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O Meu Clube É a Seleção!

Mulher de muitas paixões, a Seleção Nacional é uma delas.

Espanha 1 Portugal 0 - Fim da linha

A Espanha venceu-nos há pouco por uma bola sem resposta e expulsou-nos do Campeonato do Mundo 2010 da África do Sul. Fim da linha para a Turma das Quinas.

Ainda não acredito que já tenha tudo acabado. A verdade ainda não me atingiu por completo. Estava bastante optimista antes do jogo. Vocês leram a entrada anterior, que acabei de escrever poucas horas antes do início do encontro. Sabia que ia ser difícil, que não tínhamos os argumentos que tivemos noutras competições deste género, que havia equipas muito melhores do que a nossa, que a Espanha é uma das grandes candidatas ao título, mas tinha imensa fé na Selecção, imensa fé nestes homens, acreditava mesmo num milagre. Não foi o que aconteceu, agora vamos para casa.

Os nossos vizinhos entraram muito bem, fizeram para aí uns três ou quatro remates nos primeiros minutos, mas também serviu para o Eduardo "mostrar as garras", fazendo umas defesas espectaculares. Contudo, os portugueses, embora sem conseguirem ter muitas oportunidades, lá conseguiram travar o ímpeto espanhol. A primeira parte acabou, portanto, por ser muito equilibrada.

Na segunda parte, não percebi porque é que o Hugo Almeida saiu e pelos vistos não sou a única - e o pessoal já começa a pegar nesta substituição para esfaquear o treinador. O golo da Espanha foi o golpe fatal. Imediatamente antes do golo, eu e a minha irmã (com quem estava a ver o jogo) soltávamos gritinhos do género: "Agarra a bola!". Quando a bola cruzou a linha de baliza, emudecemos. No Telejornal da RTP usaram uma expressão excelente para descrever esses momentos: gelo absoluto. "O coração parou de bater aos 63 minutos..." Eu realmente sentia-me como se parte do meu cérebro tivesse sido congelada.

Antes do jogo, já se previa que a equipa que marcasse primeiro tinha o jogo quase ganho. Foi, de facto, o que aconteceu. Sofremos um golo e desfizémo-nos. Eu nem os posso censurar, pois também tive de fazer um esforço por me manter fiel à minha máxima: "Até o árbitro apitar três vezes". Eu nunca deixei de acreditar, embora fosse uma crença muito frágil.

Ainda não percebi muito bem porque é que o Ricardo Costa foi expulso. Nas repetições só mostravam o jogador espanhol agarrado à cara. Também não percebi muito bem porque é que o Ricardo Costa alinhou de início, mas não vou seguir o exemplo de muita gente por aí, que se prepara para crucificar o Seleccionador, quando provavelmente nem devem ter metade dos conhecimentos futebolísticos que Carlos Queiroz tem.

E o árbitro lá apitou três vezes, acabando de vez com o nosso sonho. Os espanhóis em festa, os portugueses com semblantes carregados, o Eduardo de lágrimas nos olhos. Ele realmente não merecia isto, depois de tudo o que fez pela Selecção, neste jogo e não só. De facto, já o elegeram, a ele e a Fábio Coentrão, como as grandes revelações da Selecção Nacional.

Entretanto, o Cristiano desceu na minha consideração. Quando ele passou, de lágrimas nos olhos, diga-se, na zona mista, quando os jornalistas lhe pediram explicações para a derrota, ele disse:

- Fale com o Carlos Queiroz!

Não sei se estas são as palavras exactas, mas isso não interessa para o caso. A polémica ainda não rebentou por completo, mas já se fala em "infantilidade", "birra" e "arrogância" e certamente esta frase será outra pedra atirada a Queiroz. Tal como critiquei Deco quando ele fez a sua declaração polémica, também critico o Cristiano pelo que disse. Eu pensava que ele tinha crescido, que estava a assumir-se como líder da Selecção, que estava a seguir os passos do Figo, mas pelos vistos estava redondamente enganada. Francamente, Ronaldo... Já se fala que o madeirense arrisca-se a perder a braçadeira de capitão. Eu concordo, mas duvido que tal aconteça. Contudo, também acho que o mediatismo associado a ele é exagerado: o Fábio Coentrão e o Eduardo fizeram muito mais pela Selecção neste Mundial do que ele e não se puseram a mandar bocas deste género. OK, ele não devia estar a pensar friamente, mas ele é adulto, valha-me Deus. Já não tem a desculpa de ser "jovem"... E ele é o capitão da equipa! Nas vitórias e nas derrotas!

Eu detesto estas situações, da mesma maneira que odiei o murro de João Pinto em 2002 e o "murro" de Scolari no Apuramento para o Euro 2008. Eu sei que não é comparável, mas já é mau perdermos, será pedir demais que o façam com um mínimo de dignidade, mantendo a equipa unida? Tem sempre de haver uma questão polémica para nos deitar ainda mais abaixo? O pior é que eu acho que esta polémica ainda agora começou...

