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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Braço-de-ferro

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Na próxima quinta-feira, dia 31 de agosto, a Seleção Portuguesa de Futebol recebe a sua congénere (*consulta o Google*) faroense no Estádio do Bessa. Três dias depois, desloca-se ao Groupama Arena, em Budapeste, para defrontar a seleção húngara. Ambos os jogos contam para a Qualificação para o Mundial 2018.

 

Os Convocados para esta dupla jornada foram Divulgados na passada quinta-feira e incluíram uma mão-cheia de novidades. Não temos propriamente estreias, antes regressos após ausências prolongadas.

 

Um dos destaques, pelo menos para mim, é Fábio Coentrão. O lateral esquerdo esteve quase dois anos ausente. Tendo em conta que estes últimos dois anos incluíram a vitória no Euro 2016, estes equivalem a uma eternidade.

 

Quem já acompanhe o meu blogue há uns anos saberá que sempre gostei do Coentrão. Pelo talento, pela entrega, pelo inconformismo. Ele, contudo, passou estes últimos dois anos quase sempre lesionado e, a partir de certa altura, perdi a paciência – já não sabia se era lesão mesmo ou se era desleixo. E como, entretanto, tivemos o meu menino de ouro, Raphael Guerreiro, e mesmo Eliseu foi subindo de rendimento, não se pode dizer que Coentrão tenha feito falta.

 

As coisas parecem estar a mudar,  no entanto. Um pouco à semelhança do que fez Nani há três anos, quando regressou ao Sporting por uma época, Fábio Coentrão voltou à tutela de Jorge Jesus, o treinador que o descobriu. Por outras palavras, está a dar um passo atrás para tentar reencontrar-se a si mesmo.

 

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E parece que está a resultar: consta que fez uma bela exibição no outro dia, perante o Steaua de Bucareste.

 

Ainda é cedo para se saber se o Fábio Coentrão que conhecíamos e adorávamos está mesmo de volta. Mas os primeiros sinais são encorajadores.

 

 Que continue assim: talentos como o de Coentrão nunca são demais.

 

O caso de Bruma é diferente. O jovem já tinha sido Chamado algumas vezes à Seleção, sem nunca chegar a vestir a camisola das Quinas. Acho que a última vez foi em 2014, na última Convocatória de Paulo Bento. Bruma acabaria por ser excluído antes do jogo com a Albânia – e, se bem me recordo, não reagiu muito bem.

 

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Essa é, aliás, um dos motivos pelos quais nunca gostei muito do Bruma: pode ser muito talentoso, mas o seu carácter deixa muito a desejar. A confusão com o Sporting, durante o verão de 2013, é um bom exemplo. E ainda há bem pouco tempo, um dos seus antigos treinadores no Galatasaray deixou-lhe críticas há uns meses.

 

Dito isto, parece que a época passada lhe correu bem – segundo a sua página na Wikipédia, Bruma contou onze golos e oito assistências. Foi, também, um dos destaques da Seleção de Sub-21 no Europeu deste ano: dois dos seus golos estão entre os dez melhores da prova. E hoje fez isto. Pode ser que ele tenha ganho juízo e que seja desta que ele se estreie com a Camisola das Quinas.

 

Não tenho nada a apontar aos regressos de Bruno Varela e Nélson Oliveira. João Cancelo, por sua vez, volta a ser Convocado após a sua fífia no jogo contra a Suécia. Se bem se recordam, ele marcou três golos em quatro jogos, há um ano – um bom registo para um lateral direito. Confesso que gosto mais dele do que do Nélson Semedo – que não deixou grande impressão na Taça das Confederações e ainda foi expulso no jogo do terceiro lugar.

 

É possível, no entanto, que volte a ser Convocado daqui a um mês, quando não estiver castigado.

 

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Fernando Santos, de resto, afirmou que existem vários jogadores “à porta” da Seleção – como Ricardo Pereira e Bruno Fernandes. (A minha irmãzinha sportinguista tem, aliás, refilado com a exclusão deste último. Eu mesma também estranho que ele nem sequer tenha sido Chamado aos Sub-21, tendo em conta o que fez nos últimos dois jogos do Sporting.) Disse mesmo que essa porta não tem chave, que tanto dá para entrar como para sair.

 

Eu, pelo menos, imagino-a como uma porta giratória.

 

Estamos, então, na penúltima jornada desta Qualificação. Praticamente nada mudou desde há quase um ano: Portugal está em segundo lugar, a três pontos da Suíça. Um braço-de-ferro entre portugueses e suíços, sem que nenhuma das partes ceda. Nesta altura do campeonato, toda a gente sabe que a Qualificação só se decidirá a 10 de outubro. Estamos apenas a fazer tempo até esse jogo. Só não digo que estamos apenas a cumprir calendário porque temos de ganhar os jogos. Caso contrário, tudo isto se complica.

 

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E sem necessidade. Temos tudo para ganhar o jogo em casa, com as Ilhas Faroé – se possível com muitos golos, para não ficarem dúvidas para o eventual desempate com a Suíça.

 

O jogo com a Hungria, por sua vez, será um pouco mais complicado. Para além de os húngaros estarem uns quantos furos acima dos faroenses, eles jogarão em casa. Em teoria, seria um dos jogos mais difíceis desta Qualificação. Na prática – na minha opinião, pelo menos – os húngaros não são tão ameaçadores como no ano passado. Pouca luta deram no jogo da Luz, este ano, e ainda perderam com a Andorra, em junho.

 

Preocupa-me mais o facto de o jogo decorrer apenas três dias depois do jogo no Bessa, com uma viagem pelo meio. Tirando isso, não temos desculpas. Somos Campeões Europeus, não somos?

 

Não, não acredito que percamos pontos nesta dupla jornada. Como disse o Selecionador, vamos ganhar estes três jogos e depois, no dia 10, vamos dar uma prenda de aniversário a Fernando Santos (adorei que ele tenha disto isto!).

 

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Continuem a acompanhar o braço-de-ferro que está a ser esta Qualificação, quer através deste blogue, quer através da sua página no Facebook.