óptimo, não, não tenho medo de ser substituído, o que interessa é a equipa, isto são decisoões do treinador, etc, etc, etc.

Parece que na semana passada não era tanto assim, desde que o Deco disse aquilo que os jogadores têm evitado ao máximo desviarem-se do politicamente correcto. Mas eu compreendo. Eles sabem que, se falam demais, a Comunicação Social pegam naquilo, exploram até ao tutano e a credibilidade da Selecção é que paga. Realmente, se fosse sempre assim é que não valia mesmo a pena ouvir os jogadores.

Eu não os posso censurar. Pode haver quem diga que os jogadores falam mal em público por terem poucos estudos, mas eu tenho o 12ºano feito e farto-me de gaguejar só para apresentar um mísero PowerPoint na Faculdade. Imaginem-me numa Conferência de Imprensa, com os holofotes todos voltados para mim... Não deve ser fácil lidar com a Imprensa.

Na Segunda-feira temos o nosso segundo jogo do Mundial, frente à Coreia do Norte. Será ao meio-dia e meia. Eu não sei se vou conseguir ver, visto que tenho um exame e devo passar o dia todo na Faculdade. Não devo encontrar televisão, devo só poder ouvir o relato pela rádio. E mesmo assim, não conseguirei ouvir a segunda parte toda, visto que o exame é às duas da tarde... Se queremos passar à segunda fase deste campeonato, teremos de ganhar à Coreia do Norte. E para ganharmos à Coreia do Norte, teremos de entrar em campo com uma atitude diferente da do jogo com a Costa do Marfim. Sem medo, pessoal! O Liedson disse hoje que, certamente, na Segunda-feira, os jogadores não estarão tão nervosos, visto que já não sentirão aquela ansiedade do jogo de estreia.

Eu acredito que venceremos a Coreia. Para já, é uma Selecção teoricamente mais fraca do que a da Costa do Marfim. Embora isso já pouco signifique - este Mundial está recheado de exemplos disso! Por outro lado, como já referi aqui no blogue, os Navegadores funcionam melhor se sentirem a qualificação ameaçada. Sim, é possível. Ainda é possível termos um bom Mundial. Eu acredito. E nunca deixarei de estar com a Selecção. Mesmo quando estiver no exame, totalmente concentrada na matéria, uma parte ínfima de mim não deixará de torcer por uma vitória. Força!

Costa do Marfim 0 Portugal 0 - E agora?

Ontem a Selecção Portuguesa estreou-se no Campeonato do Mundo de 2010 com um empate sem golos frente à Costa do Marfim.

O jogo esteve longe de ser brilhante. Ao contrário de muito boa gente, eu pude ver o jogo, mas mais valia não ter visto. Como tenho MEO, resolvi experimentar ver o tão publicidado canal interactivo, com ferramentas que permitem sintonizar uma câmara sempre apontada para o treinador. Realmente, era giro. E a qualidade era excelente. O pior é que os comentários e as imagens não estavam em sincronia, mais ou menos o que acontece quando ouvimos o relato na rádio e vemos na televisão ao mesmo tempo. Pois, o Ricardo Araújo Pereira e companhia esqueceram-se de mencionar esse pormenor.

Depressa se percebeu que o resultado não ia ser famoso. Os Navegadores estavam a jogar de forma muito esquisita, não sei explicar bem, e enervaram-me. De resto, já se fizeram muitos relatos de como jogámos, não vale a pena dizer a mesma coisa. Em relação à primeira parte, vou só mencionar o tiro do Cristiano aos dez minutos, que se tivesse acertado no alvo podia ter mudado por completo o enredo do jogo, e o cartão amarelo do mesmo jogador. Quando o árbitro o mostrou eu pensei logo: Boa, o Mundial ainda agora começou e este já está amarelado. Se me vê outro, corre o risco de falhar um jogo. Se isso acontece, será o bom e o bonito. Depois, quando mostraram a repetição, deu para ler nos lábios dele as doces palavras que dirigiu a um adversário. Eu comentei para o meu irmão:

- É impressão minha ou ele 'tava a dizer...?

- 'Tava - confirmou o meu irmão.