Mudando de assunto, aposto que nos próximos dias vão pedir (ou exigir) a demissão de Carlos Queiroz. É o costume, o técnico é sempre a vítima preferida. Contudo, não acho que existam culpados para este resultado. Tanto quanto sei, todos fizeram o melhor que puderam. Já sabíamos que ia ser difícil. Os espanhóis marcaram, nós não, ponto final. Em relação ao Seleccionador, eu acho que ele deve continuar no comando da Selecção. Ele não tem feito um trabalho assim tão mau na Selecção. Nós demos luta neste Mundial. Não foi um completo fracasso. Se o treinador é responsável pelas coisas más, também é responsável pelas coisas boas. Além disso, a adaptação de Queiroz foi complicada e afectou o percurso da Selecção. Não precisamos de outra fase de adaptação.

Eu devia dizer algo do género: "OK, perdermos, agora temos de pensar na qualificação para o Euro 2012", mas ainda não estou nessa fase. A ferida é ainda recente. Contudo, existe algo que não mudou: o meu apoio à Selecção. Eu não sou daqueles pseudo-adeptos bipolares, que quando ganhamos é só elogiros à Selecção, mas quando perdermos só dizem cobras e lagartos de tudo e de todos. Eu não faço isso. Nunca o fiz e nunca o farei. Posso deixar de ser tão expressiva no meu apoio, mas não deixarei de apoiar. O meu clube é a Selecção. É o meu clube nas vitórias e nas derrotas. Até depois de morta. E não me interessa o que pensam disso.

Portugal 0 Brasil 0 - Dos grupos ao "mata-mata"

Devia ter escrito mais cedo, mas fui passar o fim-de-semana fora, sem acesso à Internet. Na Sexta-feira, a Selecção Portuguesa empatou sem golos com a sua congénere brasileira e qualificou-se para os oitavos-de-final. A passagem aos quartos-de-final será disputada com a Espanha, uma das principais favoritas ao título mas que não mete medo à Turma das Quinas.

Desta feita, fui assistir ao nosso terceiro jogo no Mundial ao Campo Pequeno na companhia de amigos. Ou melhor, assistimos ao jogo no exterior da Praça, ao ar livre, através de um ecrã gigante, juntamente com centenas de adeptos. A larga maioria eram portugueses, mas também havia um número considerável de brasileiros. Felizmente, o ambiente era amigável, não houve quaisquer desacatos. Do meu grupo, eu era a única que vinha "equipada", como disse a Inês: com um top, um boné e um cachecol de Portugal e ela nem viu as meias... Mas também se via gente ainda mais expressiva do que eu em termos de roupa. Também se ouviam vuvuzelas e buzinas que emitiam um som semelhante - e, realmente, aquilo acaba por fazer dores de cabeça ao fim de algum tempo. Ainda por cima, mais tarde, quando ia para o Metro, um deles teve a triste ideia de começar a tocar no túnel. Adicionem ao som incomodativo o eco de um túnel do Metro...

Foi bom ver o jogo junto àquela gente toda, cantar o hino em coro, de cachecol esticado, puxar pelos jogadores em coro, soltar exclamações de quase-que-era-golo em coro, gemer quando os outros apontam à nossa baliza em coro. O jogo até não foi mau, foi bastante equilibrado, ambas as equipas deram luta. Não foi o jogo intenso e vibrante que eu esperava de um Portugal-Brasil, mas também era difícil que assim fosse num jogo praticamente a feijões. Só faltaram mesmo os golos: tive imensa pena de não poder celebrar um golo em coro com aquela gente toda.

Na primeira parte, estranhei os cartões amarelos todos que o árbitro ia mostrando. Graças a Deus, que nenhum deles foi mostrado a um Navegador previamente amarelado. Se tivesse sido o Ronaldo, era o bom e o bonito. Na altura, cheguei mesmo a comentar com os meus amigos:

- Não acham que ele está a exagerar nos amarelos?

Outras coisas que também marcaram a primeira parte foram as constantes faltas sobre Pepe. O David até comentou:

- Os brasileiros estão mesmo zangados por ele se ter neutralizado português...

Eu tinha era medo de que aquelas entradas todas lhe agravassem a lesão.

Felizmente, as coisas pareceram acalmar-se na segunda parte. Portugal esteve mais vezes perto de marcar, mas o marcador teimava em não abrir. E manteve-se fechado até ao apito final. O Brasil ficou em primeiro lugar do grupo e Portugal ficou em segundo. Findo o jogo, aguardámos ansiosamente pelos jogos do grupo H, para saber quem era o nosso adversário. Eu ainda mantive a secreta esperança de que a Espanha ficasse em segundo, mas tal não aconteceu. Vamos hoje enfrentar os nossos vizinhos nos oitavos-de-final.

Quando se soube o resultado do jogo de Espanha, a primeira coisa que disse foi:

- Eu acredito em milagres.

Contudo, agora penso que não será propriamente um milagre se conseguirmos vencer os espanhóis. No início do Mundial eles eram a minha aposta, mas depois da derrota com a Suíça... Além disso, dizem que temos dos melhores ataques da prova - embora ache um bocado precipitado dizer isso, quando só marcámos num jogo, mesmo que tenham sido sete golos - e das melhores defesas - com esta concordo. Os grandes candidatos ao título (a Argentina, a Alemanha, a Holanda, o Brasil), bem como os ex-grandes candidatos ao título (a França, a Itália e a Inglaterra) já sofreram golos, mas nós não - e estivémos no "grupo da morte"! O Eduardo não deixa nada cruzar a linha de baliza! O Eduardo e não só.... também os nossos defesas. Tendo em conta os golos que sofremos, os jogos que perdemos, por "erros defensivos", é reconfortante pensar que a defesa já não é um problema.

Eu sei que a Espanha continua a ser uma forte candidata ao título, que a forma como se aborda um jogo em que os pontos contam é diferente da forma como se aborda o "mata-mata". Os castelhanos entrarão para ganhar. Contudo, também sei que os Navegadores se deixarão de rodeios e entrarão para ganhar. E mesmo que não entrem, mesmo que se ponham à defesa, mesmo que não marquem golos... bem, se não sofrermos golos, não somos vencidos. Por isso, é que acredito que a coisa se arrastará até aos penálties - isto se não marcarmos antes, o que eu duvido, mesmo assim. Se de facto chegarmos aos penálties tudo pode acontecer. Contudo, estou a pensar na primeira final da Taça da Liga, que opôs o Vitória de Setúbal ao Sporting. Não sei se já falei deste jogo cá no blogue. Na altura o Eduardo jogava pelo Vitória. Lembro-me de me rir ao ver o contraste entre o Eduardo, alto e bem constituído, e o guarda-redes do Sporting (o Rui Patrício?), um autêntico magricela - passe a expressão. Se não me engano, o Eduardo defendeu três penálties. Eu sei que não dá para comparar o Sporting com a Selecção Espanhola, mas...

Eu acredito na passagem aos quartos. Será difícil como o catano, mas não é de todo impossível. Ontem disseram-me que hoje faz dois anos desde que eles ganharam o Euro 2008 - 'bora estragar-lhes a enfeméride? 'Bora repetir Aljubarrota? 'Bora repetir o 1º de Dezembro? 'Bora repetir o jogo de 20 de Junho de 2004 (o primeiro a que assisti ao vivo, o jogo em que o Cristiano se estreou como titular na Selecçao)? Vamos fazê-los amaldiçoar o dia em que Afonso Henriques resolveu tornar o Condado Portucalense independente de Leão e Castela! Vamos a eles! Força Portugal!

Portugal 7 Coreia do Norte 0 - Das Tormentas à Boa Esperança e o Adamastor ficou cheio de Ketchup

Vinte e quatro horas atrás, se alguém me dissesse que, no encontro entre Portugal e a Coreia do Norte, a Selecção Nacional ia enfiar sete bolas na baliza adversária, sem resposta, eu diria:

- Meu, isso é delírio!

Mesmo agora, mais ou menos vinte e duas horas depois, ainda não consigo acreditar que ganhámos por uma margem tão grande. Nem nos meus sonhos mais irrealistas imaginava que íamos vencer por 7-0. Sete-zero!

Vou, então, recuar vinte e quatro horas. Como ia ter exame às duas da tarde, impossibilitando-me de ver o jogo todo, tinha vindo de manhã para a Faculdade. Como queria ver pelo menos a primeira parte, fui almoçar cedo. Tinha ouvido dizer que na Sala de Alunos da Faculdade de Medicina costumavam projectar os jogos, mas não queria almoçar lá. Naquela a que nós, os alunos, chamamos Cantina Velha, as refeições são mais baratas. Além disso, tinha esperança de que passassem lá o jogo também. Cheguei lá cedo, ainda antes de começarem a servir as refeições. Optei por comer lasanha de soja da Macrobiótica, mas vim comer cá para fora, que o dia estava bonito. Ao mesmo tempo, ia ouvindo a Antena1 através do meu leitor de MP3. Fiquei a conhecer a constituição do onze incial e que aquele estádio, na Cidade do Cabo, tinha até agora merecido a metáfora de "Cabo das Tormentas", visto que até agora ninguém tinha ganho lá, incluindo anteriores campeãs mundiais, como a Itála, a Inglaterra e o Paraguai. Seriam os portugueses, novamente, os primeiros a dobrar o Cabo das Tormentas, a transformá-lo em Cabo da Boa Esperança? Eu esperava que sim.