Parece que a Federação vai pedir a anulação do cartão amarelo, de resto. Anunciaram isso no site deles (
http://www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/SELECCOES/NOTICIA?notid=9350734). Eles alegam que o Cristiano "foi rasteirado e empurrado à entrada da grande área da selecção da Costa do Marfim. Assim que se levantou, foi rodeado por jogadores adversários, tendo sido empurrado e insultado". Nessa parte, acredito. Eles afirmam mais à frente que ele "apenas se procurou afastar daqueles jogadores", mas não mencionam o palavrão, por isso não podem dizer que ele apenas se quis afastar. Em todo o caso, visto que ele foi provocado, também acho que o cartão amarelo foi um bocado exagerado. Contudo, duvido que aceitem retirar o cartão.


Mais tarde, vimos o Ricardo Carvalho também dizer "f**k off!" a um adversário.

- Olha outro - comentei eu.

- Eles sabem as conjugações todas deste verbo! - gracejou o meu irmão - Sabem os phrasal verbs todos!

Embora não tenha assim tanta piada quanto isso, às vezes divirto-me a ler os lábios de jogadores e treinadores durante os jogos, tentando descortinar os palavrões que dizem.

Mas voltando ao jogo, durante o intervalo desejei que Carlos Queiroz estivesse naquele preciso momento a dar um valente puxão de orelhas aos jogadores e que eles entrassem melhor na segunda parte. Enganei-me. A segunda parte foi tão má quanto a primeira, no meu humilde ver. O que nos valia era termos uma boa defesa, era termos o Eduardo sempre atento. Houve alturas em que quase desejei que o jogo acabasse, para acabar de vez com aquele sofrimento. Contudo, aquilo que eu realmente desejava era um golo, um mísero golo. Não tive sorte. O marcador manteve-se por abrir até ao apito final. Quando o jogo acabou, a minha reacção foi:

- OK. Empatámos. E agora? Como é?

Depois do jogo fui ouvindo entrevistas, comentadores, procurando explicações para o fraco desempenho da equipa. O Deco, na zona mista, criticou a opção de Queiroz de pô-lo a jogar numa posição que não é a sua habitual. O Navegador já pediu desculpas, já afirmou que disse aquilo "a quente, e sem o melhor discernimento, pois o jogo tinha terminado há pouco e sentia-me profundamente frustrado por não ter ajudado a equipa a ganhar". Não será a primeira nem a última vez que uma situação dessas ocorrerá. Contudo, uma atitude destas ainda é de esperar num jogador mais jovem, mas num jogador com a experiência de Deco já não é tão tolerável. Em que estava ele a pensar? Não podia ter falado com Queiroz em privado? Tinha de dar mais uma machadada na credibilidade do Seleccionador, já fragilizada por este resultado? Ele pode pedir desculpa, mas já desceu na minha consideração.

É que eu realmente não percebo porque é que não jogaram melhor. Ouvi várias teorias: ansiedade, medo de perder, contenção. Até agora nenhuma me convenceu totalmente. Que diabo, eles fartaram-se de repetir a lengalenga de o-mais-importante-é-ganhar-o-primeiro-jogo... Só fiquei um pouco mais aliviada quando me pus a ver o "À noite, o Mundial", na RTPN, e foi dito que o resultado "não é tão mau"; que se ganharmos à Coreia do Norte e se o Brasil vencer a Costa do Marfim, ficamos com quatro pontos, a Costa do Marfim fica com um e se empatarmos com o Brasil, passamos nós e os nossos irmãos; que "quem perdesse este jogo ficava fora do Mundial". Eles percebem muito mais de futebol do que eu, por isso... Mais: no Euro 2004 começámos mal, mas depois chegámos à final (até rima). Podia ser pior. A França, a Itália e a Inglaterra estão numa situação parecida com a nossa. E a Espanha até perdeu com a Suíça (a Espanha! Aquela em que apostava como Campeã Mundial!). Ainda está tudo em aberto. Ainda é possível.

Só que eu estava à espera de mais, sabem? Estava à espera que eles entrassem com mais garra, mais determinação, mais coragem neste Mundial. Talvez esteja a ser ingénua, talvez seja "folclore", como diziam na RTPN, mas é assim que me sinto. E saber que não somos os únicos nesta situação, que existem equipas em pior situação, não é grande consolo. Quero mais!