Outra coisa que ouvi era que o Verão começaria rigorosamente ao meio-dia e vinte e oito minutos, pouco antes de a Selecção entrar em campo. Desejei que fosse também a essa hora que acabasse de vez esta fase um pouco nublada da Equipa de Todos Nós.

Entretanto, o Nani tinha já enviado uma mensagem de apoio aos companheiros de Selecção:

Meus queridos guerreiros nacionais

Há 522 anos, o português Bartolomeu Dias conseguiu, pela primeira vez, ultrapassar o Cabo das Tormentas, demonstrando que era possível ultrapassar o extremo sul de África por mar, apesar das muitas tempestades e perigos. O nome foi mudado para Cabo da Boa Esperança e é esta esperança que hoje, quase sete séculos depois, vocês vão continuar a alimentar. Na mesma cidade, apesar de todas as dificuldades e perigos, contra ventos e marés, vocês conseguirão manter bem vivo o sonho português, conseguirão dobrar todas as tormentas.
E eu estarei aqui, tão longe e tão perto, a torcer, a vibrar e a festejar com vocês. Hoje, todo o Mundo perceberá quem são os guerreiros nacionais.
Com votos das maiores felicidades
Um forte abraço deste vosso companheiro e amigo
Nani

Foi querido. No Destak, na parte das cartas dos leitores, havia este poema:

Força Portugal
Continuamos confiantes
Na nossa Selecção
Porque não são apenas
Uma equipa com emoção
São também uma Nação

Que a próxima disputa
Tenha emoção e luta
Tenhamos confiança
E até ao último minuto
Na Selecção Nacional
Com fervor e sem igual
Força Portugal

Alexandrina Silva

Nem Nani nem a autora deste poema calculava quão verdadeiras se tornariam as suas palavras em poucas horas. Ninguém calculava.

Um pouco antes do início do jogo, uns alunos pediram que se ligasse a televisão junto ao balcão dos bitoques, para ver o jogo. Eu ainda não tinha acabado de comer, mas fui logo marcar lugar junto à televisão. Era uma das antigas, sem grande qualidade, com muitos reflexos no ecrã que dificultavam a visualização, pré-histórica quando comparada com o tão publicitado HD, mas tinha uma grande vantagem: a sincronização com o relato da rádio era quase perfeita. No dia do jogo com a Costa do Marfim tentei ouvir o rádio enquanto via a emissão na RTP HD mas a descrepância era de quase dez segundos - e acontece muita coisa em dez segundos. Se até os comentários da televisão estavam desfasados com as imagens... O entusiasmo dos locutores da rádio (pelo que apanhei, eram Alexandre Afonso e Nuno Matos) era contagiante e aumentou os meus níveis de excitação.

Os portugueses entraram bem no jogo, de resto, se bem que os norte-coreanos fossem dando luta e pregando uns sustos ocasionais. Ontem, houve muito mais garra, muito mais determinação, muito menos medo, isso ficou evidente quase logo desde início.

Até que, perto da meia-hora de jogo:

- GOLO! - gritei eu em coro com todos os que assistiam, libertando a ansiedade e o nervosismo que, apesar de tudo, me acompanhavam desde o início. Levantámo-nos todos, com os punhos cerrados em sinal de triunfo, e uns miúdos de um campo de férias que estavam lá a almoçar correram para junto de nós mal ouviram os gritos. Um deles até me perguntou:

- Quem marcou?

- Foi o Raúl Meireles.

Na altura, agradeci mentalmente aos jogadores (e tenho quase a certeza de que eles ouviram) e esperei que aquele que era o nosso primeiro golo no Mundial fosse o primeiro de muitos neste campeonato. Não calculava é que muitos desses golos seriam marcados já neste jogo.

Finda a primeira parte, resolvi ir-me embora. Entraria em exame daí a pouco mais de meia hora, se começasse a ver a segunda parte certamente não conseguiria sair a meio. Regressei então à minha Faculdade, sem, contudo, deixar de ouvir a rádio. Mesmo quando me juntei a colegas para revisões de última hora - revisões que, por sinal, ajudaram-me - continuei a ouvir a emissão em volume baixo, embora tivesse a atenção voltada para outra coisa.

Quando o Simão marcou o segundo golo, eu não percebi logo. O locutor só gritava:

- Já lá mora! Já lá mora!

E eu só pensava: "Eh pá, não podias gritar GOLO! primeiro? Assim uma pessoa baralha-se". Depois, foi eu quem comunicou às minhas colegas:

- Olhem, o Simão marcou.

Fiquei satisfeita. 2-0 certamente já consolidaria a vitória, podia fazer o exame descansada, aquilo estava no papo. Contudo, ainda digeria o golo do Simão, já o Hugo Almeida marcava o terceiro. Quando o anunciei, a Sara, que estava um bocado nervosa com o exame, comentou:

- Ao menos que corra bem a alguém.