A Selecção desiludiu-me, é certo, mas isso não chega para fazer-me atirar a toalha ao chão. Eles têm razão, ainda estamos longe de falhar. Aliás, os Navegadores até costumam sair-se melhor sob pressão. Aconteceu na fase de qualificação, há-de acontecer o mesmo agora. Disse várias vezes que os apoiava em qualquer circunstâncias e é isso que farei. Nos bons e nos maus momentos. Enquanto for possível, acreditarei. Até ao apito final.

Antes da nossa estreia no Mundial

É amanhã que a Selecção Portuguesa entra em campo para defrontar a Costa do Marfim. Muito se tem falado, escrito, comentado, especulado, criticado, profetizado em relação à nossa potencial prestação no Mundial, mas será a partir de amanhã que veremos o que realmente acontecerá, o que a Selecção realmente fará. Faltam menos de 24 horas. Não sentem já aquele bichinho?

O Mundial propriamente dito já começou há três dias. Confesso que não tenho seguido os jogos com muito interesse, mas tenho tentado estar a par dos resultados e das notícias mais importantes. Estive sem Internet este fim-de-semana... Ando a tomar nota dos resultados num calendariozinho que andaram a distribuir como publicidade a uma escola de condução que abriu há pouco tempo e que a minha vizinha me ofereceu. Depois, quando tiver tempo, passo os resultados para o mapa que está afixado na parede do meu quarto. Parece que, de resto, os jogos têm sido um bocado entediantes, com empates, vitórias pela margem mínima... Exceptuando o Alemanha-Austrália. De resto, é a nossa Selecção que realmente me interessa.

Uma das coisas que tem sido duramente criticada é a vuvuzela. Os adeptos levam este instrumento para os estádios e durante todo o jogo ouve-se um constante zumbido - e eu interrogo-me como é que há fôlego para tanto. Para nós, que assistimos ao jogo pela televisão e podemos regular o som, até pode ser tolerável, mas para quem lá está deve incomodar. Cheguei a ler num jornal que o barulho pode ser tão prejudicial aos nossos ouvidos como o ruído de uma motosserra. Vários jogadores se têm queixado que não se conseguem ouvir uns aos outros em campo. Hoje até ouvi que os jogadores holandeses (ou os dinamarqueses, não tenho a certeza) andaram a praticar a linguagem gestual para comunicarem entre si. Evra, capitão da Selecção Francesa chegou mesmo a culpar as vuvuzelas pelo empate frente ao Uruguai. Pois, claro! Pelo menos em relação a esta última, como diria a minha professora de Português: Eu sei dançar! O chão da sala é que está torto! Mas, piadas à parte, já se pondera pura e simplesmente proibir as vuvuzelas.

Eu acho triste ter de se chegar a esse ponto. Eu gostei da ideia das vuvuzelas, por motivos que já expliquei aqui e por outros. A vuvuzela podia tornar-se o símbolo do Mundial da Àfrica do Sul. Nos últimos tempos, oiço ocasionalmente o som de uma vuvuzela vinda da rua, o que me recorda a Selecção e me faz sorrir. Só que o pessoal exagerou. A sério, não podiam limitar-se a soprar a vuvuzela depois dos golos ou assim? Não, tinham logo de estragar tudo, de obrigar a FIFA a proibi-las!

Aquela campanha toda da Galp, do toca-a-vuvuzela-para-apoiar-a-Selecção, corre o risco de ser pior a emenda que o soneto... Agora seria mais adequado tocar as vuvuzelas quando o adversário tem a posse de bola, como sinal de vaia. Aposto que o Simão já se arrependeu de ter entrado na campanha.

Mudemos de assunto.

Na semana passada, mais rigorosamente no dia 9, li n'O Correio da Manhã sobre uma metáfora criada por um jornal sueco, de nome Dagens Nyheter, que achei muito engraçada. Estes comparam os concorrentes do Mundial a animais da selva africana. Assim, nós, os portugueses, somos como as chitas, uma vez que as nossas maiores armas são a "velocidade e capacidade de preparar emboscadas às presas". Também são apontadas como potencialidades da Selecção Portuguesa "a rapidez e a potência de Cristiano Ronaldo".

A Selecção brasileira é comparada com o leão, o Rei da selva. Segundo o jornal, os nossos irmãos precisam de "organização e cooperação para atingir os seus objectivos". O búfalo é a Argentina, uma vez que "ninguém se atreve a atacar". A Selecção Alemã é um elefante, por ser "a mais pesada e experiente da selva". A Espanha é elegante e mortífera como o leopardo. Finalmente, a Àfrica do Sul é como a zebra - engraçada mas uma presa fácil. Tive imensa pena de não falarem de mais equipas para além destas.