E logo a seguir, mais um golo. Desta feita, como já aumentara o número de alunos naquela zona, à espera de entrar para exame, já houve quem gritasse golo. Foi aí que percebi: o ketchup estava a jorrar. A minha irmã, que não sabia se eu estava a ver o jogo, ia-me enviando mensagens anunciando os golos. Neste quarto golo, escreveu o seguinte: Nós hoje não paramos, o tiago traz outro! Eu entretanto já tinha enviado uma dizendo: E vão 4! Não sei se foi nesse golo se noutro, acho que foi em vários, mas achei imensa graça a algo que o locutor da rádio disse, enquanto festejava o golo:

- É meu, é teu, é nosso, é de Portugal!

Pouco depois, entrámos para o auditório, onde íamos fazer o exame. Eu ia já com um sorriso no rosto. Distribuídos os exames por todos, numa altura em que os primeiros a receber o exame já escrevinhavam, um dos professores de vigia, de telemóvel e respectivo auricular na mão, disse:

- OK, Portugal está a 4-0, a gente avisa se marcarem.

Ouviram-se risos. Pouco depois, contudo, já ele anunciava o quinto golo, mas não disse quem tinha marcado. Concentrámo-nos no exame. A onda positiva estendeu-se ao teste, que era mais fácil do que eu estava à espera e me correu bastante bem. Uns minutos depois, penso que nessa altura já o jogo tinha acabado, uma professora de outra cadeira entrou e, com os dedos, fez sete-zero.

- E o Ronaldo marcou - acrescentou ela.

Quando o exame acabou não fui para casa uma vez que ainda tinha uma consulta no dentista daí a duas horas. Voltei a sintonizar a Antena1 no meu leitor de MP3, de modo a ir acompanhando o rescaldo do jogo e as avaliações do desempenho. Segundo um dos comentadores (o Joaquim Rita?), a Selecção libertou-se finalmente do "atadismo", jogou com garra, com coragem, com alegria. Como dizia hoje no Record, a Selecção assumiu "atitude ambiciosa para parecer digna do lugar que ocupa no ranking da FIFA". Agora estamos "com um pé e meio" (não me lembro de quem disse isto) nos oitavos-de-final, até podemos qualificarmo-nos se perdermos com o Brasil. No Trio D'Ataque de ontem, o apresentador Carlos Daniel disse mesmo que tínhamos saído dali com "mais equipa", já que se todos os jogadores demonstraram ter valor em campo.

O Tiago é capaz de ter sido o jogador que mais surpreendeu pela positiva. A noção que eu tinha dele nunca foi de um jogador brilhante. Acima da média, mas não era nada do outro mundo. Lembro-me até de ouvir, há uns anos, já nem me lembro por quem, que se o Tiago, se fosse mais rápido, podia ser o melhor do Mundo. Eterno suplente de Deco na Selecção, nunca se conseguiu impôr. Ontem, nem o reconhecia. No Record resumiram bem o jogo dele: "exibição esmagadora (...) como que querendo recuperar num só jogo todo o tempo perdido nestes anos para se afirmar como uma mais-valia indiscutível da Selecção Nacional". Ficou provado que, sem tirar qualquer mérito a Deco que, apesar de já ter visto melhores dias, já fez muito pela Selecção, os habituais comentários de que "o Deco é insubstituível", que "a Selecção não é a mesma sem Deco" não eram totalmente verdade. É sempre bom saber que temos alternativas. Por outro lado, o seu caso é semelhante aos casos de Nani e Hugo Almeida, que não sendo titulares permanentes, aproveitam todas as oportunidades para mostrar o seu valor, para dizerem ao Mister que eles também são opção.

Por falar no Nani, tenho pena de ele não ter participado nesta festa. Tenho a certeza de que ele também teria marcado um golo ou dois e celebrado com o seu mortal.

O Cristiano Ronaldo lá quebrou o seu jejum, com um golo bizarro, mas para mim, mais marcante do que isso, foi ele ter oferecido o prémio de Homem do Jogo a Tiago. Foi um gesto bonito. Vê-se que ele está mais maduro, que começa a desempenhar o papel que Figo desempenhou, como líder da Selecção. Isso, para mim, tem mais valor do que os golos que ele marca.

Talvez seja ainda euforia pós-goleada, mas tenho esperanças de que seja um ponto de viragem, que seja como o Portugal-Rússia do Euro 2004, em que começámos mal e chegámos à final. Eu sei que a Coreia do Norte é uma equipa fraca, que pode haver quem ache que Portugal "não fez mais do que a sua obrigação", mas ninguém pode negar que soube tão bem... Nem me lembro de um resultado tão dilatado em Europeus ou Mundiais. Só me lembro do 7-1 à Rússia, na qualificação para o Mundial. Pode não valer mais do que três pontos, mas servirá para aumentar a confiança e talvez para estimular ainda mais o apoio por parte dos adeptos. Eu, pelo menos, já vi mais bandeiras nas janelas da minha avenida...

O nosso próximo jogo é na Sexta-feira, frente ao Brasil. Deve ser provavelmente um dos jogos mais aguardados da fase de grupos. Eu tenho pena de o Kaká não jogar - apesar de nos facilitar a vida, é mau para o espectáculo. Se é para termos um Portugal-Brasil no Mundial, o ideal seria se fosse um jogo daqueles de igual para igual, renhido, cheio de bom futebol, cada equipa com o seu "melhor do Mundo". Não dá, paciência. Em todo o caso, todos os que ouvi estão de acordo e eu também: convém entrarmos a matar, com o espírito, a garra e a paixão com que entrámos hoje, esforçarmo-nos por fazer um bom resultado. Mesmo que já não seja certo que o primeiro lugar ajuda a fugir da Espanha. Para reforçar aquilo que começámos a demonstrar ontem: que estamos aqui para fazer estragos, para ir o mais longe possível. Como diz o Nani, para mostrar ao mundo quem são os guerreiros portugueses!

Depois de uma semana de Mundial

Já passou uma semana desde o início do Campeonato do Mundo do ano de 2010. A primeira jornada, segundo consta, foi a primeira jornada com menos golos da história dos Mundiais. É claro que trouxe algumas surpresas, sendo a maior de todas a derrota da Espanha aos pés da Suíça, de que já falei na entrada anterior.

A segunda jornada só começou ontem (ou anteontem, não tenho bem a certeza) mas já mostrou trazer mais uns quantos golos (os 4-1 da Argentina frente à Coreia do Sul) e mais umas quantas surpresas. Uma delas, a derrota da França pelo México, por duas bolas sem resposta e, apenas há poucas horas atrás, a vitória da Sérvia frente à Alemanha.

Começo por falar da Espanha, visto que o seu percurso do Mundial é o que mais interessa à Turma das Quinas, dada a possibilidade dos nossos vizinhos se cruzarem connosco. Eu ainda estou em choque. A Espanha era a minha aposta para Campeã do Mundo. Mas, por outro lado, isto também me alivia, pois esta derrota diminui as probabilidades de os espanhóis passarem à fase seguinte em primeiro lugar. E como é quase impossível nós irmos para o mata-mata em primeiro lugar, assim, pode ser que não apanhemos a Espanha nos oitavos-de-final, se lá chegarmos.

Passemos agora à França. Confesso que a derrota deles quase que me satisfez mais do que a derrota da Espanha. Não deixa de ter o doce sabor da vingança por nos ter expulso do último Mundial com uma grande penalidade duvidosa, bem como por só terem conseguido passaporte para esta fase final através de uma "mão de Deus". Quem ainda deve estar mais feliz são os irlandeses. Ou antes, devem estar divididos entre a euforia ("Ah, ah! O castigo tarda mas não falha!") e a raiva ("Isto só prova que nós é que merecíamos estar lá!"). Hoje li no Record que a Pizza Hut de Dublin tinha prometido oferecer trezentas e cinquenta pizzas a uma equipa por casa golo que esta marcasse à França. Depois deste jogo, parece que os mexicanos vão ter direito a setecentas pizzas. Bom proveito!

Finalmente, soube há pouco que a Alemanha caiu aos pés da Sérvia, por uma bola sem resposta. É certo que os alemães estavam a jogar amputados de um jogador, mas mesmo assim... Lá se vai mais um grande candidato ao título... Eles que tinham reafirmado o seu carácter de favoritos depois do 4-0 frente à Austrália...

Realmente, os grandes já não são o que eram... O meu irmão até comentou:

- Comparados com estes, até nós parecemos bons... Agora já se percebe porque é que estamos em terceiro lugar no ranking: os habituais grandes não estão a dar uma para a caixa!

Com os habituais candidatos ao título a obterem resultados longe de brilhantes, vou-me convencendo cada vez mais que o resultado do nosso jogo de estreia não foi tão mau como certas pessoas pintaram. Quer dizer, nós ainda temos a "desculpa" de termos jogado com uma das melhores selecções africanas. A Inglaterra empatou com os Estados Unidos! E a Espanha perdeu com a Suíça! Hei, se os habituais favoritos continuarem a desiludir desta maneira, talvez até tenhamos hipóteses de sermos campeões! Eh, eh, eh!