OK, falemos então da viagem iniciamos amanhã à tarde. Eu tenho de confessar uma coisa: tenho um bocadinho de medo. Não me interpretem mal, não é por não acreditar, nem nada disso. Contudo, não consigo evitá-lo. Quer dizer, nunca deixei de apoiar a Selecção e contudo, os jogadores deram-me várias desilusões ao longo destes últimos dois anos. Não consigo deixar de recear que as coisas corram mal. De resto, já senti medo no Euro 2008 e até no Mundial 2006. Quem não tiver nem que seja um bocadinho de medo que falhemos, quem tiver certezas absolutas de que vamos ser bem-sucedidos, que atire a primeira pedra!

Contudo, pegando de novo na metáfora cliché dos Descobrimentos, se os nossos antepassados não tivessem conseguido ultrapassar o medo, nunca teriam descoberto nem a Madeira e os Açores, quanto mais a Índia! Quem quer passar além do Bojador/ tem que passar além da dor.

Além disso, nós até temos condições para fazer uma boa prestação. Tivemos um mês para preparar o Mundial. Não estivemos mal nos dois últimos particulares e num dos quais enfrentámos outra Selecção qualificada para o Campeonato do Mundo. Já ficou provado que os Navegadores actuam melhor sobre pressão. No futebol, tudo é possível. Porque não?

Em suma, em relação a este assunto, não me considero nem optimista, nem pessimista. Considero-me realista, se bem que inclinada para o optimismo. Segundo uma frase cujo o autor desconheço, O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas. Nesta metáfora, o ajustar das velas corresponde a darmos tudo o que temos em campo e a puxarmos pela Selecção até ao limite, até deixar de ser possível. É isso que tenciono fazer amanhã e enquanto a Selecção estiver na Àfrica do Sul. Em frente, Portugal! Vamos a eles!

Termino esta entrada com um poema que vi na Sexta-feira, dia 11, no Destak, na parte das cartas dos leitores. Só não me lembro do autor...

Com a Selecção no coração!

Portugal vai cantar,
Portugal vai amar
estar com a Selecção
amá-la com o coração!
Embalemos para a vitória,
ficando na própria história
Tenhamos muita esperança
e toda a confiança!
Acompanhemos com amor,
como Povo lutador,
Olhemos a Selecção,
com fé e emoçao!
Orgulhemo-nos da Selecção,
cantando-lhe com devoçao.
sabendo dar-lhe a mão.
como hino da Nação!
Portugal vai cantar,
Portugal vai amar.
Estando com a Selecção,
temo-la no coração!

Portugal 3 Moçambique 0 - Uma vitória num dia triste

Ontem à tarde, a Selecção Portuguesa venceu a Moçambicana por três golos sem resposta, no último jogo de carácter preparatório para o Mundial 2010. Danny marcou o primeiro golo, aos 51 minutos, e Hugo Almeida marcou os outros dois, aos 74 e aos 83 minutos, salvo erro.

Eu não pude ver o jogo na televisão e nem sequer pude ouvir a emissão inteira pela rádio. Apenas tive oportunidade para ver os hinos e admirar a incrível quantidade de bandeiras portuguesas presentes nas bancadas. A minha irmã, que estava em casa, aceitou mandar-me SMS's quando houvesse golos... e eu, em troca, teria de lhe comprar a revista Bravo.

Quase não consegui acompanhar a primeira parte do jogo e parece que não perdi muito. A Selecção entrou a meio-gás, provavelmente abalada pelo que aconteceu a Nani (falarei disso mais à frente), receando que mais alguém se magoasse. É curioso, pois neste jogo aconteceu o oposto do que geralmente acontece neste tipo de particulares: a primeira parte foi um bocado desinspirada, a segunda parte foi melhor, as susbstituições deram energia à equipa.

Como a professora se atrasou consideravelmente para a aula, pude ouvir os primeiros dez ou quinze minutos da segunda parte, incluindo o primeiro golo que, como o locutor da Antena1 sublinhou, a Selecção Portuguesa marcou em solo sul-africano. Eu não gritei "GOLO", mas sorri abertamente e fiz gestos de triunfo. Estava com medo que se repetisse o jogo de Cabo Verde...