No que toca à Selecção Portuguesa, ainda se sentem as réplicas das polémicas palavras de Deco no final do nosso jogo de estreia. Sobre este assunto, Laurentino Dias afirmou que os Navegadores deviam falar menos e jogar mais. "Mais futebol e menos conversa", pediu ele. O meu pai, por acaso, concorda com Laurentino Dias. Segundo o meu pai, não deviam deixar os jogadores de futebol falarem, pois, segundo ele, muitas vezes falam mal o português e raramente dão uma para a caixa. Admito que tanto ele como o Secretário de Estado do Desporto (é esse o cargo que Laurentino Dias ocupa, não é?) têm uma certa razão, mas pode haver quem conclua, a partir dessas palavras, que Laurentino Dias vê os Navegadores exclusivamente como jogadores, não como pessoas. Pois eu gosto de conhecer o lado humano dos jogadores, gosto de saber como é que sentem os jogos, como é que convivem uns com os outros, como é que se tratam uns aos outros. É por isso que gosto de programas como Ligados a Portugal e Os Incríveis, embora nem sempre tenha paciência para vê-los até ao fim.

Por outro lado, pude assistir às duas últimas Conferências de Imprensa de jogadores da Selecção (do Eduardo e do Liedson) e nenhum deles disse nada de especial. Foi quase tudo:

- Está tudo bem, o ambiente dentro da Selecção é óptimo, não, não tenho medo de ser substituído, o que interessa é a equipa, isto são decisoões do treinador, etc, etc, etc.

Parece que na semana passada não era tanto assim, desde que o Deco disse aquilo que os jogadores têm evitado ao máximo desviarem-se do politicamente correcto. Mas eu compreendo. Eles sabem que, se falam demais, a Comunicação Social pegam naquilo, exploram até ao tutano e a credibilidade da Selecção é que paga. Realmente, se fosse sempre assim é que não valia mesmo a pena ouvir os jogadores.

Eu não os posso censurar. Pode haver quem diga que os jogadores falam mal em público por terem poucos estudos, mas eu tenho o 12ºano feito e farto-me de gaguejar só para apresentar um mísero PowerPoint na Faculdade. Imaginem-me numa Conferência de Imprensa, com os holofotes todos voltados para mim... Não deve ser fácil lidar com a Imprensa.

Na Segunda-feira temos o nosso segundo jogo do Mundial, frente à Coreia do Norte. Será ao meio-dia e meia. Eu não sei se vou conseguir ver, visto que tenho um exame e devo passar o dia todo na Faculdade. Não devo encontrar televisão, devo só poder ouvir o relato pela rádio. E mesmo assim, não conseguirei ouvir a segunda parte toda, visto que o exame é às duas da tarde... Se queremos passar à segunda fase deste campeonato, teremos de ganhar à Coreia do Norte. E para ganharmos à Coreia do Norte, teremos de entrar em campo com uma atitude diferente da do jogo com a Costa do Marfim. Sem medo, pessoal! O Liedson disse hoje que, certamente, na Segunda-feira, os jogadores não estarão tão nervosos, visto que já não sentirão aquela ansiedade do jogo de estreia.

Eu acredito que venceremos a Coreia. Para já, é uma Selecção teoricamente mais fraca do que a da Costa do Marfim. Embora isso já pouco signifique - este Mundial está recheado de exemplos disso! Por outro lado, como já referi aqui no blogue, os Navegadores funcionam melhor se sentirem a qualificação ameaçada. Sim, é possível. Ainda é possível termos um bom Mundial. Eu acredito. E nunca deixarei de estar com a Selecção. Mesmo quando estiver no exame, totalmente concentrada na matéria, uma parte ínfima de mim não deixará de torcer por uma vitória. Força!

Costa do Marfim 0 Portugal 0 - E agora?

Ontem a Selecção Portuguesa estreou-se no Campeonato do Mundo de 2010 com um empate sem golos frente à Costa do Marfim.

O jogo esteve longe de ser brilhante. Ao contrário de muito boa gente, eu pude ver o jogo, mas mais valia não ter visto. Como tenho MEO, resolvi experimentar ver o tão publicidado canal interactivo, com ferramentas que permitem sintonizar uma câmara sempre apontada para o treinador. Realmente, era giro. E a qualidade era excelente. O pior é que os comentários e as imagens não estavam em sincronia, mais ou menos o que acontece quando ouvimos o relato na rádio e vemos na televisão ao mesmo tempo. Pois, o Ricardo Araújo Pereira e companhia esqueceram-se de mencionar esse pormenor.

Depressa se percebeu que o resultado não ia ser famoso. Os Navegadores estavam a jogar de forma muito esquisita, não sei explicar bem, e enervaram-me. De resto, já se fizeram muitos relatos de como jogámos, não vale a pena dizer a mesma coisa. Em relação à primeira parte, vou só mencionar o tiro do Cristiano aos dez minutos, que se tivesse acertado no alvo podia ter mudado por completo o enredo do jogo, e o cartão amarelo do mesmo jogador. Quando o árbitro o mostrou eu pensei logo: Boa, o Mundial ainda agora começou e este já está amarelado. Se me vê outro, corre o risco de falhar um jogo. Se isso acontece, será o bom e o bonito. Depois, quando mostraram a repetição, deu para ler nos lábios dele as doces palavras que dirigiu a um adversário. Eu comentei para o meu irmão:

- É impressão minha ou ele 'tava a dizer...?

- 'Tava - confirmou o meu irmão.

Parece que a Federação vai pedir a anulação do cartão amarelo, de resto. Anunciaram isso no site deles (
http://www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/SELECCOES/NOTICIA?notid=9350734). Eles alegam que o Cristiano "foi rasteirado e empurrado à entrada da grande área da selecção da Costa do Marfim. Assim que se levantou, foi rodeado por jogadores adversários, tendo sido empurrado e insultado". Nessa parte, acredito. Eles afirmam mais à frente que ele "apenas se procurou afastar daqueles jogadores", mas não mencionam o palavrão, por isso não podem dizer que ele apenas se quis afastar. Em todo o caso, visto que ele foi provocado, também acho que o cartão amarelo foi um bocado exagerado. Contudo, duvido que aceitem retirar o cartão.


Mais tarde, vimos o Ricardo Carvalho também dizer "f**k off!" a um adversário.

- Olha outro - comentei eu.

- Eles sabem as conjugações todas deste verbo! - gracejou o meu irmão - Sabem os phrasal verbs todos!

Embora não tenha assim tanta piada quanto isso, às vezes divirto-me a ler os lábios de jogadores e treinadores durante os jogos, tentando descortinar os palavrões que dizem.

Mas voltando ao jogo, durante o intervalo desejei que Carlos Queiroz estivesse naquele preciso momento a dar um valente puxão de orelhas aos jogadores e que eles entrassem melhor na segunda parte. Enganei-me. A segunda parte foi tão má quanto a primeira, no meu humilde ver. O que nos valia era termos uma boa defesa, era termos o Eduardo sempre atento. Houve alturas em que quase desejei que o jogo acabasse, para acabar de vez com aquele sofrimento. Contudo, aquilo que eu realmente desejava era um golo, um mísero golo. Não tive sorte. O marcador manteve-se por abrir até ao apito final. Quando o jogo acabou, a minha reacção foi:

- OK. Empatámos. E agora? Como é?

Depois do jogo fui ouvindo entrevistas, comentadores, procurando explicações para o fraco desempenho da equipa. O Deco, na zona mista, criticou a opção de Queiroz de pô-lo a jogar numa posição que não é a sua habitual. O Navegador já pediu desculpas, já afirmou que disse aquilo "a quente, e sem o melhor discernimento, pois o jogo tinha terminado há pouco e sentia-me profundamente frustrado por não ter ajudado a equipa a ganhar". Não será a primeira nem a última vez que uma situação dessas ocorrerá. Contudo, uma atitude destas ainda é de esperar num jogador mais jovem, mas num jogador com a experiência de Deco já não é tão tolerável. Em que estava ele a pensar? Não podia ter falado com Queiroz em privado? Tinha de dar mais uma machadada na credibilidade do Seleccionador, já fragilizada por este resultado? Ele pode pedir desculpa, mas já desceu na minha consideração.

É que eu realmente não percebo porque é que não jogaram melhor. Ouvi várias teorias: ansiedade, medo de perder, contenção. Até agora nenhuma me convenceu totalmente. Que diabo, eles fartaram-se de repetir a lengalenga de o-mais-importante-é-ganhar-o-primeiro-jogo... Só fiquei um pouco mais aliviada quando me pus a ver o "À noite, o Mundial", na RTPN, e foi dito que o resultado "não é tão mau"; que se ganharmos à Coreia do Norte e se o Brasil vencer a Costa do Marfim, ficamos com quatro pontos, a Costa do Marfim fica com um e se empatarmos com o Brasil, passamos nós e os nossos irmãos; que "quem perdesse este jogo ficava fora do Mundial". Eles percebem muito mais de futebol do que eu, por isso... Mais: no Euro 2004 começámos mal, mas depois chegámos à final (até rima). Podia ser pior. A França, a Itália e a Inglaterra estão numa situação parecida com a nossa. E a Espanha até perdeu com a Suíça (a Espanha! Aquela em que apostava como Campeã Mundial!). Ainda está tudo em aberto. Ainda é possível.

Só que eu estava à espera de mais, sabem? Estava à espera que eles entrassem com mais garra, mais determinação, mais coragem neste Mundial. Talvez esteja a ser ingénua, talvez seja "folclore", como diziam na RTPN, mas é assim que me sinto. E saber que não somos os únicos nesta situação, que existem equipas em pior situação, não é grande consolo. Quero mais!

A Selecção desiludiu-me, é certo, mas isso não chega para fazer-me atirar a toalha ao chão. Eles têm razão, ainda estamos longe de falhar. Aliás, os Navegadores até costumam sair-se melhor sob pressão. Aconteceu na fase de qualificação, há-de acontecer o mesmo agora. Disse várias vezes que os apoiava em qualquer circunstâncias e é isso que farei. Nos bons e nos maus momentos. Enquanto for possível, acreditarei. Até ao apito final.

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