Pelo que ouvi na rádio, o Danny estava a jogar de forma espectacular, mereceu mesmo ter marcado aquele golo. O Navegador contribuiu também para o segundo golo - Hugo Almeida só precisou de dar um toquezinho na bola, orientando-a para a baliza. Mais tarde, Danny afirmaria que "O meu grande objectivo é dificultar a vida do treinador" e eu interrogo-me se seria esse tipo de dificuldades que Queiroz inveja em Maradona. Na altura desse golo, já a aula tinha começado. Só que eu, a certa altura, liguei o leitor só para ver o resultado, e apanhei o golo.

Só soube do terceiro golo quando a minha irmã me enviou uma mensagem: Tamos a ganhar 3-0. Mais tarde, soube que tinha sido Hugo Almeida a marcar.

A aula terminou pouco depois do final do jogo. Eu segui o rescaldo da partida mais uma vez através da rádio, enquanto ia apanhar o comboio de regresso a casa. Uma das coisas que foi realçada foi o facto de Deco estar a melhorar de forma. Ainda bem, não precisamos de mais Navegadores em terra.

Horas antes do jogo começar, estava a ver a SIC Notícias e avisaram, como notícia de última hora, que Ruben Amorim tinha sido Chamado à para se juntar aos Navegadores, na África do Sul. Eu fiquei admiradíssima e pensei logo: Ó diacho, quem é que se terá lesionado? Deixei a televisão ligada no mesmo canal, à espera de mais pormenores. E não demorou muito a ser revelado que era Nani quem regressaria a casa.

Quando soube disso, fiquei consternadaíssima. O Nani não vai ao Mundial?!?!?! Podia lá ser! Como nada tinha ainda sido confirmado oficialmente, conservei a secreta esperança de que tudo não passasse de um boato, de que a lesão não fosse assim tão grave, de que ele não precisasse de voltar. Ledo engano. Ele tinha mesmo de deixar a Selecção.

O destino foi altamente injusto, altamente cruel para o jovem Navegador. O Nani não merecia isto! Ele que fez das tripas coração, sobretudo nos dois primeiros jogos de preparação (foi dos poucos que fez alguma coisa de jeito frente a Cabo Verde), para merecer a titularidade! Até dá vontade de chorar... Ele, à semelhanca do Cristiano, do Deco e do Eduardo, era o último jogador que eu queria ver fora do Mundial. Esta história estragou logo o dia e nem a vitória ajudou muito a atenuar a tristeza por termos perdido o Nani.

Queiroz descreveu mesmo a situação como "o caso mais difícil que tiver de gerir do ponto de vista humano". Afirmou ainda que "A entrega e a obstinação que ele mostrou para disputar o Mundial foram uma das maiores provas de profissionalmismo a que já assisti" e que "o Nani é um exemplo para todos" e eu acrescento: sobretudo para uns quantos jogadores que parecem tomar os seus lugares na Selecção como garantidos.

Em todo o caso, tal como disseram na Antena 1, o Nani ainda é jovem, ainda terá vários Mundiais e Europeus para mostrar o que vale. Mais - e isto sou eu que o digo - o Simão já cá anda há muitos anos, qualquer dia vai-se embora e o Nani ocupará certamente o seu lugar. Embora agora já não tenha tanta certeza, depois do jogaço que Danny fez.

Envio através do blogue um forte e sentido abraço de solidariedade ao Nani, com votos de que recupere depressa e de que regresse à Selecção em breve.

Esta madrugada, dois jornalistas portugueses foram assaltados no hotel onde pernoitavam, ficando só com a roupa que tinham no corpo. Ao ouvir esta notícia, lembrei-me da Guerra do Iraque de 2003, em que Carlos Fino e mais uns quantos jornalistas portugueses passaram por uma situação semelhante... Acho que já prenderam um dos assaltantes, mas não sei se os jornalistas conseguirão recuperar as coisas roubadas. A eles, também envio a minha solidariedade. Só espero é que esta história não se repita.

Nos próximos dias não devo ser capaz de voltar a actualizar o blogue, mas vou tentar escrever pelo menos uma entrada antes da nossa estreia no Mundial. Já falta menos de uma semana...